

CAPA

EDITORIAL (pág.2)
João Ladislau Rosa - Presidente do Cremesp

ENTREVISTA (pág.3)
David Uip

ANUIDADE 2014 PJ (pág.4)
Desconto para Pessoa Jurídica

AUDIÊNCIA PÚBLICA (pág.5)
Debate na Assembleia Legislativa de SP

MAIS MÉDICOS (pág.6)
Lei sancionada pelo GF veta carreira nacional de médico

MAIS MÉDICOS (pág.7)
Plenária temática discute atuação de intercambistas

GESTÃO 2013-2018 (págs.8 e 9)
Diretoria do Cremesp toma posse em cerimônia

EXAME DO CREMESP 2013 (pág.10)
Registro profissional no Estado de São Paulo

SAÚDE SUPLEMENTAR (pág.11)
Pesquisa aponta queixas dos serviços prestados

COLUNA DOS CONSELHEIROS DO CFM (pág.12)
Artigos dos representantes de SP no Federal

AGENDA DA PRESIDÊNCIA (pág.13)
Audiência pública debate políticas para a Saúde

BIOÉTICA (pág.16)
Medicamentos sem prescrição médica

GALERIA DE FOTOS

SAÚDE SUPLEMENTAR (pág.11)
Pesquisa aponta queixas dos serviços prestados
Piora atendimento dos planos de saúde
79% dos usuários entrevistados pelo Datafolha tiveram problemas nos últimos 24 meses
Affonso Meira (Academia de Medicina de SP), Meinão, Ladislau, Chino e João Sobreira (APM): poucos usuários fazem reclamações comuns
Pelo menos oito em cada dez pessoas têm problemas com os planos e seguros de saúde suplementar, de acordo com pesquisa divulgada pela Associação Paulista de Medicina (APM), em parceria com o Datafolha, apresentada à imprensa no dia 17 de outubro. Entre os 861 entrevistados que tinham utilizado o plano nos últimos 24 meses, 79% reportaram queixas, com uma média de problemas de 4,3 por pesquisado. Dos 10,4 milhões de usuários de planos privados, esse volume projetaria 8,2 milhões de pacientes com problemas.
A percepção dessas insatisfações está relacionada aos prontos-socorros (80%), consultas médicas (66%), exames e diagnósticos (47%), internações (41%) e cirurgias (24%). Florisval Meinão, presidente da APM, ressalta que o número maior de reclamações refere-se justamente a situações de gravidade, ou seja, aos atendimentos de urgência e emergência.
Reclamações formais
Apesar dessa situação, apenas 15% dos entrevistados fizeram reclamações formais, sendo 11% ao próprio plano, 2% ao Procon e 1% à ANS e 1% a outras instituições. Apenas 2% acabaram recorrendo à Justiça e ocorrências relacionadas a cirurgias foram a principal motivação.
Com a comercialização de planos de saúde a preços mais baixos e a inclusão de mais usuários no setor, a comparação dessas pessoas tende a ser com o atendimento precário do SUS. “O médico que atende às operadoras muitas vezes é o mesmo do SUS, mas no sistema público, há uma sobrecarga de trabalho e remuneração”, considerou Otelo Chino, presidente do Sindicato dos Médicos de São Paulo e conselheiro do Cremesp.
Para João Ladislau, presidente do Cremesp, além do brasileiro não ter hábito de reclamar aos canais competentes, parte das queixas se revertem quando o problema é solucionado. “A pesquisa aponta que a insatisfação do usuário não é com os médicos, mas com os planos de saúde, que são os geradores dessa condição”, comentou.
Relação com os médicos
Os usuários entrevistados pelo Datafolha aparentam entender a dificuldade na relação dos médicos com os planos de saúde, uma vez que 60% têm consciência de que as operadoras pagam valores baixos pelas consultas. Já 56% acham que os planos pressionam os profissionais para reduzir o tempo de internação e 53% que dizem que essas empresas colocam obstáculos ao trabalho do médico.
Operadoras de planos
Na pesquisa, 67% dos entrevistados concordaram que os planos de saúde dificultam a realização de procedimentos ou exames de maior custo; 60%, que não cumprem todas as regras do contrato; e 54%, que demoram muito para autorizar exames e procedimentos.
SUS X saúde suplementar
Por falta de atendimento no plano de saúde, 30% dos usuários declararam terem utilizado o serviço público (SUS) ou particular. Em relação à pesquisa Datafolha realizada em 2012, esse volume é 10 pontos percentuais maior, indicando a piora no quadro.