CAPA
EDITORIAL (pág. 2)
Lavínio Nilton Camarim - Presidente do Cremesp
ENTREVISTA (pág. 3)
Albertina Duarte Takiuti
INSTITUIÇÃO DE SAÚDE (pág. 4)
Hospital de Prudente oferece excelência em alta e média complexidade 100% SUS
SAF (pág. 5)
Resolução torna obrigatório alerta em clínicas e hospitais sobre risco de consumir álcool na gravidez
SUS (pág. 6)
Cremesp convoca entidades a defender gestão pública da Saúde
ENTIDADES MÉDICAS (pág. 7)
Eleições da APM e AMB serão de 21 a 31 de agosto
SAÚDE PÚBLICA (pág. 8 e 9)
Prescrição médica de anorexígenos é autorizada no País
TESTAMENTO VITAL (pág. 10)
Diretivas de Vontade encontram resistência por falta de informação
AGENDA DA PRESIDÊNCIA (pág. 11)
Conselhos apresentam dossiê ao MS sobre más condições em unidades de saúde pública
EU, MÉDICO (pág. 12)
Médico socorrista construiu carreira na PM prestando atendimento pré-hospitalar
JOVENS MÉDICOS (pág. 13)
Médico que atende convocatória do Conselho evita infração ética
EDITAIS (pág. 14)
Convocações
BIOÉTICA (pág. 15)
Médicos podem delegar à Justiça decisões clínicas?
GALERIA DE FOTOS
SUS (pág. 6)
Cremesp convoca entidades a defender gestão pública da Saúde
Cremesp convoca entidades a defender gestão pública da Saúde
A Lei 8.080/90, que regula o SUS, foi a grande reforma que o Estado brasileiro enfrentou e resolveu implantar no País como política de Saúde. “E todos nós, como agentes do setor – seja representante de entidade, como gestor ou como parlamentar – não podemos jamais vacilar para garantir a sua consolidação, independente de quem estiver no comando da Nação”, afirmou Lavínio Camarim, presidente do Cremesp (então vice-presidente), durante o debate A Gestão Pública e Constitucional do SUS, com a participação do secretário municipal da Saúde de São Paulo, Wilson Pollara, e da professora da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (FSP-USP), Marília Louvison. O evento, que aconteceu no dia 7 de junho, foi promovido pela Câmara Temática de Políticas de Saúde do Cremesp.
“O tema gera um debate de conflitos, mas para o bem, sobre se a gestão pública da saúde e o SUS são constitucionais. Ora, vamos começar a inventar cartões de desconto e planos de saúde de baixa cobertura para fingir que estamos oferecendo saúde à população brasileira? Ou, ainda, voltar àquela situação em que as pessoas mais carentes eram chamadas de indigentes e ver se sobra algo do orçamento geral para destinar à saúde pública? Será que não aprendemos nada com isso tudo?”, questionou Camarim.
Organizado pelo conselheiro Eurípedes Balsanufo Carvalho, que também é coordenador da Câmara Temática de Políticas de Saúde, o debate lotou o auditório da subsede do Cremesp na Vila Mariana. “Decidimos discutir o tema em conjunto com os delegados da Vila Mariana e com os das Delegacias da Capital, coordenadas pelo conselheiro Clóvis Francisco Constantino, justamente para estimular a participação dos delegados Cremesp neste debate, que é muito importante e necessário para quem atua na área da Saúde”, afirmou Carvalho. “O evento atende à sugestão de médicos presentes em debate anterior sobre financiamento à saúde. Na ocasião, foi proposta a discussão sobre gestão, que certamente continuará com outros encontros”.
O evento aberto ao público contou ainda com a participação do neurocirurgião Luiz Fernando Pinheiro Franco, representando a Academia de Medicina de São Paulo, e Luis Carlos Arcon, delegado superintendente da subsede Vila Mariana. Também foram convidados representantes do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que não puderam comparecer.
Saúde pública
Medicamento que previne HIV será incorporado ao SUS
O Ministério da Saúde (MS) irá ofertar no Sistema Único de Saúde (SUS) o antirretroviral emtricitabina + tenofovir (Truvada) para reduzir o risco da infecção pelo HIV antes da exposição ao vírus. A ideia é utilizar o medicamento em pessoas não infectadas pelo HIV e que mantêm relações de risco com maior frequência.
A Profilaxia Pré-Exposição (PrEP) passou a ser distribuída em até 180 dias, após a publicação do Protocolo Clínico e das Diretrizes Terapêuticas (PCDT), em 29 de maio.
A incorporação do medicamento foi recomendada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec). Com a nova medida, o Brasil se torna o primeiro país da América Latina a utilizar essa estratégia de prevenção como política de saúde pública.
Prefeitura critica ênfase dada à prevenção
Presente ao evento, o secretário Wilson Pollara questionou a ênfase dada à prevenção, por alguns gestores de saúde, durante sua explanação a respeito do plano de gestão da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo e da assistência em rede integrada com a Secretaria de Estado da Saúde. “Não há como privilegiar recursos para a prevenção, uma vez que, dentro da assistência global prestada no município de São Paulo, 25% referem-se a partos, 20% a atropelamentos e quedas e 12% a câncer”, afirmou.
Já a professora Marília Louvison defendeu a necessidade de recompor um pacto pelo SUS, criticando a segmentação entre o modelo de atenção e o de gestão no setor de saúde. Para ela, os dois modelos devem caminhar juntos. “Existem muitos serviços bons no SUS, mas eles agem fragmentariamente. O subfinanciamento impacta, mas a falta de aposta no sistema impacta mais ainda. É preciso pensá-lo como um conceito ampliado de saúde, em que a classe média faz uso desse serviço público como um direito. Precisamos falar com a sociedade para recompor um pacto pelo SUS e a classe média é muito importante para isso”, finalizou a professora.