CAPA
EDITORIAL (JC pág. 2)
O PCCS da Prefeitura de São Paulo, por Henrique Carlos Gonçalves, presidente do Cremesp
ENTREVISTA (JC pág. 3)
Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia de 2007, o geneticista Oliver Smithies, fala sobre células-tronco
ATIVIDADES 1 (JC pág. 4)
Módulos de Atualização Médica do Cremesp: público recorde confirma importância da iniciativa
ATIVIDADES 2 (JC pág. 5)
Homenagem a médicos com 50 anos de dedicação integral à Medicina chega ao interior
ATIVIDADES 3 (JC págs. 6 e 7)
Cremesp lidera Ato Público pela aprovação do PL-2733, que restringe a propaganda de cerveja na TV
ESPECIAL
Aprovação do PCCS vem de encontro às reportagens especiais do Cremesp sobre salários dos médicos no município
GERAL 1 (JC pág. 10)
Em Opinião de Conselheiro, José Henrique Vila aborda o transplante cardíaco
GERAL 2 (JC pág. 11)
Vida de Médico: conheça porquê um ortopedista de Ribeirão Preto é destaque desta edição
IND. FARMACÊUTICA (JC pág. 12)
Na série Medicina & Indústria Farmacêutica, em foco a propaganda de medicamentos e o ensino médico
GERAL 3 (JC pág. 13)
Na coluna dos conselheiros do CFM, o periódico Bioética e a linguagem médica são temas de Clóvis Constantino e Isac Jorge, respectivamente
ALERTA ÉTICO (JC pág. 14)
Tire suas dúvidas sobre questões que envolvem dependência química e consumo de drogas ilícitas
GERAL 4 (JC pág. 15)
Reuniões do Clube do Fígado seguem com sucesso todas as primeiras terças-feiras do mês
HOMENAGEM (JC pág. 16)
Homenagens pelo Dia da Mulher lembram médicas de ascendência japonesa que atuam no Estado
GALERIA DE FOTOS
GERAL 1 (JC pág. 10)
Em Opinião de Conselheiro, José Henrique Vila aborda o transplante cardíaco
Opinião do conselheiro
O transplante cardíaco e a oferta de órgãos
José Henrique de Andrade Vila
A melhora da sobrevida, após o emprego da ciclosporina, levou a um notável incremento no número anual de transplantes realizados em todo o mundo, que atingiu, segundo dados do Registro Internacional de Transplante Cardíaco, o número de 4439 pacientes em 1994 (gráfico abaixo). Entretanto, após este pico impressionante, observamos um declínio significativo do número de transplantes contabilizados, que poderia em parte ser explicado por subnotificação.
As novas regras de controle de velocidade, que estão muito mais rigorosas em todo o mundo, e o controle sobre armas de fogo, inclusive no Brasil, associadas à melhora significativa dos mecanismos de segurança ativos e passivos nos automóveis, provavelmente explicam esta relativa escassez de doadores, que está sendo também perceptível em nossos serviços em São Paulo. Em recente encontro na Unifesp, A. I. Fiorelli (Incor) e João Nelson Branco (Unifesp) referiram-se à redução significativa da oferta de órgãos, fato que também constatamos na Beneficência Portuguesa, com alguma melhora neste ano.
Entretanto, acreditamos que, em nossa imensa cidade, muito poderemos fazer enquanto categoria médica para a otimização da disponibilidade clínica – como doadores – dos pacientes em morte cerebral. Muitos destes são mantidos em estado de hipovolemia e com vasopressores em doses elevadas, que podem ser fatores impeditivos para a doação, por dano miocárdico, renal, hepático etc.
Nos prontos-socorros de toda a cidade e nas UTIs, esses pacientes devem ser cuidados com o máximo empenho, pois são capazes de salvar muitas vidas, e isso depende de nós, médicos, e de nosso entendimento do problema. A abordagem inicial dos familiares, da mesma maneira, reveste-se de muita importância, pois o médico conseguirá, melhor do que qualquer outro profissional, detalhar a enorme importância da doação dos órgãos, para que muitas vidas possam ser salvas ou terem decisiva melhora de qualidade. A comunicação da existência de um paciente em morte cerebral é hoje obrigação do médico, e a Secretaria da Saúde pode ser contatada 24 horas por dia, inclusive nos finais de semana, nos telefones (11) 3064-1649 e 3088-5094. Ou, ainda, pelo e-mail: ctrans@saude.sp.gov.br
Em um país como o Brasil, o paciente gravemente acometido de doença cardíaca, resistente às modernas medicações, não tem melhor alternativa, inclusive em termos de custos, do que o transplante. Essa situação ocorre com freqüência em pacientes jovens portadores de doença de Chagas, que se beneficiam muito com esse procedimento.
Devemos nos lembrar de que o paciente cardiopata grave não tem um procedimento dialítico disponível, como os pacientes em insuficiência renal terminal. E a solução, nesses casos, será o muito dispendioso coração artificial auxiliar ou implantável, que, no Brasil, pelos altos custos, dificilmente atingirá a universalidade necessária.
Dessa maneira, conclamamos todos os colegas pronto-socorristas e intensivistas que, ao diagnosticarem um paciente em morte cerebral, iniciem todos os cuidados necessários para a preservação do valioso material biológico, que poderá ser decisivo para muitos pacientes, em termos de qualidade e expectativa de vida.
No próximo módulo do Programa de Educação Médica Continuada do Cremesp, juntamente com a Ética em Publicidade Médica, coordenaremos um tema voltado ao assunto, no dia 25 de abril, em que vários especialista participarão, visando demonstrar, inclusive, o apoio oficial ao médico pronto-socorrista ou inten¬sivista que tenha um paciente em morte cerebral e deseje cumprir as normas existentes de comunicação do fato e cuidado adequado ao potencial doador de órgãos.
Fonte: J Heart Lung Transplant 2007; 26: 769-781
Geral
Entidades discutem movimento em defesa
do trabalho médico
Renato Azevedo (ao microfone) participa de encontro em Brasília
A Comissão Nacional de Remuneração e Mercado de Trabalho do Médico e Pró-SUS, composta pela AMB, CFM e Fenam, reuniu-se, em Brasília, no último dia 19, com as Comissões Estaduais. O diretor primeiro-secretário do Cremesp, Renato Azevedo Júnior, participou do encontro, no qual foram debatidas as novas estratégias para o Movimento de Valorização do Sistema Único de Saúde (SUS) e Defesa do Trabalho Médico – lançado no dia 21 de novembro de 2007 – e análise do esboço de plano de cargo e carreira específico para a categoria médica.
Sindicato dos Médicos de São Paulo terá eleição este mês
Com eleições agendadas para o final do mês de abril, o Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) apresentou oficialmente, no último dia 10 de março, a chapa Unidade Médica para a escolha da nova diretoria, que tomará posse em junho deste ano. Cid Célio Carvalhaes, à frente da atual gestão, é candidato à reeleição para a presidência do Simesp. Presente na noite de lançamento da chapa, Henrique Carlos Gonçalves ressaltou a importância do trabalho conjunto que as entidades médicas vêm desenvolvendo junto ao sindicato em diversos assuntos pertinentes à classe, e que a formação de chapa única para a escolha da nova diretoria vem confirmar o excelente desempenho da atual gestão.
ÉTICA MÉDICA
Médicos convidados para “homenagens”
e“premiações” ferem as normas éticas
O Cremesp alerta todos os colegas que empresas com fins lucrativos vêm realizando eventos para prestar “homenagens” e conceder “premiações” a médicos, em plena discordância com as normas éticas estabelecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
A Resolução do CFM nº 1701/2003 estabelece os critérios norteadores da propaganda em Medicina, conceituando os anúncios, a divulgação de assuntos médicos, o sensacionalismo, a autopromoção e as proibições referentes à matéria. Dentre os artigos da resolução que normatizam essa matéria, destacamos:
Art. 9º – Por ocasião das entrevistas, comunicações, publicações de artigos e informações ao público, o médico deve evitar sua autopromoção e sensacionalismo, preservando, sempre, o decoro da profissão.
Art. 12 – O médico não deve permitir que seu nome seja incluído em concursos ou similares, cuja finalidade seja escolher o ‘médico do ano’, ‘destaque’ ou ‘melhor médico’.
Para não incorrer na possibilidade de infringir a ética médica, o Cremesp orienta todos os profissionais, sob sua jurisdição, que não aceitem participar desse tipo de eventos e nem permitam a divulgação de seus nomes por esses meios.
Em caso de dúvidas, acesse a Resolução CFM nº 1701.