CAPA
EDITORIAL (pág. 2)
Bráulio Luna Filho - Presidente do Cremesp
ENTREVISTA (pág. 3)
Francisco Lotufo Neto
ANUIDADE 2016 (pág. 4)
PF pode obter desconto
INSTITUIÇÕES DE SAÚDE (pág. 5)
Centro de Referência DST-Aids
PESQUISA (Pág 6 e 7)
Violência no Trabalho
DEMOGRAFIA MÉDICA - (Pág 8 e 9)
Médicos no Brasil
TRABALHO DO MÉDICO (Pág. 10)
Exame do Cremesp
PLENÁRIA (Pág 11)
Temática - Cannabis
EU MÉDICO (Pág. 12)
Danny Lescher
JOVENS MÉDICOS (Pág. 13)
Greve
CONVOCAÇÕES (pág. 14)
Editais
BIOÉTICA - (pág. 15)
Imigração
GALERIA DE FOTOS
JOVENS MÉDICOS (Pág. 13)
Greve
Residentes paulistas realizam passeata na Capital
Ato faz parte do Movimento Nacional de Valorização
da Residência Médica e reivindica melhores
condições de trabalho
Residentes foram recebidos por conselheiros do Cremesp
Um grupo de 1 mil residentes se reuniu na Praça da Sé, no dia 15 de dezembro, para reivindicar melhores condições de trabalho, qualidade de atendimento no SUS e reajuste salarial. Os médicos vieram em passeata pelo centro da Capital paulista até o auditório da sede do Cremesp, onde foram recebidos pelo presidente, Bráulio Luna Filho, e pelos conselheiros Marcos Boulos e Nívio Moreira.
Plenária do Cremesp já havia decidido apoiar o movimento, julgado legítimo, ético e digno. Paulo César Rozental, presidente da Associação dos Médicos Residentes do Estado de São Paulo (Ameresp), lembrou a situação do residente no contexto da “realidade de um sistema falido por incompetência e corrupção, que não privilegia a qualificação dos profissionais para o atendimento da população”, ressaltando que o movimento não se encerra nesta passeata.
Durante a reunião com os residentes, Luna Filho destacou que o Cremesp tem tradição de apoiar os movimentos sociais, principalmente desencadeados por médicos.
ANMR convoca paralisação nacional
Residentes de todos os Estados entraram em greve por tempo indeterminado, no dia 8 de dezembro. A paralisação, convocada pela Associação Nacional de Médicos Residentes (ANMR), é resultado da negativa do governo federal em atender às reivindicações do Movimento Nacionalde Valorização da Residência Médica.
A ANMR recomendou que, durante a greve, fosse mantida escala mínima de 30% do quadro habitual de médicos residentes nas unidades de urgência, emergência e UTIs, além dos plantões de intercorrências nas enfermarias.
Mais informações sobre as pautas do movimento estão disponíveis no site: www.anmr.org.
Saúde pública
Vírus zika gera aumento de casos de
microcefalia no País
Vigilância Epidemiológica analisava dez casos suspeitos em
Campinas e um em Guarulhos no início de dezembro
A transmissão do vírus zika pelo Aedes aegypti – o mosquito transmissor da dengue e da febre chikungunya – tem levado ao aumento exponencial dos casos de microcefalia no País, principalmente na região Nordeste. O número de casos suspeitos havia chegado a 1.761, em 14 Estados, até o dia 8 de dezembro. Em 2014, apenas 147 casos foram relatados. Neste ano, o primeiro Estado a diagnosticar o aumento significativo dessa incidência foi Pernambuco, com 804 casos suspeitos.
A Medicina sabe muito pouco sobre o vírus e ainda está estudando a relação entre ele e a microcefalia. Tendo surgido no Nordeste em 2014, somente agora o vírus foi associado a casos de microcefalia, uma inflamação que retarda a multiplicação dos neurônios e leva a um desenvolvimento anormal do cérebro da criança durante a gestação, reduzindo o seu diâmetro.
“A infecção pelo vírus zika está se alastrando por todo o País graças à presença cada vez mais crescente do mosquito vetor em todas as regiões do Brasil”, explica o médico neurologista, Luiz Alberto Bacheschi. Ele conta que ainda não há tratamento para esse vírus. Por isso, mulheres gestantes devem se proteger para não ser infectadas. Além do uso do repelente e de roupas que cubram a pele, deve-se evitar áreas com maior incidência da doença. “As medidas mais efetivas, para controle desse surto, dependem de ações governamentais e da colaboração de todos, para evitar criadouros do mosquito”, esclarece o neurologista.
No Estado
A vigilância epidemiológica analisa dez casos suspeitos de microcefalia causada pelo vírus zika, que surgiram em Campinas e Guarulhos.
Segundo a SES/SP, não há circulação do vírus zika em São Paulo. Apenas dois casos autóctones foram detectados no Estado, em Sumaré e em São J. do Rio Preto.
Rede sentinela
A SES/SP lançou um pacote de medidas para combater o Aedes aegypti. Entre elas, criou uma rede sentinela, para detectar precocemente a circulação do vírus zika no Estado. Todos os casos de microcefalia e amostras de soro colhidas de pacientes com suspeitas de dengue serão analisados para verificar se há relação com o zika.
Haverá vigilância especial com relação aos casos de microcefalia, por meio da análise das notificações feitas ao Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE) e do Sistema de Informação dos Nascidos Vivos (Sinasc). A SES/SP também estabelecerá parcerias com instituições de ensino e centros de pesquisas, para estudos de avaliação dos fatores de risco decorrentes da infecção pelo zika; além de um intercâmbio de informações com entidades ligadas à área da Saúde.
Orientações da SVS
A Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), do Ministério da Saúde, criou um protocolo com orientações técnicas e diretrizes relacionadas às ações de vigilância da microcefalia, entre elas, a redução de 33 para 32 centímetros, do perímetro cefálico do bebê considerado portador da má-formação.
A SVS recomenda que todos os casos de suspeita de microcefalia relacionados ao vírus zika sejam registrados no formulário de Registro de Eventos de Saúde Pública, disponível em: www. resp.saude.gov.br
O protocolo pode ser acessado na íntegra no site: http://portalsaude.saude. gov.br/images/pdf/2015/dezembro/08/microcefalia-protocolo-de-vigilancia-e-resposta-v1.pdf