TERCEIRA DIRETORIA

Dinamismo e conquistas marcam o mandato

Terminou no dia 30 de junho o mandato da terceira diretoria do Cremesp – gestão 2003-2008 –, presidida por Desiré Callegari desde abril de 2006. O rodízio nos cargos de presidente, vice-presidente e diretores acontece a cada 15 meses, segundo norma aprovada pelos 42 conselheiros paulistas. Prestando contas aos médicos e à população, a diretoria em final de mandato apresenta, nesta edição do Jornal do Cremesp, um balanço de suas atividades.

“Apesar do curto espaço de tempo – quinze meses, no ritmo frenético da vida contemporânea, passam rapidamente –, procuramos imprimir ao nosso mandato, com o apoio da diretoria e de todos os conselheiros, um dinamismo e uma assertividade que fizessem jus à grandeza do Cremesp. Sem falsa modéstia, acredito que conseguimos nossos objetivos e realizamos inúmeras ações, inclusive algumas históricas como a investigação realizada no Instituto Médico Legal de São Paulo, por ocasião da onda de violência de maio de 2006, e a aprovação da CBHPM pela Câmara Federal”.

Desiré cita ainda o recadastramento, as parcerias com a sociedade civil, a ênfase às atividades de Educação Continuada, resoluções normativas fundamentais para o trabalho médico, como o pagamento do plantão à distância e a reorganização da infra-estrutura e recursos humanos como alguns dos destaques de sua gestão. Confira a seguir, nesta e nas páginas seguintes, o resumo sucinto das atividades e iniciativas implementadas durante a terceira diretoria da gestão “Unidade Médica”:

Ação no IML investigou mortes

A ação do crime organizado entre os dias 12 e 20 de maio de 2006, em São Paulo, e a reação da polícia, que resultaram em 493 mortes, foram acompanhadas, numa ação inédita, pelo Cremesp. Por solicitação do Ministério Público Federal e da Defensoria Pública Geral do Estado de São Paulo, o Conselho analisou os laudos preparados pelos legistas do Instituto Médico Legal de todo o Estado.

A análise gerou um RELATÓRIO, de fundamental importância nas investigações sobre as dezenas de mortes ocorridas. Com base no trabalho do Cremesp, o Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana (Condepe) publicou, no início de 2007, o livro Crimes de Maio.

Ato público
Quando a onda de violência completou um ano, o Conselho e entidades de direitos humanos promoveram na sede do Cremesp, na Capital, um ato público para relembrar a tragédia. Foi realizado um balanço do que tem sido feito pelo Estado, pelas autoridades e pelas entidades de defesa civil. “Nossa preocupação é que ações como aquelas não ocorram novamente. É uma questão de civilidade chamarmos a atenção para isso. Não suportamos mais a escalada da violência; somos reféns dela”, desabafou no ato público o presidente do Cremesp, Desiré Callegari.

Operação especial recadastrou 75 mil

Com o objetivo de reforçar a segurança na identificação dos profissionais e evitar a atuação de falsos médicos, o Cremesp promove desde outubro de 2006 o recadastramento dos médicos que atuam no Estado. Cerca de 75 mil médicos atualizaram seus dados no Conselho até meados de junho e em breve receberão uma nova cédula de identidade profissional, digitalizada e com códigos de barra, o que tornará o documento mais seguro. Com a nova identificação, os profissionais estarão mais protegidos contra a clonagem de seus CRMs e a população terá mais segurança na assistência médica. Durante sete meses uma operação especial foi montada para melhor atender os médicos: funcionários temporários foram contratados e os horários de atendimento ampliados tanto na sede quanto nas delegacias regionais. Quem ainda não se recadastrou poderá fazê-lo em qualquer unidade do Cremesp.