CAPA
EDITORIAL (pág.2)
João Ladislau Rosa - Presidente do Cremesp
ENTREVISTA (pág.3)
Arnaldo Colombo
PISCINA + SEGURA (pág.4)
Campanha faz alerta sobre riscos de afogamentos
SAÚDE PÚBLICA (pág.5)
Câncer uterino
EXAME DO CREMESP (págs.6 e 7)
Nove escolas médicas de SP alcançam a média
SAÚDE SUPLEMENTAR (págs.8 e 9)
Mobilização da classe médica
MOVIMENTO MÉDICO (pág.10)
Intercambistas cubanos e discriminação salarial
AGENDA DA PRESIDÊNCIA (pág.11)
Cremesp debate PL para remissão do ISS
COLUNA DOS CONSELHEIROS DO CFM (pág.12)
Artigos dos representantes de SP no Federal
JOVENS MÉDICOS (pág.13)
Prontuário Médico
SERVIÇO AOS MÉDICOS (pág.14)
Educação continuada
BIOÉTICA (pág.15)
Aborto legal
DOAÇÃO DE ÓRGÃOS (pág 16)
Informações importantes que podem salvar vidas
GALERIA DE FOTOS
EXAME DO CREMESP (págs.6 e 7)
Nove escolas médicas de SP alcançam a média
Câmara Temática discutirá qualidade do ensino médico
Conselho contará com a parceria das escolas de Medicina do Estado de São Paulo também para aperfeiçoar prova
Luna Filho, João Ladislau e Mauro Aranha: colaboração das faculdades
Das 31 escolas médicas do Estado de São Paulo que tiveram formandos em 2013, apenas nove escolas participantes do Exame do Cremesp alcançaram a média de 60% estipulada para aprovação. Desses, seis são egressos de universidades públicas e três, de particulares.
Na média de acertos, o cômputo geral das escolas foi de 55,08%, sendo que a melhor obteve 69,7%, e a última, 41,55%. As maiores médias são de escolas públicas federais (66,83%), públicas estaduais (64,93%), seguidas pelas privadas sem fins lucrativos (53,21%), públicas municipais (51,73%) e particulares com fins lucrativos (47,03%).
Os resultados individuais e confidenciais do desempenho de cada escola foram entregues – em envelope lacrado – a seus respectivos representantes pelos coordenadores do Exame e conselheiros do Cremesp, Bráulio Luna Filho e Reinaldo Ayer, no dia 14 de fevereiro, no auditório do Conselho, na presença do presidente e do vice-presidente da Casa, João Ladislau e Mauro Aranha.
Estiveram na reunião representantes da Universidade Camilo Castelo Branco (Unicastelo), Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), Centro Universitário Barão de Mauá (CBM), Universidade Cidade de São Paulo (Unicid), Centro Universitário de Araraquara (Uniara), Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP/USP), Universidade Anhembi Morumbi (UAM), Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp), Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Universidade de São Paulo (USP), Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa São Paulo (FCMSCSP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Universidade de Mogi de Cruzes (UMC), Universidade de Taubaté (Unitau), Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), Universidade de Santo Amaro (Unisa), Universidade São Francisco (USF), Centro Universitário Lusíada (Unilus), Faculdades Integradas Padre Albino (Fipa), Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Camp), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Faculdade de Medicina de Marília (Famema), Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e União das Faculdades dos Grandes Lagos – São José do Rio Preto (Unilago). A Faculdade Santa Marcelina, a Universidade Nove de Julho (Uninove) e a Universidade de Marília (Unimar) não enviaram representantes ao evento.
As escolas que ainda não tinham formandos em 2013 – Faculdade de Ciências da Saúde de Barretos Dr. Paulo Prata (FCSB); Centro Universitário São Camilo (São Camilo), de São Paulo; Universidade de Franca (Unifran); Centro Universitário de Votuporanga (Unifev); Faculdade Ceres de São José do Rio Preto (Faceres); e Faculdade São Leopoldo Mandic (Slmandic), de Campinas – compareceram à reunião e tiveram acesso apenas aos dados gerais das escolas.
Notas
Os participantes do Exame também receberam suas notas pelo Correio, em caráter sigiloso, conforme o compromisso assumido pelo Cremesp. Luna Filho explicou que a prova objetiva é a melhor forma de avaliar conhecimento e cognição dos alunos, afirmando que 2/3 do Exame 2013 tiveram grau de dificuldade fácil, muito fácil ou médio.
Ayer distribui os resultados do Exame do Cremesp, em envelopes lacrados, aos representantes das escolas médicas
A prova contou com a participação de 3.425 egressos de escolas médicas, sendo que 3.328 compareceram para fazer a prova. O índice de reprovados do Exame do Cremesp atingiu 59,2%. As piores médias de acerto foram nas questões de Pediatria (47,78%), Clínica Médica (52,03%) e Clínica Cirúrgica (52,13%), índices que têm se repetido em outros anos. “O Exame do Cremesp é uma vitória para a sociedade porque coloca a questão da avaliação do ensino médico na agenda do governo e das instituições de ensino”, afirmou o coordenador do exame.
Câmara Temática
Ladislau comentou que o Cremesp criará uma Câmara Temática das Escolas de Medicina do Estado de São Paulo e convidou cada faculdade a nomear um representante titular e um suplente para participarem das reuniões. O Conselho irá custear o transporte de representantes de escolas do interior do Estado.
A primeira reunião deverá acontecer no dia 2 de abril. “Queremos criar um fórum para discutir desde o que as escolas irão fazer para melhorar a qualidade de ensino até a forma como realizamos o Exame do Cremesp”, explicou Ayer.
“Semelhante ao ano passado, a Santa Casa está entre as escolas que obtiveram os melhores desempenhos no Exame do Cremesp, e continuaremos trabalhando para que nossos alunos possam estar sempre entre os primeiros dentro do Estado de São Paulo” - José Eduardo Lutaif Dolci, diretor do curso de Medicina da Faculdade da Santa Casa de São Paulo
“Tivemos desempenho semelhante ao do ano passado e de todas as demais edições do Exame do Cremesp. Estamos analisando os dados porque houve algumas reprovações, mas, na média, o desempenho foi semelhante ao dos outros anos. Não haverá mudanças significativas no ensino, mas faremos algumas mudanças no currículo.” - Maurício Etchebehere, coordenador do internato médico da Faculdade de Medicina da Unicamp
“Também tivemos nota próxima à do ano passado e a universidade foi bem avaliada. Apoiamos o Exame, com aprimoramentos, e a iniciativa da Câmara Técnica visa exatamente melhorar a prova. De nossa parte, iremos continuar exigindo hospitais-escola e avaliações sistemáticas e científicas que possam dar retorno ao estudante, cuidando de seu processo de formação” - José Otávio Costa Auler Jr, vice-diretor da Faculdade de Medicina da FMUSP
“Tivemos um resultado acima da média, entre as seis melhores no Exame, e estamos muito satisfeitos, principalmente por se tratar de uma escola nova, em sua 3ª turma de formados. Apesar das dificuldades – não temos hospital-escola –, os docentes procuram motivar os alunos a se aprofundarem nos temas, o que têm dado bons resultados” - Flávia Gomes Pileggi Gonçalves, coordenadora do curso de Medicina da UFSCAR
“Numa primeira análise, vemos os resultados como positivos frente ao que foi apresentado como média geral, mas alguns ajustes são necessários e precisam ser estudados de uma forma mais detalhada. Em relação ao último exame, a FMRP vem mantendo um desempenho adequado, dentro de um mesmo patamar, mas esses dados deverão ser analisados pela Comissão Coordenadora do curso e de graduação” - Miguel Ângelo Hyppolito, coordenador do curso de Medicina da Faculdade de Medicina da USP-Ribeirão Preto
“A PUC-Camp apoiou o Exame desde o seu início e vemos uma evolução nesses nove anos da prova e dos alunos, o que é positivo. Tivemos desempenho melhor que o do ano passado, o que nos deixa muito otimistas. Nossos alunos acham o exame difícil, porém o encaram com seriedade. Temos testes de progresso, há doze anos, e de habilidade, há quatro, o que agrega e complementa a avaliação do Cremesp” - José Espin Neto, integrador acadêmico da graduação da PUC-Camp
“Em comparação a outros anos, tivemos uma ligeira piora na classificação da escola no Exame Cremesp 2013. Assim como as demais, as piores notas foram em Pediatria e melhoramos um pouco em Saúde Mental. No entanto, gostaríamos de conhecer melhor a prova aplicada para que possamos avaliar o grau de dificuldade. Considero a criação da Câmara Técnica um grande avanço” - Sumaia Inaty Smaira, vice-coordenadora do curso da Faculdade de Medicina de Botucatu (Unesp)
“Avaliações são importantes para o contínuo aperfeiçoamento do curso médico. O desempenho dos nossos alunos foi excepcional, acima da média em todas as áreas, mas dentro do que esperávamos pelo curso oferecido e compatível com as melhores escolas do Estado de São Paulo” - David Feder, coordenador do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina do ABC
“A Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) foi uma das melhores classificadas no Estado, melhorando seu desempenho em relação ao ano passado. Com isso, contribui para a formação profissional, tão importante para a segurança da população. As outras duas escolas da região – Faceres e Unilago – ainda não têm alunos formados” - Pedro Teixeira Neto, conselheiro responsável pela Delegacia de São José do Rio Preto do Cremesp
“Enquanto o mundo fala em Medicina baseada em evidência, no Brasil ainda estamos discutindo a estrutura das escolas, a falta de bibliotecas e se fazemos ou não o Exame. Para ser médico é preciso ter habilidades, competências e atitudes, que deveriam ser medidas também pelo Exame. O Conselho está fazendo sua parte e a análise pode ser melhorada, apoiada e expandida” - Álvaro Attalah, professor titular de Medicina de Urgência e Medicina Baseada em Evidências da Unifesp e presidente do Comitê Gestor do Hospital São Paulo (EPM/Unifesp)