CAPA
EDITORIAL
Esforço perseverante
ENTREVISTA
Ulysses Fagundes Neto
ARTIGOS
"Acupuntura no contexto médico" e "Socorro aos hospitais universitários"
MOVIMENTO MÉDICO
Mobilização Nacional contra Operadoras de Saúde
PLANOS DE SAÚDE
Principais conclusões da CPI
ESPECIAL
Residência Médica: Novos Desafios
CAMPANHA
Como proteger-se contra o álcool
GERAL 1
A questãio da revalidação de diplomas estrangeiros
NOTÍCIAS DO CONSELHO
As atribuições dos conselheiros
AGENDA
Destaque para a criação de Comissão de Estudos da Violência contra Médicos
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GERAL 2
De olho nos sites
MEMÓRIA
Alfredo Bruno Júnior e Ruy Ferreira Santos
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EDITORIAL
Esforço perseverante
Esforço perseverante
"A verdadeira viagem de descobrimento não consiste em procurar novas paisagens e, sim, em ter novos olhos" - Marcel Proust
Muito se tem falado sobre a deterioração da Saúde em nosso país. Deterioração esta que afeta diretamente o trabalho dos médicos e, conseqüentemente, a saúde de nossos pacientes. Mas só falar não basta. É hora de agir, com firmeza, perseverança e a união da classe médica e suas entidades representativas. Foi esse espírito que norteou a mobilização contra os planos de saúde, ocorrida no dia 11 deste mês. Paralelamente às manifestações de médicos no Estado de São Paulo e em todo o país, as entidades médicas lançaram uma carta aberta ao presidente da República. Amplamente divulgada pela imprensa, a carta apresentou nossas propostas para o setor de saúde complementar.
A deterioração da relação médico-paciente, que tantos problemas têm causado aos médicos e aos pacientes, está associada principalmente às limitações colocadas pelos intermediários aos profissionais. A autonomia é uma condição básica para o exercício ético da Medicina e, sem ela, o médico fica exposto ao estresse e ao erro.
Não podemos aceitar que terceiros influam na relação médico-paciente que, desde Hipócrates, é o alicerce da Medicina, de suas ações e de seus resultados. É essa relação que fortalece o ato médico e torna nossa profissão mais dignificante. Quando ela se banaliza é, portanto, o próprio espírito da Medicina que se esvai; e tudo fica mais feio, mais infeliz e mais caro.
Uma boa relação médico-paciente só traz benefícios e evita eventuais problemas aos médicos que, muitas vezes, chegam a ser denunciados junto aos Conselhos Regionais de Medicina apenas porque o paciente não foi suficientemente esclarecido a respeito do ato. Muitos sofrimentos, desentendimentos e acusações podem ser evitados se médicos e pacientes dialogarem e confiarem um no outro, em cumplicidade positiva.
Más condições de trabalho geram também muitas adversidades para o exercício da Medicina. E, infelizmente, essas condições são as piores possíveis em muitos hospitais e clínicas de nosso Estado, inviabilizando o ato médico em sua plenitude e levando riscos à saúde dos pacientes. O Cremesp, por meio de nosso Departamento de Fiscalização, está sempre apontando as falhas onde elas existem, comunicando-as às autoridades de Saúde e cobrando as soluções.
Melhorar as condições de trabalho dos médicos e a atenção à saúde da população devem ser prioridades dos governos em suas diferentes esferas. Os médicos não podem exercer plenamente sua profissão em locais onde faltam, muitas vezes, equipamentos básicos. É a saúde e a vida das pessoas que estão em jogo e não se deve economizar esforços no sentido de melhorar, cada vez mais, os hospitais e clínicas de nosso Estado e de nosso país.
A educação médica deficiente também traz conseqüências ruins tanto para os próprios médicos como para os pacientes. A abertura indiscriminada de escolas médicas tem aumentando sensivelmente essa deficiência. É grande o número de recém-formados que entram no mercado de trabalho sem estarem suficientemente preparados para exercer a Medicina. As conseqüências são desastrosas: mais sofrimentos, processos, desentendimentos, seqüelas, mortes...
O Cremesp tem atuado, juntamente com as demais entidades médicas, nesse sentido, pois trata-se de mercantilismo puro. São escolas que não estão preocupadas com a formação de bons médicos mas com as elevadas mensalidades que cobram. Isso é inadmissível.
Todos esses temas estão norteando nossa atuação à frente do Conselho. Com diálogo, firmeza nas ações, união e tenacidade haveremos de fazer de temas tão inóspitos uma agenda positiva para os médicos e para a sociedade.
Rumo à ordem e à Ordem!
Clóvis Francisco Constantino
Presidente do Cremesp
Prorrogado prazo para justificar ausência de voto
Informamos aos médicos do Estado de São Paulo que o prazo para justificar a abstenção de voto nas eleições Cremesp, que ocorreram em agosto passado, foi prorrogado de 31 de outubro de 2003 para 31 de dezembro de 2003, de acordo com deliberação deste Conselho. Após esta data, será aplicada multa definida na lei nº 3268/57 e pela Resolução CFM nº 1660/2003, calculada de acordo com a Nota Técnica CFM nº 119/2003.
As justificativas de ausência de voto podem ser feitas pelo e-mail sap@cremesp.org.br; por fax: (11) 3231-1745; via correio (carta postada); ou, ainda, ser entregues pessoalmente na sede do Cremesp (Rua da Consolação 753, São Paulo/Capital) ou nas delegacias regionais da capital e do interior.
Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo
(Plenária nº 3041 de 11 de novembro de 2003)