CAPA
EDITORIAL (p. 2)
Renato Azevedo Júnior - Presidente do Cremesp
ENTREVISTA (p. 3)
Florisval Meinão
FÓRUM SPDM (p. 4)
Perspectivas para a próxima década
CADASTRO MÉDICO (p. 5)
Vínculos empregatícios no CNES
QUEIMADOS (p. 6)
Protocolo de Tratamento de Emergência das Queimaduras
MOVIMENTO MÉDICO (p. 7)
Tentativas de negociação por melhores honorários prosseguem
FINANCIAMENTO DA SAÚDE (p. 8)
Ato público pela liberação de verbas para a Saúde
SUS (p. 9)
Suspensa transferência de leitos públicos para a saúde suplementar
PRONTOS-SOCORROS (p.10)
Plenária temática
TERMINALIDADE DA VIDA (p. 11)
Fórum coordenado pela Casa discutiu ortotanásia
COLUNA DO CFM (p. 12)
*Representantes de SP no Conselho Federal de Medicina
ANUIDADE 2012 (p. 13)
CFM define valores para o próximo ano
LEGISLAÇÃO (p. 14)
Resolução nº 1974/2011
CIRROSE HEPÁTICA (p. 15)
Transplante de fígado
BIOÉTICA (p. 16)
Os dependentes em situação de rua
GALERIA DE FOTOS
MOVIMENTO MÉDICO (p. 7)
Tentativas de negociação por melhores honorários prosseguem
Especialidades interrompem atendimento a planos de saúde de forma escalonada
Ginecologistas decidem pela adesão ao movimento e entram no rodízio de especialidades
Os ginecologistas e obstetras iniciaram o rodízio de paralisação temporária a planos de saúde, de 1º a 3 de setembro. Na sequência, outras especialidades estão aderindo ao movimento, de acordo com cronograma estabelecido pelo Cremesp, Associação Paulista de Medicina (APM), Sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp), sociedades de especialidades e entidades médicas regionais. Os serviços de urgência e emergência não foram interrompidos.
Serão paralisados os atendimentos às operadoras que não apresentaram propostas ou não chegaram a um acordo satisfatório, conforme relação a ser divulgada pelas entidades médicas estaduais.
Assembleia
A especialidade de Pediatria realizou assembleia na sede da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), em 18 de agosto, para aprovar a participação dos médicos na paralisação do atendimento aos planos. Foi decidida a suspensão do atendimento aos planos de saúde, em consonância ao movimento estadual programado para todo o mês de setembro.
Segundo o presidente da Sociedade de Pediatria de São Paulo e conselheiro do Cremesp, Clóvis Constantino, a pediatria brasileira está lutando, em nível nacional, pelo pagamento das consultas com adoção da Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos (CBHPM), criação do atendimento ambulatorial de puericultura (AAP) para acompanhamento do desenvolvimento da criança e do adolescente, adoção do tratamento clínico ambulatorial em Pediatria, fim das glosas definidas como consulta de retorno e remuneração de consulta feita com a gestante no último trimestre do pré-natal.
Regionais
Os médicos do Interior também estão seguindo as diretrizes da Comissão de Mobilização Médica para a Saúde Suplementar (APM, Cremesp, Simesp, Academia de Medicina e Sociedades de Especialidades). De acordo com as peculiaridades de negociação locais, existe autonomia para definir as operadoras que poderão ter o atendimento suspenso. Nesses casos, a atuação na urgência e emergência também será mantida.
Em Santos, foi realizada assembleia com os médicos no dia 18 de agosto, com apresentação dos resultados alcançados pelas negociações. As empresas locais, que fizeram propostas satis-fatórias, não terão o atendimento suspensos. Outros planos já estão com datas marcadas para a negociação. “Independentemente disso, vamos acompanhar o cronograma de paralisação determinado pelo movimento estadual”, afirma Luiz Flávio Florenzano, conselheiro do Cremesp responsável pela região.
Cronograma da paralisação temporária
1º a 3 de setembro Ginecologia e Obstetrícia
3 a 6 de setembro Dermatologia
8 a 10 de setembro Otorrinolaringologia
14 a 16 de setembro Pediatria
16 a 19 de setembro Cardiologia
19 e 20 de setembro Ortopedia e Traumatologia
21 a 23 de setembro Pneumologia e Tisiologia
28 a 30 de setembro Cirurgia Plástica
A Anestesiologia adere ao movimento, acompanhando essas especialidades nas cirurgias eletivas
Nova paralisação nacional acontece em 21 de setembro
Médicos de todo o Brasil deixarão de atender, por 24 horas, às operadoras de saúde suplementar no Dia Nacional de Suspensão do Atendimento aos Planos de Saúde, em 21 de setembro. A paralisação atingirá as empresas que não demonstraram interesse em negociar com as entidades médicas ou não apresentaram propostas razoáveis de reajuste de honorários.
O Dia Nacional de Suspensão do Atendimento aos Planos de Saúde foi definido em plenária nacional realizada em Brasília, dia 4 de agosto, com a participação de Conselhos de medicina, sindicatos, associações e sociedades de especialidades.
“Nosso relacionamento com as operadoras é desigual e assimétrico. Elas tentam negociar individualmente para enfraquecer o movimento. Se não nos mantivermos mobilizados, não alcançaremos nossos objetivos”, afirma Renato Azevedo, presidente do Cremesp. Para ele, o movimento de São Paulo é muito importante para todo o Brasil. “A paralisação por especialidade tem contribuído para que a negociação avance em termos de reajuste dos honorários e adoção da CBHPM”, avalia.
Os médicos reivindicam adoção da CBHPM; critérios de credenciamento e descredenciamento de médicos; reajuste anual dos honorários, cujo percentual será definido regionalmente; lista referencial de médicos proporcional ao número de pacientes das operadoras; reposição dos honorários, que estão defasados há 10 anos; e o fim das interferências dos planos de saúde na autonomia do médico.