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CAPA

EDITORIAL (JC pág. 2)
Cremesp questiona ranking dos melhores médicos divulgado pela mídia


ESPECIAL 1 (JC pág. 3)
Emenda Constitucional 29 é aprovada pela Câmara Federal


ATIVIDADES (JC pág. 4)
Programa de Educação Continuada deve fechar o ano com número recorde de participantes!


DIA DO MÉDICO (JC pág. 5)
No mês de outubro, Cremesp homenageou médicos com 50 anos de profissão, na capital e no interior


PESQUISA (JC pág. 6)
Estudo do Cremesp desvenda o perfil do médico paulista


CIÊNCIA (JC pág. 7)
A partir deste mès, novo canal de informações científicas on line


ESPECIAL 2 (JC pág. 8)
Seminário realizado no Cremesp avalia a EC-29 e a manutenção da CPMF


ESPECIAL 3 (JC pág. 9)
Acompanhe as principais falas dos palestrantes do seminário sobre o SUS


GERAL 1 (JC pág. 10)
Peter Rost fala com exclusividade sobre as relações entre a indústria farmacêutica e a Medicina


ENSINO MÉDICO (pág. 11)
Cremesp realiza a segunda fase de seu Exame para graduandos em Medicina


GERAL 2 (JC pág.12)
Samaritano sela acordo inédito com base no Rol de Procedimentos Médicos


GERAL 3 (JC pág.13)
Conselho Federal de Medicina, Dia do Médico e Mobilização Nacional Pró-SUS


ALERTA ÉTICO (JC pág. 14)
Como lidar com paciente com definição sexual ambígua?


GERAL 4 (JC pág.15)
Cuidados Paliativos: simpósio internacional acontece dia 14/11


HISTÓRIA (JC pág. 16)
Hospital Santa Marcelina: cerca de 10 mil pessoas circulam diariamente pela instituição


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Edição 242 - 10/2007

ENSINO MÉDICO (pág. 11)

Cremesp realiza a segunda fase de seu Exame para graduandos em Medicina


Formandos em Medicina
participam da 2ª fase do
Exame do Cremesp


O coordenador do Exame, Bráulio Luna Filho, acompanha a realização da prova prática

Os estudantes de Medicina que foram habilitados a participar da segunda etapa do Exame do Cremesp, fizeram a prova na Faculdade Cantareira, na Capital, no último dia 7. Eles foram divididos em duas turmas para a realização da prova prática. A cada uma das turmas foi estipulado o prazo de 50 minutos para responder às 40 questões, e a média de tempo apurada para a realização da prova foi de 37 minutos. Durante o teste, os estudantes fizeram uma simulação prática de anamnese, exame físico e complementares, discussão clínica e/ou cirúrgica e terapêutica, nas áreas de Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pediatria, Saúde Mental, Bioética, Ginecologia e Obstetrícia.  Se o aluno não acertasse de primeira qualquer uma das questões, ele recebia uma espécie de explicação sobre o tema, antes de responder novamente.

Balanço
De acordo com Bráulio Luna Filho, conselheiro do Cremesp e coordenador do exame, esta terceira edição da prova – aplicada desde 2005 –  vai possibilitar ao Conselho criar um banco de dados com informações sobre o desempenho das escolas de Medicina no Estado. “Queremos promover um amplo debate junto à sociedade sobre o ensino médico no país”, declarou.

Bráulio ressaltou a importância desse debate, pois – conforme informou durante palestra aos estudantes que participaram da prova – atualmente não são mais os médicos em fim de carreira que têm sofrido processos disciplinares, mas sim os que estão no início. “Nosso instrumento de trabalho não é um processo ou um equipamento. Lidamos com seres humanos e,  por isso, é fundamental que se mantenha o alto nível de formação dos médicos”, disse.

Segundo o coordenador, o Cremesp, na condição de órgão fiscalizador do exercício da Medicina, tem avaliado a qualidade dos egressos das escolas médicas que irão atender à sociedade em suas demandas de assistência à saúde. “Nossa relação é com a sociedade. A boa formação profissional garante a excelência da Medicina e a confiança da sociedade nos médicos. Por outro lado, quando os maus médicos prejudicam pacientes, eles comprometem a confiança de toda a categoria perante a sociedade. E há uma clara relação entre o aumento de denúncias contra médicos nos conselhos profissionais e a proliferação do ensino de má qualidade em nosso país”, declarou Luna. E, acrescentou, “temos o respaldo da população, por isso, em nome da boa prática médica, nosso desejo é que os estudantes entendam o Exame do Cremesp como uma tentativa de garantir a excelência do exercício da Medicina, e continuem apoiando a iniciativa. O exame é um instrumento importante que temos  para acompanhar a formação”, completou. Luna espera que a avaliação do Cremesp sirva de instrumento para discutir profundamente o que está acontecendo com o ensino médico brasileiro, auxiliando no seu aperfeiçoamento. “Graças à realização do exame, sabemos quais escolas têm problemas. E, apurados os resultados, vamos pressionar essas faculdades e divulgar o nome daquelas que não estão cumprindo o seu papel na formação de bons médicos”, finalizou.

Desde a sua primeira versão, o Exame do Cremesp é organizado pela Fundação Carlos Chagas e realizado em duas etapas, com a supervisão de observadores das faculdades de Medicina convidadas a acompanhar a realização das provas. O exame é experimental, opcional e gratuito. Os aprovados recebem um certificado que poderá ser útil no currículo profissional e no mercado de trabalho.

Segundo declaração do ministro da Educação, Fernando Haddad, os cursos de Medicina do país deverão ser submetidos a um processo de avaliação semelhante ao dos cursos de Direito. A avaliação das instituições será feita por meio do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), e com base em outro instrumento de campo, cujos detalhes ainda não estão  definidos.

Estudantes avaliam prova

- “Achei a segunda etapa bem tranqüila. Sou favorável à realização do exame, desde que seja para avaliar a formação e não para impedir o exercício da Medicina.” - Eduardo Contato - Universidade Metropolitana de Santos (Unimes)
- “Acredito que o exame do Cremesp contribui muito para o aperfeiçoamento do ensino médico. Como temos muitas escolas no país, tem de haver mesmo uma forma de avaliar a formação do profissional.” - André Devecchi - Universidade do Oeste Paulista (Unoeste – Pres. Prudente)


- “O exame é uma forma de pré-avaliar os médicos que  estão se formando.” - Caio Eduardo Ferreira Pires - Faculdade de Ciências Médicas de Santos - Unilus



- “A prova feita com imagens aborda aspectos que a escrita não consegue. Fiz o exame no ano passado quando estava no sexto ano e decidi fazer novamente após quase um ano de formada para avaliar meus conhecimentos, já que estou estudando para a residência.” - Camila Arai Seque - Unifesp


- “Acho que a segunda fase foi bem formulada porque avalia os conhecimentos básicos de quem vai se formar.” - Cláudia Moreira de Brito - Faculdade de Medicina do ABC



- “As questões poderiam avaliar melhor o aluno. Algumas são bem elaboradas, mas outras são muito simples. Esperava um grau maior de complexidade e uma simulação maior do que apenas imagens fixas, mas sei que é difícil elaborar uma prova para um número grande de candidatos.” - Damaris Ortolan - USP




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