CAPA
EDITORIAL (pág. 2)
Renato Azevedo Júnior - Presidente do Cremesp
ENTREVISTA (pág. 3)
Fábio Jatene
SAÚDE PÚBLICA (pág. 4)
Fórum Regional Pró-SUS
SERVIDORES FEDERAIS (pág. 5)
Governo revoga decisão de cortar salários dos médicos federais
BALANÇO 1(pág.6)
Balanço da Terceira Diretoria - Gestão 2008-2013
BALANÇO 2 (pág.7)
Balanço da Terceira Diretoria - Gestão 2008-2013
BALANÇO 3 (pág.8)
Balanço da Terceira Diretoria - Gestão 2008-2013
BALANÇO 4(pág.9)
Balanço da Terceira Diretoria - Gestão 2008-2013
EVENTOS(pág.10)
Meio Ambiente e Terminalidade foram destaques no IV Cobirp
AGENDA(pág.11)
Participação do Cremesp em eventos da classe durante o mês de maio
COLUNA CFM(pág.12)
O achatamento salarial do funcionalismo federal
REGIONAIS(pág.13)
Atualização profissional no interior
RETRATO(pág.15)
Instituto Pasteur e o combate pioneiro à raiva no Estado
BIOETICA(pág.16)
Consulta Pública da Anvisa
GALERIA DE FOTOS
RETRATO(pág.15)
Instituto Pasteur e o combate pioneiro à raiva no Estado
Pasteur é referência no tratamento da raiva
Com seu trabalho, Instituto tem conseguido manter afastada morte pela doença no Estado de São Paulo
Neide: SP não tem vítimas fatais de raiva em humanos desde 2001
A raiva em humanos não faz vítimas fatais no Estado de São Paulo desde 2001, graças ao trabalho que continua sendo desenvolvido pelo Instituto Pasteur, entidade de referência no atendimento e profilaxia de pessoas com possibilidade de estarem infectadas pelo vírus.
Em sua atuação, o Instituto também já contabilizou queda nos casos de infecção por vírus da raiva em animais. “Foram detectados quase 1,2 mil casos de 1986 a 1998, enquanto que no período seguinte, de 1999 até maio de 2012, houve somente 31 casos. Em humanos, foram cerca de 135 casos de 1975 a 1982, e apenas 20 casos de 1983 a maio de 2012. “Esses números demonstram um avanço que reflete o nosso trabalho”, relata Neide Yumie Takaoka, diretora geral do Instituto Pasteur. Neste século, a transmissão ocorreu por vírus originário de morcegos.
Fundado em 1903, na avenida Paulista, na capital paulista, o Instituto foi criado para buscar resoluções de problemas ligados à saúde da população, dedicando-se ainda às pesquisas e ao tratamento no campo das doenças infecciosas e da patologia animal. O nome foi dado em homenagem a Louis Pasteur, pesquisador francês que desenvolveu a vacina antirrábica.
O Instituto Pasteur, um serviço ligado a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e subordinado à Coordenadoria de Controle de Doenças, oferece atendimento ambulatorial, laboratórios de pesquisa e acompanhamento da doença. Realiza diagnóstico virológico, sorologia para avaliação de anticorpos antirrábicos e atendimento ambulatorial de referência para outros Estados e até países da América Latina.
Seu ambulatório faz atendimento pré e pós-exposição à raiva e orientação telefônica, numa média de 6,4 mil novos casos por ano, atendendo profissionais de contato frequente com animais, como veterinários, biólogos, pesquisadores e estudantes dessas áreas, e população em geral, vítima de agressões ou acidentes envolvendo mamíferos. Destes, 2,5 mil retornam para acompanhamento de sorologia e aplicação de reforço da vacina. Contabiliza ainda média anual de 16,7 mil pessoas vacinadas contra a febre amarela.
Referência em raiva
Neide conta que o serviço é o que mais atende casos ligados à raiva no Estado de São Paulo. “O Instituto Pasteur é referência tanto para a profilaxia da raiva humana nesse atendimento, quanto no laboratório de pesquisa e na coordenação do Programa de Controle da Raiva”.
Além disso, o serviço recebe não só a demanda espontânea por atendimento, mas também pacientes de outros serviços. Segundo dados de 2011 do Instituto, 65% das pessoas encaminhadas para atendimento antirrábico no ambulatório vieram por indicação de outros serviços de saúde.
Pré e pós-exposição
Para o Instituto, existem dois tipos de casos de exposição ao vírus da raiva e diferentes tratamentos profiláticos recomendados. No caso de pós-exposição, que se refere a pessoas atacadas por animais que podem estar infectados, a profilaxia baseia-se em aplicação de vacina e, em alguns casos, também de soro antirrábico.
Para a pré-exposição, que engloba os profissionais que atuam diretamente com animais e, por isso, estão em maior risco, o acompanhamento é anual e por toda a vida, com recolhimento de sangue para avaliação sorológica.
Neide explica que um problema nos casos de acompanhamento de pré-exposição é que os profissionais não comparecem com assiduidade ao Instituto para recolhimento de material para dosagem de anticorpos. “Os estudantes vêm mais vezes, por conta da obrigatoriedade nas faculdades. Os demais profissionais se esquecem de vir. Muitas vezes, nós os convocamos por telefone”, esclarece a diretora.
E, contrariando a crença popular, as vacinas para o tratamento profilático pós e pré-exposição não são mais aplicadas na barriga, mas nos braços. Segundo Neide, há décadas atrás, a vacinação era feita na barriga (pois era subcutânea) sendo muito dolorosa; o que despertava o receio das pessoas quanto à profilaxia.
Febre amarela
Além do trabalho com a raiva, o Instituto Pasteur também se dedica à vacinação da população contra a febre amarela. Foram aplicadas quase 18 mil doses da vacina no ano de 2010 e 15,5 mil em 2011. Cerca de 65% da demanda dos atendimentos são provenientes da indicação de outros serviços de saúde. O Instituto também contribui eventualmente para a vacinação contra outras doenças, como a gripe, o que não ocorreu neste ano, tétano e difteria (vacina tipo dupla adulto) e SCR (sarampo, caxumba e rubéola), para os viajantes.