CAPA
CARTA ABERTA (pág.2)
SUS: direito ao atendimento de qualidade
ENTREVISTA (pág.3)
Roberto Luiz d'Avila
MOBILIZAÇÃO NACIONAL (pág.4)
Protestos contra entrada de médicos estrangeiros sem revalidação
PROPOSTA (pág.5)
MS promete grupo de trabalho para analisar carreira no SUS
MOVIMENTO MÉDICO (pág.6)
Plano de carreira da SES é contestado por médicos
SAÚDE SUPLEMENTAR (pág.7)
Médicos devem denunciar casos de abuso de planos de saúde
FISCALIZAÇÃO DO CREMESP (pág.8)
Prontos-socorros do Estado: situação catastrófica
FISCALIZAÇÃO DO CREMESP (pág.9)
Irregularidades em mais da metade dos PSs fiscalizados
PROJETO DE LEI (pág.10)
Regulamentação da atividade médica é aprovada pelo Senado
EXAME DO CREMESP (pág.11)
Conselho promove parceria com escolas para a elaboração da prova
ELEIÇÃO DO CREMESP (pág13)
Pleito define diretores e conselheiros da gestão 2013-2018
CHAPA 1 (pág.14)
UNIDADE MÉDICA
CHAPA 2 (pág.15)
OPOSIÇÃO UNIDA
GALERIA DE FOTOS
PROPOSTA (pág.5)
MS promete grupo de trabalho para analisar carreira no SUS
CFM propõe programa para solucionar lacuna assistencial na Saúde
Entidades médicas cobram solução e governo federal promete criar Grupo de Trabalho para avaliar proposta
Padilha, com Roberto d'Avila e Carlos Vidal, do CFM: condições efetivas para fixação dos médicos em áreas remotas
O Ministério da Saúde (MS) prometeu criar um grupo de trabalho (GT) para analisar as propostas encaminhadas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) para solucionar a falta de acesso à assistência nos municípios do Interior e nas periferias dos grandes centros e a Carreira de Estado no SUS. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, na primeira reunião com os presidentes do CFM, Associação Médica Brasileira e Federação Nacional dos Médicos (Fenam), no dia 5 de junho, em Brasília. As entidades médicas se mobilizaram após setores do Governo terem manifestado a intenção de “importar médicos” sem passar pelo teste de revalidação dos diplomas.
O CFM já havia pedido a mediação da presidenta da República, Dilma Rousseff, sobre a assistência médica de qualidade nas zonas de difícil provimento, em reunião no dia 4 de abril.
O Programa de Interiorização do Médico Brasileiro, do CFM, busca valorizar o profissional, estimulando a melhora da infraestrutura de trabalho, e criar condições efetivas para atração e fixação dos médicos em áreas remotas. A medida teria caráter emergencial e transitório, com validade máxima de 36 meses, com foco nos municípios de até 50 mil habitantes.
Importação de médicos
Durante a conversa com as entidades, Padilha afirmou que o debate sobre a “importação de médicos” foi antecipado inadvertidamente pelo ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, que fez declarações sobre o acordo para a vinda de 6 mil médicos cubanos ao Brasil. Ele admitiu que ainda não havia nenhuma proposta concreta e garantiu que qualquer decisão será dialogada com os representantes das entidades médicas.
As entidades médicas relataram também outros problemas relacionados à qualidade dos serviços e à realidade da assistência em saúde na rede pública brasileira e criticaram o funcionamento do Programa de Valorização da Atenção Básica (Provab).
Principais propostas do CFM
Importação de médicos
Manutenção do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições Estrangeiras (Revalida), em seu formato atual; exigência do domínio da língua portuguesa, para a adequada relação médico-paciente; e apresentação de atestado de bons antecedentes éticos e criminais dos países onde se graduaram.
Carreira de Estado
Implantação da carreira federal de 40 horas semanais no SUS, que passaria a entrar em vigor após o encerramento das duas ações anteriores com médicos estrangeiros, que atenderiam em caráter transitório e emergencial. O acesso à carreira se daria por concurso público, realizado pelo MS. Além disso, o Estado seria obrigado a oferecer a infraestrutura de trabalho e equipes de apoio.
Conheça o programa na íntegra, nos portais do CFM (www.cfm.org.br) ou do Cremesp (www.cremesp.org.br).
Plenárias temáticas
Secretário municipal debate com médicos atenção primária
Fillipi Jr (à direita), ao lado de Ladislau, Azevedo, Modesto e Gusso, apresentou propostas da atual administração municipal para a Saúde
Condições de trabalho, capacitação, remuneração, modelos de contratação e as estratégias propostas para a atenção básica na rede assistencial da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo foram os principais assuntos debatidos em plenária temática do Cremesp, no dia 17 de maio. O encontro teve a participação do secretário de Saúde da cidade, José Fillipi Júnior, que falou sobre as propostas da atual administração municipal para a atenção primária.
Organizado pela Câmara Técnica de Medicina da Família e Comunidade do Cremesp, o evento foi coordenado por João Ladislau Rosa, diretor de Comunicação da Casa.
Ladislau chamou a atenção para os inúmeros formatos de contrato que a Prefeitura mantém com os médicos, o que, em sua opinião, dificulta a fixação de profissionais em algumas áreas da cidade.
Fillipi Júnior informou que um Plano de Cargos e Salários para os médicos está sendo preparado pela Secretaria e que deverá ser submetido a debates na Câmara Municipal em breve.
O evento também teve palestras do professor da Disciplina de Clínica Geral e Propedêutica da Faculdade de Medicina da USP, Gustavo Diniz Ferreira Gusso, que falou sobre formas de remuneração do médico na Atenção Primária à Saúde (APS); e tutor da Residência de Medicina de Família e Comunidade da Faculdade de Medicina da USP, Antônio Augusto Dall’Agnol Modesto, sobre Condições de Trabalho na APS.