CAPA
EDITORIAL (pág. 2)
Mauro Aranha - Presidente do Cremesp
ENTREVISTA (pág. 3)
Regis Ricardo Assad
SAÚDE MENTAL (pág. 4)
Estresse, isolamento social e falta de diálogo podem estar na origem das tentaivas de pôr fim à própria vida
INSTITUCIONAL (pág. 5)
Parceria com Proesq visa promover a qualidade da saúde mental do médico, baseada no acompanhamento clínico e prevenção
SAÚDE SUPLEMENTAR (pág. 6)
Coren-SP é uma das instituições que passou a apoiar a campanha do Cremesp contra a proposta do MS
TRABALHO DO MÉDICO (pág. 7)
Anamnese/exame físico e exames laboratoriais ou de imagem são complementares e nunca excludentes
DATAFOLHA (pág. 8 e 9)
Pesquisa realizada pelo Datafolha identifica expectativas dos profissionais e indica bandeiras a ser encampadas pelo Cremesp
MEDICINA BASEADA EM EVIDÊNCIAS (pág. 10)
Instituição conta com cerca de 7 mil revisões sistemáticas, sendo 70% do conteúdo disponibilizado gratuitamente no País
AGENDA DA PRESIDÊNCIA (pág. 11)
Nova edição, adaptada à realidade da prática médica, inclui módulo sobre assédio sexual e revisão de termos teóricos
EU, MÉDICO (pág. 12)
Médico desenvolveu aplicativo sobre o enfrentamento da violência feminina para o movimento "Bem Querer Mulher"
JOVENS MÉDICOS (pág. 13)
Hospital das Clínicas da FMUSP passa por por um de seus momentos mais graves
EDITAIS (pág. 14)
Convocações
BIOÉTICA (Pág. 15)
Facebook, por lazer ou motivos pessoais, só deve ser acessado por médicos fora do expediente
GALERIA DE FOTOS
EU, MÉDICO (pág. 12)
Médico desenvolveu aplicativo sobre o enfrentamento da violência feminina para o movimento "Bem Querer Mulher"
Psiquiatra utiliza tecnologia para desenvolver ações na Saúde Pública
O interesse nos projetos sociais começou cedo. Ainda na Faculdade de Medicina de Catanduva, onde se formou em 2007, Machado começou a se envolver no movimento estudantil e a desenvolver projetos, como a iniciativa junto ao Núcleo de Assistência à População Ribeirinha da Amazônia (Napra), que buscava auxiliar o atendimento médico à população da região.
“Foi o meu primeiro contato com um projeto social. Era um grupo que, todo mês de julho, ia até a Amazônia implantar projetos de desenvolvimento das comunidades. Devido à escassez de médicos na região, criamos um sistema de telemedicina (quando a tecnologia ainda era precária) e fazíamos teleconsultas durante os outros meses do ano. Participar desse projeto me motivou a buscar por mais iniciativas assim. Trouxe um sentido maior, tanto na minha vida pessoal quanto profissional”, explica.
Nascido em Petrópolis, no Rio de Janeiro, mudou-se para São Paulo com a família aos três anos de idade. Filho de mãe psiquiatra e pai pediatra, o médico conviveu desde cedo com a Medicina no ambiente familiar. “A Psiquiatria me encantou desde pequeno com a ideia de desvendar as questões do ser humano, como funcionamos e por que agimos de tal maneira”, relata.
Após a faculdade, Felipe concluiu a residência em Psiquiatria, no Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe) e fez especialização em Psiquiatria da Infância e Adolescência, na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Mas foi ao final de seu MBA em Liderança e Gestão Pública, no Centro de Liderança Pública, em parceria com a Harvard Kennedy School, que aliou sua paixão pela Saúde Pública com a tecnologia.
Com a curiosidade sobre o mundo tecnológico, criou o projeto Saluz, uma plataforma de participação social que ensina os usuários a utilizarem o Sistema Único de Saúde (SUS), ainda em vias de viabilização.
“O MBA foi um grande divisor de águas para mim. Comecei a trabalhar com outras esferas fora do trabalho do médico tradicional, o que resultou em algo totalmente gratificante. Sempre tive um interesse grande por tecnologia, e foi a partir desse primeiro projeto que comecei a me envolver mais com plataformas digitais”, explica.
Após criar a sua primeira plataforma digital, Machado percebeu que podia avançar mais e começou a se envolver em outros projetos sociais. Junto com um colega, o psiquiatra desenvolveu um aplicativo sobre o enfrentamento da violência feminina, após conhecer o trabalho do Movimento Bem Querer Mulher (BQM). O app BQM, disponível para Android e iOS, foi criado para auxiliar vítimas de violência, conectando-as a uma rede de agentes que orientam sobre questões legais, psicológicas, indicam serviços de atendimento capacitado, abrigos, assistentes sociais e centros de atendimento à vítima.