Notícias

Posicionamento

Cremesp repudia atos obscenos cometidos por alunos da Unisa e critica estigmatização da classe médica 

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), em posicionamento divulgado para os principais veículos de imprensa do Brasil, como à coluna Mônica Bergamo na Folha de S. Paulo, no dia 18 de setembro, repudiou veementemente a conduta dos estudantes de Medicina da Universidade Santo Amaro (Unisa), que ficaram nus durante partida de vôlei feminino de um campeonato universitário, fazendo gestos obscenos. Assim que tomou conhecimento do caso, o Conselho solicitou à instituição que fossem tomadas as providências cabíveis e com a severidade necessária. Posteriormente, a faculdade puniu e excluiu do curso de Medicina os alunos envolvidos.

Ataques aos médicos

O Cremesp também expressa sua indignação em relação à charge publicada na Folha de S. Paulo, nesta quarta-feira, 20 de setembro. O conteúdo da tira representa uma paciente e um médico, que possui um diploma da Universidade de Santo Amaro (Unisa), em seu consultório, com a seguinte frase: “Tira a roupa!”, fazendo alusão ao ato obsceno cometido pelos alunos durante jogo universitário.

É inquestionável que a charge generaliza tal prática e leva a população a interpretar que toda a classe médica reproduz o mesmo comportamento, prejudicando e maculando a imagem de médicos renomados que se formaram durante os mais de 50 anos desta tradicional faculdade, e atuaram para salvar milhares de vidas no exercício da profissão. Ademais, vale salientar que os envolvidos no episódio em questão sequer eram médicos, e sim, estudantes, que não devem concluir a graduação. 

A Autarquia também critica o discurso, divulgado em vídeo, do Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, sobre a formação médica, que possui viés político e estigmatizante. O Conselho entende que esta questão está atrelada, na verdade, com o caráter e educação de cada um, que são frutos de uma sociedade que, atualmente, possui valores degradados e induzidos de forma camuflada.

O Cremesp ressalta que repudia qualquer ato de desrespeito, independentemente da circunstância, e reforça que estes não são inerentes à determinada profissão. O comportamento deplorável de alguns alunos não reflete a postura da classe médica — corroborar este discurso é manchar a imagem de profissionais que atuam diariamente para salvaguardar a saúde da população.