CAPA
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Ponto de partida
PÁGINA 4 a 9
Entrevista
PÁGINA 10 e 11
Crônica
PÁGINA 12 a 15
Conjuntura
PÁGINA 16 a 19
Vanguarda
PÁGINA 20 a 26
Debate
PÁGINA 27 A 29
Em foco
PÁGINA 30 E 31
Giramundo
PÁGINA 32 E 33
Ponto com
PÁGINA 34 E 35
Hobby
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Cultura
PÁGINA 42 A 46
Turismo
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Médicos que escrevem
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Fotopoesia
GALERIA DE FOTOS
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Ponto de partida
Assuntos polêmicos e relevantes
A polêmica é sempre salutar quando se trata de argumentos bem embasados que esclarecem os prós e os contras de determinado tema, colaborando para tomadas de posição responsáveis e seguras. É o caso do importante debate desta edição da Ser Médico sobre guardar ou não o sigilo médico em relação à atividade sexual de menores de 14 anos.
Tendo como pano de fundo o Parecer 55/2015 do Conselho Federal de Medicina (CFM), que defende o compartilhamento da informação com os pais, duas colegas médicas respeitáveis e experientes – Adriana Scavuzzi e Maria Ignez Saito – expuseram seus pontos de vista antagônicos, com clareza e conhecimento, para que possamos evoluir em nossa conduta sobre questão tão sensível para nossos adolescentes e seus responsáveis, bem como para nós, médicos.
Igualmente complexos são os temas “eutanásia ativa” e “suicídio assistido”, que também provocam controvérsias suscetíveis de despertar debates acalorados proporcionais à sua enorme importância em relação à terminalidade da vida com dignidade. Nem sempre, contudo, em decorrência de um tabu que se estabeleceu no meio médico e na sociedade brasileira, sua abordagem é feita abertamente.
Daí a importância da entrevista com um dos expoentes da Bioética no País, Sérgio Ibiapina, que trata dessas questões com coragem, concordemos ou não a esse respeito. “No pleno exercício do princípio da autonomia, qualquer indivíduo poderá optar por receber cuidados paliativos, caso esteja em fase final de vida, ou escolher por antecipar a morte, voluntariamente e de forma reiterada, mediante a utilização de condutas eutanásicas, nos países onde tais práticas sejam permitidas”, defende o ex-presidente do CFM.
Outros assuntos interessantes certamente merecem a atenção dos leitores. É o caso do transplante hepático com febre amarela, procedimento inédito no mundo, realizado recentemente no Hospital das Clínicas da FMUSP; a análise crítica sobre a internação de jovens infratores, apontando alternativas socioeducativas mais eficazes; e o excelente texto a respeito das diferenças entre Slow Medicine e Fast Medicine.
Corais musicais, turismo e as demais seções completam esta edição, proporcionando
leituras mais leves, sempre dentro da proposta de que ser médico é ser humano. Boa leitura!
Lavínio Nilton Camarim
Presidente do Cremesp