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Árvore de Natal, por Guido Palomba
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Árvore de Natal, por Guido Palomba
Árvore de Natal
Guido Arturo Palomba*
Mais um Natal chegou, dia do nascimento de Cristo, cuja celebração iniciou-se somente por volta do ano 300, em princípio em datas díspares, depois, oficialmente, em 25 de dezembro.
A história registra as mais diversas formas de cultivar a data: missa solene, reuniões familiares, ceia, Papai-Noel, troca de presentes, orações. Entretanto, o símbolo do Natal cristalizou-se em torno do pinheiro enfeitado: a Árvore de Natal.
Segundo a lenda, um jovem de nome Bonifácio, há 1.200 anos, viajando pelo norte da Alemanha, deparou-se com terríveis Druidas ao pé dum carvalho onde iam sacrificar o príncipe, denominado Astolfo, em culto ao deus Thor.
Os carvalhos eram árvores sagradas, às quais devotavam muito respeito e veneração, por nascer nelas o visco, que colhiam com grandes cerimônias, pois era um dos mais preciosos dons do céu. Entretanto, Bonifácio, impelido pelo risco iminente do sacrifício do príncipe, derrubou o carvalho, para espanto e fuga dos bárbaros sacerdotes.
No lugar nasceu um pinheiro, que passou a ser árvore sagrada, cuja madeira poderia ser utilizada para construir casas, dando abrigo e paz. O pinheiro, por isso, tem significado simbólico coletivo, de união, de mesma morada para todos.
Embora o culto do Natal seja de origem cristã, é relativo aos homens, sejam quais forem os seus credos e religiões. É uma data ecumênica, universal, propícia ao aperto de mão, data da fraternidade, do abraço nos amigos, nos familiares, nos nossos próximos.
Para nós médicos, que felizmente estamos todos sob a mesma morada, que a Árvore de Natal nos traga alegria, renove as esperanças no bom futuro e, no exercício da nossa profissão, nos traga vitórias sempre crescentes na luta contra a doença e a morte.
Feliz Natal!
* Guido Arturo Palomba é Presidente da Academia de Medicina de São Paulo