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CAPA

EDITORIAL (JC pág. 2)
Cremesp questiona ranking dos melhores médicos divulgado pela mídia


ESPECIAL 1 (JC pág. 3)
Emenda Constitucional 29 é aprovada pela Câmara Federal


ATIVIDADES (JC pág. 4)
Programa de Educação Continuada deve fechar o ano com número recorde de participantes!


DIA DO MÉDICO (JC pág. 5)
No mês de outubro, Cremesp homenageou médicos com 50 anos de profissão, na capital e no interior


PESQUISA (JC pág. 6)
Estudo do Cremesp desvenda o perfil do médico paulista


CIÊNCIA (JC pág. 7)
A partir deste mès, novo canal de informações científicas on line


ESPECIAL 2 (JC pág. 8)
Seminário realizado no Cremesp avalia a EC-29 e a manutenção da CPMF


ESPECIAL 3 (JC pág. 9)
Acompanhe as principais falas dos palestrantes do seminário sobre o SUS


GERAL 1 (JC pág. 10)
Peter Rost fala com exclusividade sobre as relações entre a indústria farmacêutica e a Medicina


ENSINO MÉDICO (pág. 11)
Cremesp realiza a segunda fase de seu Exame para graduandos em Medicina


GERAL 2 (JC pág.12)
Samaritano sela acordo inédito com base no Rol de Procedimentos Médicos


GERAL 3 (JC pág.13)
Conselho Federal de Medicina, Dia do Médico e Mobilização Nacional Pró-SUS


ALERTA ÉTICO (JC pág. 14)
Como lidar com paciente com definição sexual ambígua?


GERAL 4 (JC pág.15)
Cuidados Paliativos: simpósio internacional acontece dia 14/11


HISTÓRIA (JC pág. 16)
Hospital Santa Marcelina: cerca de 10 mil pessoas circulam diariamente pela instituição


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Edição 242 - 10/2007

HISTÓRIA (JC pág. 16)

Hospital Santa Marcelina: cerca de 10 mil pessoas circulam diariamente pela instituição


HOSPITAL SANTA MARCELINA


Entidade filantrópica é referência na Capital

O Hospital Santa Marcelina é o maior complexo de serviço de saúde da Zona Leste de São Paulo e um dos quatro hospitais de grande porte da cidade. Cerca de 87% de seus serviços são prestados ao SUS e 13% à saúde complementar.

Inaugurado em 1961, o hospital possui atualmente 721 leitos para atender ao SUS, convênios e particulares, sendo 77 voltados à terapia intensiva. Para prestar todo esse atendimento à população, mantém em seu quadro funcional mais de três mil profissionais, entre eles aproximadamente 800 médicos. Diariamente passam pelo complexo, entre funcionários, pacientes e prestadores de serviços, cerca de dez mil pessoas.

Há um ano e meio é dirigido pela irmã Monique Marie Marthe Bourget, médica canadense – no país há treze anos – formada em Medicina de Família pela Universidade de Mcgill de Montreal, Canadá. “Vim para o Brasil ajudar a implantar o Programa Saúde da Família”, diz ela.

O Santa Marcelina é referência em diversos procedimentos  especializados. Na região Leste, é o único hospital que realiza, por exemplo, procedimentos invasivos de hemodinâmica. “Trabalhamos com o processo endovascular e toda a parte de cateterismo, angiografia, angioplastia e neurologia. Somos referência para os procedimentos de neurorradiologia invasiva”, afirma a diretora.

Um dos únicos da região Leste (apenas ele e o Hospital Ermelino Matarazzo) que fazem cirurgia cardíaca e neurocirurgia, o Santa Marcelina dispõe de um completo Centro de Diagnóstico por Imagem, ressonância magnética, tomografia, mamografia, medicina nuclear e hemodinâmica. Além disso, possui banco de sangue próprio, é referência em transplantes de medula óssea e de rim (terceiro maior transplantador do Estado) e está capacitado para transplantes de coração, fígado e córnea. “Em termos de equipamento, recebemos algumas doações; e algumas emendas parlamentares nos ajudaram a renovar a hemodiálise – somente neste ano foram adquiridas 20 máquinas novas – e todos os monitores das UTIs”, diz irmã Monique.

O Santa Marcelina possui também respiradores novos de alta tecnologia e pretende substituir o tomógrafo por um de última geração. “Estamos planejando, para muito breve, dobrar a nossa capacidade hemodinâmica. Temos duas máquinas e pretendemos adquirir mais duas. Hoje são 13 especialidades que trabalham nesse setor”, acrescenta.

Residência e reciclagem
O hospital desenvolve 29 programas de residência médica que atendem 220 alunos de faculdades conveniadas com a Fundação do Desenvolvimento Administrativo (Fundap). “Os médicos que acompanham os residentes no dia-a-dia acabam fazendo uma reciclagem permanente”, destaca a diretora. O Santa Marcelina organiza para os médicos – contratados pela CLT – um congresso por ano e realiza diversas jornadas científicas.

Humanização
Recentemente foi montada uma comissão de cuidados paliativos. “Trabalhamos muito no aspecto da humanização. Cuidamos bastante da vinda ao mundo, do nascimento, e agora queremos dar ênfase maior na questão do outro nascimento, o da nossa morte”, diz a diretora. Ela relata que a comissão ainda é pequena: possui um médico e uma enfermeira. “Tentamos sensibilizar os médicos, pois a terminalidade da vida ainda é uma questão difícil. Eles querem investir até o último momento para tentar salvar o paciente, mas às vezes não tem mais jeito. Queremos ajudar nessa outra parte, dar conforto para família, para o paciente, tentar diminuir a dor”. 

Responsabilidade Social  
O Hospital Santa Marcelina mantém quatro entidades dedicadas à educação: Creche Irmã Maria Anna Sala, com 160 crianças; Centro Infantil Santa Marcelina, com 480; Creche Monsenhor Luís Biraghi, com 100;  Espaço Gente Jovem, com 450 participantes entre 6 e 15 anos; e a Casa de Emaús, que todo mês recebe pacientes carentes de outras regiões e Estados, para tratamentos como transplantes de medula óssea. Para tentar diminuir o déficit orçamentário, há cinco anos o hospital lançou o Projeto Adote um Leito, para arrecadar fundos e suprir algumas necessidades. “Muitas empresas adotaram o projeto, financiando leitos. Essa contribuição permite a elas o abatimento no cálculo do imposto de renda, conforme prevê a legislação. Mas, antes, trata-se de um gesto social fundamental que ajuda a salvar vidas”, afirma a irmã.

Desde o início, destinado à população carente

A história do Hospital Santa Marcelina começou em 1956, com a aquisição da Chácara Santo Antônio que, a princípio, era destinada ao atendimento da população carente. Em 1961, ele foi de fato inaugurado sob o empenho e responsabilidade da madre superiora Sophia Marchetti, primeira administradora do hospital. No começo, o Santa Marcelina oferecia 150 leitos, laboratórios de análises clínicas, sala de radiologia, sala de cirurgia, de parto e uma pequena emergência. Administrado pela superiora e mais 16 irmãs da Congregação das Irmãs Marcelinas, o corpo clínico era composto por sete médicos e 30 funcionários.

Hoje o complexo hospitalar Santa Marcelina é formado pelo Hospital de Itaquera, Hospital do Itaim Paulista e Hospital de Itaquaquecetuba (duas organizações sociais com o Estado); Hospital de Tiradentes, aberto há dois meses; 16 unidades da Assistência Médica Ambulatorial (AMA) e 58 unidades do Programa de Saúde da Família. Cada local tem seu diretor técnico, todos subordinados a uma diretora-presidente – atualmente a irmã Rosane Ghedin –, no cargo desde março de 2005, com mandato de seis anos.



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