CAPA
EDITORIAL (pág. 2)
Bráulio Luna Filho, presidente do Cremesp
ENTREVISTA (pág. 3)
Diretoria da EPM
INTERNET (pág. 4)
Avanços tecnológicos a favor da Medicina
IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS (ISS) (pág. 5)
Projeto de Lei 268/2015
INSTITUIÇÕES DE SAÚDE (pág. 6)
Emílio Ribas - 135 anos
EPIDEMIA (pág. 7)
MERS-CoV
TRABALHO MÉDICO (pág. 8 e 9)
Violência contra profissionais de saúde
EXAME DO CREMESP (pág. 10)
Valorização da iniciativa
AGENDA DA PRESIDÊNCIA (pág. 11)
Projeto educacional
EU, MÉDICO (pág. 12)
Medicina: aprendizado & convivência
JOVENS MÉDICOS (pág. 13)
Hospital São Paulo
EDITAIS (pág. 14)
Informações úteis ao profissional de Medicina
BIOÉTICA (pág. 15)
Dilema da Maioridade Penal
GALERIA DE FOTOS
EPIDEMIA (pág. 7)
MERS-CoV
Síndrome Respiratória do Oriente Médio atinge 4 continentes
Doença ainda não tem vítimas no Brasil, mas médicos devem ficar atentos à identificação dos casos
Causada pelo coronavírus MERS-CoV, a doença afeta
o sistema respiratório, atingindo pulmões e brônquios
A Síndrome Respiratória do Oriente Médio, conhecida pela sigla MERS, já tem casos confirmados em países da Ásia, Europa, África e, mais recentemente, na América, nos Estados Unidos. Ainda não há casos registrados ou suspeitos no Brasil, mas como a doença pode ser transmitida por viajantes que venham dessa região de origem, os médicos devem ficar atentos para identificar casos suspeitos.
Causada por um novo tipo do coronavírus, o MERS-CoV, a doença foi identificada pela primeira vez na Arábia Saudita, em 2012, e se disseminou rapidamente pelos viajantes. Até 5 de fevereiro de 2015, 971 casos confirmados e 350 óbitos foram relatados à Organização Mundial da Saúde (OMS), referentes a todo o mundo.
Com uma taxa de mortalidade de 30% a 40% entre os infectados, a doença afeta o sistema respiratório, atingindo os pulmões e os brônquios e causando, principalmente, febre, tosse e falta de ar. O paciente também pode apresentar respiração curta, calafrios, dor no corpo, na garganta, na cabeça, diarreia, náuseas e vômitos, sintomas que são comuns a muitas doenças. Por isso, segundo Caio Rosenthal, infectologista e conselheiro do Cremesp, o médico deve estar atento às questões epidemiológicas para conseguir diagnosticar a MERS.
“É necessário identificar a suspeita rapidamente, dar todo o suporte sintomático e isolar esse paciente para evitar a proliferação do vírus. Deve ser observado: primeiro, se a pessoa veio do Oriente Médio; depois, se ela teve em contato com alguém que veio dessa região e esteja doente”, explica Rosenthal. Para ele, não há grandes possibilidades que a Síndrome atinja o País, mas é importante que os médicos estejam preparados.
Por ser uma doença recente, ainda não se tem todas as informações necessárias sobre a MERS, e não há vacina nem tratamento disponível – realizando-se apenas o tratamento dos sintomas. O período de transmissibilidade do vírus é desconhecido, mas já se sabe que é possível que aconteça também após o desaparecimento dos sintomas. Quando em contato com o vírus, o período de incubação da doença antes que ela se manifeste pode variar de dois a 14 dias – tempo indicado de quarentena.
MERS x SARS
Antes da identificação da MERS, em 2012, o mundo já havia sofrido com uma epidemia global de doença parecida, que também pode ser causada por vírus da família coronavírus (o SARS-CoV), a Síndrome Respiratória Aguda (SARS). Surgida na China em 2002, a SARS causou cerca de 800 mortes até 2003, não apresentando mais casos a partir do ano seguinte.
Desvinculação
Cremesp solicita garantia de assistência à população pelo HU
Fiscalização do Cremesp constatou deficiências no atendimento,
entre outros problemas estruturais do HU
A preocupação com a garantia de assistência médica à população atendida pelo Hospital Universitário (HU), diante de uma possível desvinculação desse serviço da Universidade de São Paulo (USP), foi tema de reunião entre representantes dessa instituição de ensino e do Cremesp. O encontro, solicitado pelo Conselho, aconteceu na reitoria da USP, no dia 24 de junho e teve a participação do presidente do Cremesp, Braúlio Luna Filho e do reitor Marco Antonio Zago.
Alegando dificuldades financeiras e que o objetivo central da USP é a educação – e não a assistência médica – , a reitoria busca a desvinculação do HU, propondo sua entrega à Secretaria Estadual da Saúde. A proposta, que gerou protestos de médicos e funcionários, agravou uma crise já existente no HU.
Fiscalização
A pedido do Ministério Público Estadual, o Cremesp realizou uma fiscalização no HU, em 9 de abril, constatando deficiências no atendimento, entre outros problemas estruturais. As medidas de ajuste colocadas em prática pela reitoria chegaram a provocar a saída de 31 médicos dos quadros do hospital. Frente aos resultados da fiscalização, o Cremesp solicitou audiência à reitoria da USP, no intuito de garantir a assistência aos usuários, durante a eventual passagem de vínculo a outro órgão.
Ainda pelo Cremesp estiveram presentes os coordenadores do Departamento Jurídico, Marcos Boulos; e do Centro de Bioética, Reinaldo Ayer de Oliveira; além do chefe do Departamento de Fiscalização, Antonio Carlos Turiani Martini; e dos médicos fiscais Isaura Cristina Soares de Miranda e Mário Ivo Serinolli. Teve também a presença do superintendente do HU, Waldyr Antônio Jorge; da superintendente Jurídica da USP, Maria Paula Dallari Bucci; e do professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, José Sebastião dos Santos.
O reitor também se comprometeu que, enquanto o HU pertencer a USP, ele não será abandonado.