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É inquestionável a necessária revalidação do diploma p/que o médico estrangeiro atue no país


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Em conversa informal, Eliana Gonçalves e Itiro Shirakawa falam do novo modelo para a Saúde Mental


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Em Opinião de Conselheiro, Renato Azevedo Jr o movimento pela CBHPM


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Sta. Casa de Franca: autoritarismo gera moção pública do Cremesp


ATIVIDADES DO CREMESP 2
Atenção: médicos do SAMU devem exercer a função com dedicação exclusiva


ATIVIDADES DO CREMESP 3
Confira os módulos de Educação Continuada do Cremesp já preparados para o interior do Estado


EXERCÍCIO PROFISSIONAL
Médicos estrangeiros podem ter seus diplomas revalidados automaticamente. E a qualificação profissional?!?


GERAL 1
Projeto que regulamenta o exercício da Medicina no país segue para a Câmara


ATUALIZAÇÃO
Surtos de dengue: crescimento da doença deve ser combatido com informação


DIA INTERNACIONAL DA MULHER
O enorme desafio de ser mulher, mãe, médica e conselheira do maior CRM do país...


ACONTECEU
Confira as novas diretorias dos CRMs do RJ, PR, Sta. Catarina e R.G. do Sul


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Dúvidas sobre os seus direitos e de seu paciente? Esclareça agora...


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A crise no hospital Emílio Ribas em razão de sua reforma estrutural e física


HISTÓRIA
Centrinho de Bauru: 40 anos de dedicação a pacientes com doenças congênitas


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Edição 234 - 02/2007

ATUALIZAÇÃO

Surtos de dengue: crescimento da doença deve ser combatido com informação



Surtos de dengue preocupam país

Informação ainda é o melhor remédio para evitar o crescimento da doença

Invariavelmente no verão, a dengue volta ao noticiário. Desta vez, as ocorrências afetam a região Centro-Oeste, especialmente o Estado do Mato Grosso do Sul, que já contabiliza 27 mil casos só nos primeiros dois meses de 2007. No Estado de São Paulo, o número era de 2.230 casos, até o dia 23 de fevereiro, segundo o Centro de Vigilância Epidemiológica.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), dois bilhões e meio de pessoas estão sob ameaça de contrair a dengue e entre 50 e 100 milhões de pessoas são infectadas pela doença anualmente, em mais de cem países da África, Américas, Leste do Mediterrâneo, Ásia e Oeste do Pacífico. Todos os anos, cerca de 550 mil pessoas são hospitalizadas e 2,5% desses pacientes morrem em conseqüência da dengue hemorrágica. A mortandade pode ser reduzida a menos de 1% com os modernos tratamentos intensivos, mas pode chegar a 20% em áreas sem qualquer recurso para tratamento adequado.

A doença é transmitida por mosquitos do tipo Aedes, como o Aedes aegypt, comum no Brasil, e o Aedes albopictus, um vetor secundário de origem asiática que está surgindo nos EUA, Caribe, Europa e África, provavelmente transportado no comércio de pneus usados, segundo documentos da OMS.

No Brasil, a combinação cíclica de calor e chuvas ajuda na multiplicação do mosquito transmissor. Segundo o Ministério da Saúde, o aumento no número de casos se deve principalmente ao calor. No Brasil, os sorotipos 1, 2 e 3 da doença são os mais comuns. O pior deles é o tipo 3, justamente o que está se espalhando pelo Mato Grosso do Sul.

Diagnóstico
O diagnóstico ainda é um problema a ser enfrentado. “Os sintomas iniciais da dengue clássica são inespecíficos e ocorrem abruptamente. Febre alta (freqüentemente ultrapassa os 40ºC), mal-estar, falta de apetite, dor retro orbital, dores de cabeça e musculares, dores articulares e por vezes sangramento fácil das gengivas e nariz. Nos adultos, pequenas manifestações hemorrágicas como epistaxe, gengivorragia, sangramentos gastrointestinais e hematúria podem aparecer. Na febre hemorrágica da dengue os sintomas iniciais são semelhantes aos da dengue clássica, mas podem evoluir rapidamente para manifestações hemorrágicas, instabilidade hemodinâmica e até choque. Os casos típicos são caracterizados por febre alta, hemorragias, hepatites e insuficiência circulatória”, diz Caio Rosenthal, infectologista e conselheiro do Cremesp.

Vacina e homeopatia
O governo do Estado de São Paulo planeja produzir a vacina contra a dengue. Para isso o Instituto Butantan está negociando com o Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos a autorização para iniciar os estudos de produção. O Instituto norte-americano conseguiu modificar geneticamente o vírus dos quatro tipos de dengue para a produção de imunizante e já fez testes em macacos e voluntários, explica Isaias Raw, presidente do Butantan. O projeto prevê a importação do material genético e a pesquisa para a produção de uma versão nacional da vacina, capaz de imunizar contra os quatro tipos de dengue. “Aguardamos autorização da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) para a importação, que deve sair até março”, diz Raw.

A partir daí, o Butantan produzirá pequenas quantidades de vacina para testes. Ensaios posteriores em localidade com alta incidência da doença permitirão avaliar a resposta imunológica. Se ficar comprovada a proteção, o produto passará a ser produzido em larga escala.

Em São José do Rio Preto, a dengue está sendo combatida com tratamento homeopático. A aplicação é feita em dose sublingual de um composto de três tipos de medicamentos: o Eupatorium 30 CH; o Crotalus horridus 30 CH; e o Phosphoros 30 CH. Uma experiência foi realizada em 2001, com 2 mil doses de Eupatorium 30 CH, que foram aplicadas aos moradores do bairro de maior incidência da doença na cidade. O trabalho reduziu os casos da doença drasticamente e hoje o bairro Cristo Rei é um dos menos afetados pela dengue na cidade. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o custo por unidade será de R$ 0,01, totalizando o investimento de R$ 1 mil para as 100 mil doses.

Informações
A Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde possui todas as informações sobre a dengue em seu site. Neste endereço, o profissional de saúde também encontra o roteiro para Capacitação de Profissionais Médicos no Diagnóstico e Tratamento da Dengue.


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