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DIA DO MÉDICO 2
Simesp divulga estudo sobre violência nos serviços de saúde


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Cremesp lança publicações e site no Dia do Médico


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Edição 182 - 10/2002

DIA DO MÉDICO 2

Simesp divulga estudo sobre violência nos serviços de saúde


Simesp divulga estudo sobre violência nos serviços de saúde

Os médicos que atuam na cidade de São Paulo estão cada vez mais expostos a situações de violência, revela pesquisa divulgada pelo Sindicato dos Médicos de São Paulo, no dia 18 de outubro, Dia do Médico. O estudo (In) segurança dos médicos: violência e suas conseqüências em estabelecimentos de saúde de São Paulo teve sua primeira versão divulgada em janeiro de 2000. Dentre os 650 médicos entrevistados, 41% já sofreram algum tipo de violência no ambiente de trabalho, seja física ou verbal. O dado mais preocupante é a ocorrência de seqüestros-relâmpagos tendo o médico como vítima, o que aumentou em mais de três vezes.

O presidente do Simesp, José Erivalder Guimarães de Oliveira, explica que as conseqüências de se trabalhar em um ambiente tenso e inseguro são infinitas. “A vítima poderá desenvolver quadros de ansiedade, depressão e síndrome do pânico – problemas que chegam até a afastá-la do trabalho”, avalia. Dentre as conclusões da pesquisa destacam-se:

- A quantidade de médicos que relataram cinco ou mais episódios de violência aumentou 41,52% em relação ao estudo anterior. Isso indica que, embora o número de vítimas não tenha aumentado, cresceu a freqüência ou intensidade das violências sofridas pelas vítimas. A média foi de 3,82 violências por vítima.
- Excetuando-se os relatos cujo tipo de violência foi Ameaça, mais de 21% dos médicos relataram ocorrência de violências consideradas graves, como assalto, agressão física e seqüestro-relâmpago.
- Mais de 61% das violências aconteceram em unidades de Pronto Socorro, principalmente aquelas de Hospitais Públicos (80,48%).
- Tal como no estudo anterior, os maiores índices de violência foram constatados nas zonas Sul (32,38%) e Leste (29,51%) de São Paulo. As demais regiões apresentaram índices semelhantes, entre 11% e 14%.
- Quase 24% dos médicos mudaram ou procuraram mudar de emprego em função de violências sofridas.
- Mais de 39% das vítimas de violência tiveram seqüelas, principalmente mentais/psicológicas (25,85%), sendo mais freqüente ansiedade, depressão, transtorno de pânico, insônia e crise hipertensiva.
- Das vítimas de violência, 20,48% precisaram de atenção médica (o que corresponde a 52,5% das vítimas com seqüelas). Além disso, 14,15% precisaram fazer uso de algum medicamento (o que corresponde a 36,25% das vítimas com seqüelas). E 13,66% das vítimas tiveram incapacidade temporária para o trabalho (o que corresponde a 35% das vítimas com seqüelas).
- Na opinião da maioria dos médicos, a violência é motivada tanto pelas precárias condições de atendimento ao público devido às péssimas condições de trabalho, quanto pela desigualdade social vigente no país.

CFM pesquisa exercício profissional

Com o objetivo de obter mais informações sobre o exercício da medicina no Brasil, o Conselho Federal de Medicina lançou pesquisa pela Internet que pode ser respondida por todos os médicos, de forma anônima e voluntária, nos sites http://www.cfm.org.br e http://www.cremesp.org.br

As informações iniciais de identificação servirão apenas para garantir o acesso às perguntas, e depois serão eliminadas automaticamente do banco de dados. Para estimular as adesões à pesquisa, será sorteado um microcomputador de última geração entre os participantes de cada região do país.

O CFM disponibilizou um e-mail exclusivo para a pesquisa com o fim de esclarecer dúvidas ou receber comentários: pesquisa@cfm.org.br Está disponível também o telefone 0800-7075018, que funciona de segunda a domingo, das 8 às 20 horas. Após este horário, o médico pode enviar uma mensagem por e-mail.

A pesquisa irá complementar e atualizar outros estudos já realizados, a exemplo do Perfil do Médico no Brasil em nível nacional e, Mercado de Trabalho Médico no Estado de São Paulo.

Portal Médico

O CFM lançou na Internet o Portal Médico (http://www.portalmedico.org.br), que deverá aprimorar a comunicação entre os Conselhos Regionais de Medicina, a classe médica e a sociedade. A nova página do Conselho traz, além de um novo layout, uma nova gama de prestação de serviços.

O internauta terá acesso, por exemplo, a formulários para encaminhar suas queixas contra um possível mau procedimento médico. Após preencher o formulário, seguindo as orientações disponíveis no site, basta imprimir o documento e encaminhá-lo para o Conselho Regional de Medicina do seu Estado.

Serão cadastrados no Portal cursos, congressos, seminários, jornadas e outras atividades realizadas na área médica em todo o país e no mundo.

O usuário terá à disposição estatísticas de saúde, número de médicos e poderá localizar profissionais em todo o país.

Outros serviços estarão disponíveis, como via de anuidade; oferta de empregos; informações institucionais do CFM; legislação; publicações e interações com universidades.

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