CAPA
EMC 2 & GERAL 1
Módulo sobre condutas do atendimento ao trauma: sucesso total!
EDITORIAL
O Dia do Médico e a guerra urbana - Isac Jorge Filho
ATIVIDADES DO CREMESP
Avaliação do ensino médico recebe 1.136 inscritos
EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA 1
Próximo módulo abordará Endocrinologia e Reumatologia
CONGRESSO
VI Congresso Brasileiro de Bioética em Foz do Iguaçu
LEGISLATIVO
A assinatura do Protocolo de Intenções entre a Alesp e o Cremesp
ENTREVISTA
Saraiva Felipe, ministro da Saúde, é o convidado desta edição
ARTIGOS
Em pauta a Política de Saúde e o Congresso Brasileiro de Oftalmologia
GERAL 2
Opinião de Conselheiro: Henrique Carlos Gonçalves
GERAL 3
Concurso de Capas do JC: conheça a vencedora!
AGENDA
Acompanhe a participação do Cremesp em congressos e eventos
NOTAS 1
Alerta Ético: Empréstimo de CRM
NOTAS 2
Cursos/Eventos/Anvisa/Memória
GALERIA DE FOTOS
EMC 2 & GERAL 1
Módulo sobre condutas do atendimento ao trauma: sucesso total!
Programa de Educação Médica Continuada
Condutas de atendimento ao trauma foram temas de palestras
Nos dias 16 e 17, 23 e 24 de setembro o Programa de Educação Médica Continuada do Cremesp realizou o módulo sobre condutas do atendimento ao trauma, que contou com a participação de diversos especialistas: Gustavo Pereira Fraga (Avaliação Inicial do Tramatizado), Milton Steinman (Trauma das Vias Aéreas), Antonio José Gonçalves (Pescoço), Samir Rasslan (Tórax), Silvia Soldá (Abdomen), José Benedito Bortoto (Crânio e Coluna), Roseli Pardini Monteiro (Trauma Pediátrico), Guilherme Vieira Meirelles (Extremidade), Waldemar Prandi Filho (Trauma na Mulher Gestante), Adoniram de Mauro Figueiredo (Tratamento não Operatório do Trauma Abdominal), Mario Mantovani (Controle do Dano no Traumatizado), Dario Birolini (Iatrogenia no Atendimento do Traumatizado), Jorge Carlos Machado Curi (Nutrição no Traumatizado).
Para o conselheiro Jorge Carlos Machado Curi, um dos coordenadores desse módulo, “a iniciativa de promover os cursos, como este sobre o trauma, leva em conta a incidência de denúncias no Conselho, que têm aumentado nos serviços de urgência e emergência, justamente os locais que exigem do médico generalista uma capacitação atualizada em diversas especialidades”.
O palestrante Dário Birolini afirmou que “ o Cremesp, exatamente pela função que desempenha e por ter uma visão clara de quais as dificuldades mais comuns que atingem os médicos, pode orientar e desenvolver programas de atualização e reciclagem visando a correção desses problemas”. Já para Mário Mantovani, que também foi um dos palestrantes, “esta é uma iniciativa muito relevante, que deve ter continuidade, pois há troca de experiências entre o grupo de médicos que assiste e aqueles que proferem as palestras.”
Com a palavra, os participantes
O Jornal do Cremesp ouviu a opinião de médicos que participaram do Programa de Educação Médica Continuada
Paulo Jabahy Ferraz, medicina interna
“O que temos visto é muita dificuldade dos médicos em se reciclarem, por isso é importante essa oportunidade que o Cremesp oferece. Considero tão relevante que eu estou desde o primeiro módulo e pretendo continuar freqüentando”.
Ajfan Ibraim, clínica geral
“Exerço a Medicina há 26 anos, atuando em consultório e em saúde da família, por isso considero importante me atualizar em especialidades médicas. Mesmo com vasta experiência, nos deparamos nos cursos com questões novas, ou porque esquecemos, ou porque são avanços da Medicina que não tivemos contato. Participei de todos os módulos e algumas exposições foram execepcionais, como o que tratou de carcinoma da pele. A minha única crítica refere-se ao excesso de dados estatísticos de certas apresentações”.
Vanderlei Cury (pai), anestesista, e Leandro Cury (filho), recém-formado
“O Cremesp, com esta iniciativa, tira a impressão de muitos de que é um órgão que só existe para punir ou para cobrar. Prova que está instruindo e apostando na valorização do médico. Além disso, esses cursos proporcionam uma sociabilidade, ganhamos novos amigos e sempre há o que aprender. Eu, por exemplo, readequei meus conhecimentos sobre edema agudo do pulmão e hipertensão”. (Vanderlei Cury)
“É uma proposta muito interessante, essa do Cremesp. Me formei há pouco tempo, vou prestar residência este ano em endocrinologia e tem sido fundamental esta capacitação em cardiologia, oncologia e outros temas. É um complemento, com grandes especialistas, do que vimos na faculdade”. (Leandro Cury)
Cristiane Von Zuben Durante, cirurgiã pediátrica e clínica médica
“Tenho participado com meu esposo, também médico, e gostamos muito desse programa do Cremesp, pois passa a atualização em especialidades médicas para generalistas. O conhecimento evolui com muita rapidez e não são poucos os médicos desatualizados. Hoje há um estigma de que o médico que atua em pronto-socorro não entende muito das especialidades, pois é justamente quem mais deveria entender. O Cremesp está ajudando a corrigir esta distorção”.
Eduardo Fernandes do Carmo, clínica médica
“É uma grande iniciativa do Conselho, pois a atualização profissional é muito importante, e não é fácil acompanhar a rapidez e o dinamismo do avanço científico. Repensar o que aprendemos e adquirir novos conhecimentos levará ao melhor atendimento e melhor relacionamento com o paciente”.
Simone Pessoa Zucato, clínica médica
“Os cursos do Cremesp são de extrema importância, pois vários médicos, não só os recém-formados, mas também os que atuam há bastante tempo têm poucas oportunidades de capacitação e aperfeiçoamento. O Cremesp deveria continuar promovendo módulos em todas as áreas, além de expandir para mais médicos”.
Luiz Fuzii
“Os expositores foram muito bem escolhidos, pois são profissionais renomados que não só dominam sua área, como têm trazido matérias atualizadas. Este programa de Educação Continuada do Cremesp nos traz, realmente, novos conhecimentos”.
Sandra Regina Scarpel Hora, medicina do trabalho
“Sou médica do interior, onde existem poucos cursos de capacitação e, com o passar do tempo, ficamos desatualizados. Creio que muitas denúncias contra médicos levadas ao Cremesp estão relacionadas à falta de preparação dos médicos, principalmente em relação a serviços especializados. O Cremesp deve levar em conta que os médicos fora da capital também precisam se capacitar melhor”.
Violência
Conselho levantará dados de agressões contra médicos
É fundamental que os profissionais denunciem todos os casos em que foram vítimas de violência
Cresce a cada dia a violência nos locais de traballho, principalmente de usuários dos serviços contra profissionais médicos. O Centro de Dados do Cremesp, em conjunto com as entidades médicas, fará um levantamento para identificar os principais motivos das agressões e em quais hospitais e regiões isso ocorre com mais freqüência.
O conselheiro João Ladislau Rosa enfatiza ser fundamental que os médicos denunciem as agressões sofridas tanto junto à polícia como ao Cremesp. "Precisamos qualificar e quantificar o problema para que possamos tomar medidas efetivas que garantam a segurança dos profissionais”, afirmou Ladislau.
Segundo o conselheiro, uma análise preliminar da situação aponta que as agressões são mais freqüentes nos estabelecimentos do sistema público com grande demanda de pacientes. Foi o caso recente da clínica geral Elisabeth Cristina de Miranda Martinez Novello, que trabalha há 13 anos no Hospital Geral de São Matheus, na Zona Leste da Capital. Em setembro, ela atendia um paciente quando teve o consultório invadido por uma jovem e sua acompanhante, reclamando da demora e questionando quando seriam atendidas. A médica respondeu que a jovem seria atendida, mas que deveria aguardar na fila. Elisabeth foi agredida pela acompanhante.
A médica registrou ocorrência contra a agressora no 49° Distrito Policial, em Diadema, e, em seguida, procurou o Cremesp para formalizar a denúncia. No caso do Cremesp, será instaurada uma sindicância para analisar o funcionamento e as condições de segurança do hospital. “A atitude da médica foi louvável. Ela fez o que todos os médicos agredidos no local de trabalho deveriam fazer”, afirmou Ladislau.
Hospitais para presidiários
A transformação de alas de hospitais administrados pelo Estado em unidades prisionais com grades e celas individuais para tratamento de apenados foi um dos assuntos abordados na audiência, realizada dia 12 de setembro, entre representantes das entidades médicas e o presidente da Assembléia Legislativa, Rodrigo Garcia.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo, Cid Carvalhaes, de janeiro a julho deste ano, já ocorreram cinco tentativas de resgate de presos somente no Hospital Heliópolis, na Capital. “Na última delas, em 27 de julho, houve intenso tiroteio com a morte de um bandido. A situação é extremamente grave”. Além de Heliópolis, hospitais das cidades de Mirandópolis – onde também houve um tiroteito –, Promissão e Ourinhos têm unidades prisionais em hospitais gerais.
Carvalhaes afirmou que como há um “jogo de empurra” de responsabilidades entre as secretarias de Estado da Segurança Pública, de Administração Penitenciária e da Saúde, as entidades médicas foram à Assembléia dar conhecimento aos deputados sobre essa insegurança persistente. O assunto deverá ser tratado pela Comissão de Saúde e Higiene da Alesp, que analisará documentos sobre a situação, e convocará audiência pública com os secretários estaduais envolvidos.