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CAPA

EDITORIAL (pág.2)
Renato Azevedo Júnior - Presidente do Cremesp


ENTREVISTA (pág.3)
Thomas Maack


ATOS PÚBLICOS (pág.4)
Médicos realizam manifestações no centro da capital paulista


MAIS MÉDICOS (pág.5)
Relação de trabalho dos médicos cubanos é questionada pelo MP


ENEM EXTRAORDINÁRIO (pág.6)
Encontro discute medidas do governo


ATO MÉDICO (pág.7)
Vetos de Dilma Rousseff à Lei 12.842/2013


ELEIÇÃO CREMESP (pág.8)
Processo eleitoral dá vitória à Unidade Médica


ELEIÇÃO CREMESP (pág.10)
Valorização profissional na saúde pública e privada


AGENDA DA PRESIDÊNCIA (pág.11)
IV Congresso de Acadêmicos


COLUNA DOS CONSELHEIROS DO CFM (pág.12)
Artigos dos representantes de SP no Federal


PEMC (pág.13)
Reuniões podem ser acompanhadas por videoconferência


BIOÉTICA (pág.15)
Ministério da Saúde & Transexualismo


EXAME DO CREMESP (pág.16)
Inscrições para a nova edição abrem em setembro


GALERIA DE FOTOS



Edição 306 - 08/2013

EDITORIAL (pág.2)

Renato Azevedo Júnior - Presidente do Cremesp


O médico é o inimigo!

 

O governo federal decretou que os médicos brasileiros são inimigos que precisam ser combatidos a qualquer custo


Para esconder a mediocridade da sua gestão e a ausência de medidas para responder ao caos instalado na Saúde no Brasil, o ministro Alexandre Padilha passou a liderar uma cruzada contra os médicos, fomentando o ódio, o antagonismo e a hostilidade contra milhares de cidadãos e cidadãs que escolheram livremente a Medicina como profissão.

É cada vez mais claro o objetivo de Padilha, que conta com o aval da presidente Dilma Roussef. Querem, deliberadamente, destruir os médicos brasileiros,  causar-lhes danos, desa­creditá-los perante a opinião pública e, com isso, supostamente obter algum dividendo eleitoral em 2014.

A escolha dos médicos como bode expiatório é uma medida desesperada do governo e tem o propósito de esconder a pior avaliação da história, que a população faz da Saúde no País. Nada menos que 77% dos brasileiros, segundo o Ibope, apontam os problemas na saúde como a principal desgraça, muito pior que educação, violência e drogas, preocupações de menos de 40% das pessoas.

As medidas contra os médicos foram lançadas para gerar polêmica, logo que a  popularidade do governo federal desabou, depois que a população foi para as ruas e exigiu, entre muitas pautas, saúde de qualidade e “hospitais Padrão Fifa”.

Enquanto a mídia e todos os holofotes estão desviados para a guerra de demagogia patrocinada pelo governo contra os médicos, seja nos desatinos do Programa Mais Médicos ou nos vetos à lei do ato médico, os mal feitos de Padilha e Dilma ficam aco­bertados, dentre eles  a não destinação de mais recursos para o SUS e a entrega da agência reguladora dos planos de saúde para as empresas do setor. Esses são dois dos motivos responsáveis pelo pior momento vivido pela Saúde e pela Medicina no Brasil.

Os 400 mil médicos brasileiros compõem um universo plural de escolhas profissionais, ideologias, preferências partidárias, opiniões, têm virtudes e defeitos como todos os  trabalhadores , como todos os seres humanos.

Mas, em comum, todos eles têm histórias pessoais de dedicação e de cuidado com a saúde e a vida dos pacientes – ou por envol­vimento próprio e por meio de suas entidades representativas com a defesa de um sistema de saúde de qualidade para todos.

Por isso, não serão gover­nantes passageiros que, em nome do poder e da má política, tentarão, sem con­se­quências, humilhar e ofender os médicos brasileiros.

 

 





Opinião

Por que participar das entidades médicas

 

Silvana Morandini
Conselheira responsável pelas Delegacias Regionais de São José dos Campos e Taubaté do Cremesp

“Os representantes podem mudar, mas as entidades ficam e é por elas que devemos dar a nossa colaboração”


O médico é como um elo – que integra uma corrente – e sua atuação é de grande valor para a sociedade. Mas pouco poderá realizar se comparado a uma corrente inteira – que, no caso, são as entidades médicas, principalmente se os elos que a formarem forem fortes.

Há 34 anos sou associada da APM, da qual integro a diretoria há 15 anos. Fui eleita con­se­lheira do Cremesp e ree­leita por quatro mandatos como representante da So­gesp em São José dos Campos. Sou associada ao Si­mesp desde que me formei, há 34 anos.

Cada entidade tem um perfil e, juntas, se completam. Ao nos associarmos, podemos, além de usufruir dos benefícios que elas nos oferecem, participar ativamente, colocando em prática atitudes sociais e políticas que individual­mente não seriam possíveis.

A Academia de Medicina de SP é a entidade mais antiga, de 1895. Seus 130 membros são personalidades que se alçaram à consideração pública pela notória reputação científica, social e política.

A Associação Paulista de Medicina atua na valorização do trabalho médico nos sistemas público e privado, na defesa jurídica, na educação permanente e nos serviços e benefícios que facilitam o dia a dia do profissional.

O Sindicato dos Médicos de São Paulo visa promover, valorizar e defender a atividade médica, lutando pela dignidade no exercício da profissão.

O Cremesp atua na supervisão da ética profissional médica, por meio de ações regula­mentadoras, educacionais, fiscalizadoras, judi­cantes, car­toriais e políticas. É referência para a promoção do exercício ético da Medicina e da valorização profissional.

Desejo uma boa gestão à nova chapa que conduzirá o Conselho nos próximos cinco anos. Peço aos colegas médicos que ajudem, aces­sem o site www.cremesp.org.br, leiam o Jornal do Cremesp e a revista Ser Médico, participem da educação continuada, das comissões de ética, das plenárias te­máticas, das assem­bleias e das manifestações públicas. Os representantes podem mudar, mas as entidades ficam e é por elas que devemos dar a nossa colaboração.

 


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