CAPA
EDITORIAL (JC pág. 2)
Renato Azevedo Júnior - Presidente do Cremesp
ENTREVISTA (pág. 3)
José Gomes Temporão
ÉTICA (pág.4)
Publicidade Médica - Conselho Federal de Medicina
SAÚDE SUPLEMENTAR 1 (pág. 5)
Cartões de desconto
ONCOLOGIA (pág. 6)
Estimativa 2012 — Incidência de Câncer no Brasil
SAÚDE SUPLEMENTAR 2 (pág. 7)
Planos de Saúde, ANS e autonomia profissional do médico
DEMOGRAFIA MÉDICA (págs. 8 e 9)
A distribuição de médicos no interior paulista
SAÚDE MATERNA (pág. 10)
Medida provisória institui cadastramento nacional das gestantes
ESPECIALIDADES (pág. 11)
III Fórum Nacional de Especialidades Médicas
CFM (pág. 12)
EC 29: esperança frustrada
ESCOLAS MÉDICAS (pág. 13)
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo
SAÚDE PÚBLICA (pág. 15)
MS define parâmetros para troca de próteses mamárias
BIOÉTICA (pág. 16)
Sigilo profissional
GALERIA DE FOTOS
EDITORIAL (JC pág. 2)
Renato Azevedo Júnior - Presidente do Cremesp
Cenários para 2012
“O movimento médico deve ser forte e articulado, capaz de tirar os médicos da posição de vítimas das operadoras de planos de saúde e dos gestores do SUS”
O ano de 2011 foi marcado pela frustração dos médicos e da sociedade com o desfecho da Emenda Constitucional 29, que não atendeu, depois de onze anos de tramitação, as expectativas de aumentar os recursos para o SUS. Não bastasse a derrota no Senado dos 10% da receita da União para a saúde pública, a presidente Dilma Rousseff vetou o artigo que previa a alteração do montante de recursos do setor em caso de variação do PIB.
Mantido o atual e vergonhoso subfinanciamento para a saúde, o SUS caminhará para um processo de degradação e americanização, como bem resume o ex-ministro da Saúde Temporão, nosso entrevistado desta edição.
As últimas pesquisas de opinião retratam a indignação dos brasileiros: a da CNI/Ibope mostrou que 61% reprovam o sistema público de saúde e 95% acreditam que o setor precisa de mais investimentos; a do Datafolha aponta a saúde como o principal problema do país.
Quanto aos médicos do SUS, são reféns dos salários vergonhosos da administração direta e da falta de uma Carreira de Estado.
No setor privado, dirigentes das empresas de planos de saúde e de suas entidades representativas classificaram o último ano como o mais espetacular para os negócios da saúde suplementar.
A razão da euforia é que 2011 fechou com mais de 47 milhões de brasileiros vinculados aos planos de assistência médica, que movimentaram juntos perto de R$ 60 bilhões, aumentando ainda mais os lucros já exorbitantes dessas empresas.
Mas que ninguém se engane: os planos de saúde continuam crescendo e se fortalecendo mas, se depender deles, os médicos não serão respeitados. Estarão, ao contrário, cada vez mais desvalorizados em seus honorários e feridos em sua autonomia profissional.
Após um ano marcado por intensa mobilização em defesa de honorários justos na saúde privada e de uma carreira digna na rede pública, começamos 2012 convictos de que o caminho é a perseverança na nossa mobilização e organização. Em torno das nossas entidades, em aliança com os demais segmentos da sociedade, esperamos políticas de saúde sérias e consequentes, tanto no setor público, aumentando os recursos do SUS, quanto no segmento suplementar, por meio de ação mais efetiva do Estado e de sua Agência reguladora.
O movimento médico, mais que nunca, deve ser sufi¬cientemente forte e articulado, capaz de tirar os médicos da posição de vítimas das operadoras de planos de saúde e dos gestores do SUS, retomando nosso papel de agentes de transformação do sistema de saúde brasileiro.
Opinião
Uma nova comunicação com os médicos
André Scatigno Neto
Diretor e coordenador do Departamento de Comunicação do Cremesp
“A participação em redes sociais e a interatividade foram aspectos enfatizados no portal do Cremesp”
Uma das prioridades da atual diretoria do Cremesp (abril de 2011 a junho de 2012) foi reformular o Portal do Cremesp, criado há mais de uma década, com grande base estrutural de conteúdo e serviços prestados aos médicos e à sociedade. Desde então, teve crescimento vertiginoso em sua audiência. Em 2002, por exemplo, contabilizou 305 mil acessos únicos no ano. Já em 2011, teve quase 1,5 milhão.
Agora, o desafio é diferente daquele dos pioneiros, que se imbuíram da árdua tarefa de digitalizar a produção de uma corporação ainda “viciada” no papel.
Em pouco tempo a internet consolidou-se como ferramenta fundamental das corporações, com dinâmica que exige constante preocupação com agilidade e atualidade. E com o Cremesp não foi diferente, tanto que já havia revisto o layout de seu site três vezes desde sua criação. A reforma, iniciada no ano passado, envolve uma reengenharia de conteúdo com base em análise de dados, como comportamento dos usuários, tempo e frequência de visita, tópicos mais e menos acessados etc.
Estabelecemos que o cronograma abrange três fases (entre 2011 e 2012), sendo a primeira delas concluída e apresentada no lançamento do novo portal, em 18 de outubro, Dia do Médico. A home teve seu layout renovado e implantados sistemas de busca mais ágeis. Canais e tópicos foram reagrupados e, alguns, retirados temporariamente, abrindo espaço para novas áreas. Procuramos reorganizá-los para oferecer uma melhor navegação (sem muitos cliques).
A participação do Cremesp em redes sociais foi outro aspecto enfatizado, assim como a abertura de área no site para comentários sobre as notícias publicadas, estimulando a interatividade.
Muito temos a realizar nas próximas etapas, mas, ao iniciar uma reforma como essa, é importante ter a visão de que ela faz parte de um processo que nunca será finalizado. A cada dia procuramos melhorar o conteúdo e os serviços oferecidos aos médicos e à sociedade.