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CAPA

EDITORIAL (pág.2)
João Ladislau Rosa - Presidente


ENTREVISTA (pág.3)
Ives Gandra da Silva Martins


DROGADIÇÃO (pág.4)
Como superar o alcoolismo?


TRABALHO MÉDICO (pág.5)
Titulação obrigatória


SAÚDE PÚBLICA (pág.6)
Congresso discute o SUS


MOVIMENTO MÉDICO (pág.7)
Plano de Carreira de Estado


SAÚDE SUPLEMENTAR (pág.8)
Ato contra operadoras


ENSINO MÉDICO (pág.9)
Novo modelo de teste


INFORME TÉCNICO (pág.10)
Suspeita ou confirmação


AGENDA DA PRESIDÊNCIA (pág.11)
Aniversário da Academia de Medicina


COLUNA DO CFM (pág.12)
Artigos dos representantes de SP


JOVEM MÉDICO (pág.13)
Termo de Consentimento Esclarecido


ELEIÇÕES CFM 2014 (pág.15)
Voto será obrigatório


BIOÉTICA (pág.16)
Pacientes pediátricos em fase terminal


GALERIA DE FOTOS



Edição 313 - 04/2014

SAÚDE SUPLEMENTAR (pág.8)

Ato contra operadoras


Médicos e dentistas protestam contra planos de saúde

Paralisação atingiu todo o País. Em São Paulo, concentração foi na sede da APM


Azevedo: planos desrespeitam pacientese médicos


Médicos paulistas soltaram balões brancos em ato para marcar o Dia Nacional de Protesto Contra os Planos de Saúde e a Agência Nacional de Saúde Suplementar, em 7 de abril, Dia Mundial da Saúde. O ato público aconteceu na sede da Associação Paulista de Medicina (APM), no centro da capital paulista. O atendimento eletivo aos usuários da saúde suplementar foi suspenso por 24 horas. Os médicos foram orientados a não suspenderem cirurgias, atendimentos de emergência e procedimentos já agendados, cujas remarcações prejudicariam os pacientes.

Estava prevista ainda uma campanha para doação de sangue, na sede da APM, mas a empresa contratada para o serviço não conseguiu disponibilizar os equipamentos necessários no local. A APM, então, ofereceu transporte para que os médicos pudessem fazer a doação na Santa Casa ou no Hospital das Clínicas.

O ato contou com a presença de diretores e conselheiros do Cremesp e do Con­selho Regional de Odontologia, além de representantes da APM, da Associação Brasileira de Mulheres Médicas, da Aca­demia Paulista de Me­di­cina e do Sindicato dos Hospitais, entre outras entidades.

O diretor 2º secretário do Cremesp, Renato Azevedo, destacou, durante o ato, que a saúde suplementar no Brasil desrespeita pacientes e médicos. Ressaltou que os planos impõem dificuldades de acesso, criam obstáculos para a realização de exames de pacientes e remuneram mal os médicos, além de interferir na autonomia dos profissionais. Ele lembrou ainda que tanto a saúde suplementar como a pública está muito aquém do esperado de um país do porte do Brasil.

Principal problema
De acordo com estudo da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa, realizada em março, 45% dos brasileiros identificam a Saúde como principal problema do País, enquanto, em 2003, essa preocupação era de 6% dos entrevistados. Em estudo feito pelo Instituto Datafolha em 2013, para a APM, 79% dos usuários tiveram problema em algum serviço do plano de saúde, sendo os principais deles relacionados a consultas médicas, exames diagnósticos, liberação de guias e pronto atendimento, entre outros.

Saúde + 10
Azevedo afirmou ainda que o projeto de lei de iniciativa popular que obriga a União a destinar, anualmente, o mínimo de 10% da receita corrente bruta para a Saúde “está parado no Congresso, apesar de ter colhido mais de 2 milhões de assinaturas, o que é um desrespeito à vontade dos brasileiros”.

O presidente da APM, Florisval Meinão, confirmou que médicos de todo País fizeram manifestações para demonstrar a insatisfação da categoria com a situação da Saúde. “Nós médicos, como os demais profissionais do setor, entendemos que a Saúde vai mal no País. O usuário da Saúde Suplementar encontra as mesmas dificuldades do SUS, muitas vezes precisando recorrer a ele”, comenta.

Representando 110 mil profissionais, Claudio Mi­yake, presidente do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (Crosp), declarou estar apoiando a manifestação porque a classe odontológica também sofre os mesmos problemas com os planos de Saúde e a ANS. “Queremos estar juntos, em busca da valorização de toda a área da Saúde”, declarou Miyake. Até o final do mês de abril estava programado um grande protesto pela categoria.

Os profissionais da Saúde consideram esse ano estratégico para manifestações porque o tema será debatido nas eleições de outubro.

Saiba mais no site do movimento pelo fim dos abusos dos planos de saúde, disponibilizado pelo Cremesp e APM, no http://apm.web989.uni5.net/).

 


 

Reivindicações


As paralisações realizadas em 7 de abril reivindicaram:

  • Acesso pleno dos pacientes à assistência de qualidade;
     
  • O fim das interferências das operadoras no exercício da Medicina;
     
  • Valorização de honorários de consultas e procedimentos;
     
  • Mais investimentos no Sistema Único de Saúde (SUS).

 


 

Canal para denúncias


Adotando mesma estratégia já utilizada 15 anos atrás, quando houve uma campanha cujo slogan era Tem Plano de Saúde que enfia a faca em você e tira o sangue dos médicos, a APM colocou em funcionamento o telefone 0800 173 313 para denúncias de profissionais da Medicina e pacientes usuários das opera­doras. A APM analisará os casos e dará orientação entre sete e 15 dias, compilando os dados para a ANS. Segundo o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), houve reajustes de até 538,27% em planos de saúde coletivos entre 2005 e 2013.

 


 

Campanha enfatiza abusos dos planos

Uma campanha publicitária, mostrando que médicos e pacientes são vítimas do mesmo sistema e enfatizando os abusos dos planos de saúde, foi veiculada, a partir do dia 5 de abril, em mídia impressa, portais de internet e em canais alternativos, como mídia no Metrô. As mesmas peças estão sendo disponibilizadas pelas entidades para divulgação em consultórios, hospitais, clínicas e laboratórios.

 


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