CAPA
EDITORIAL (pág. 2)
Luiz Alberto Bacheschi
ATIVIDADES 1 (pág. 3)
Renato Azevedo substitui Luiz Alberto Bacheschi, à frente da Casa desde janeiro de 2010
PLANOS DE SAÚDE 1 (pág. 4)
Síntese do movimento de 7 de abril
PLANOS DE SAÚDE 2 (pág. 5)
Passeata reuniu centenas de médicos na Praça da Sé
ATIVIDADES 2 (pág. 6)
Programa de Educação Médica Continuada do Cremesp
GERAL 1 (pág. 7)
Diretores e conselheiros do Cremesp marcam presença no evento em Goiânia
BALANÇO 1 (págs. 8 e 9)
Balanço da Segunda Diretoria - Gestão Cremesp 2008-2013
BALANÇO 2 (págs. 10 e 11)
Balanço da Segunda Diretoria - Gestão Cremesp 2008-2013
BALANÇO 3 (págs. 12 e 13)
Balanço da Segunda Diretoria - Gestão Cremesp 2008-2013
ALERTA ÉTICO (pág. 14)
Análises do Cremesp previnem falhas éticas causadas pela desinformação
COLUNA DO CFM (pág. 16)
Canal de comunicação dos representantes de São Paulo no CFM
GALERIA DE FOTOS
GERAL 1 (pág. 7)
Diretores e conselheiros do Cremesp marcam presença no evento em Goiânia
Luiz Alberto Bacheschi (ao fundo) e Renato Azevedo (em primeiro plano) são recebidos no primeiro dia do encontro, no Cremego
Gestão e formação médica pautaram debates do Encontro dos CRMs
O I Encontro Nacional de Conselhos de Medicina reuniu em Goiânia (GO), entre os dias 16 e 18 de março, dirigentes dos Conselhos Regionais e do Conselho Federal de Medicina (CFM) para analisar temas que configuram desafios ao exercício profissional e na oferta de assistência de qualidade à população nos setores público e privado.
O Cremesp participou ativamente do encontro, representado pelo então presidente e vice-presidente, Luiz Alberto Bacheschi e Renato Azevedo Júnior, respectivamente; pelos diretores Mauro Aranha, Krikor Boyaciyan, Sílvia Helena Mateus e Carlos Alberto Campos; e pelos conselheiros Desiré Callegari, Eurípedes Carvalho, João Ladislau Rosa, Pedro Teixeira Neto, Renato Françoso e Silvana Morandini.
Na abertura do evento, em 16 de março, foi realizado um debate sobre o posicionamento oficial dos Conselhos de Medicina frente à terceirização dos serviços públicos de saúde, quando houve concordância unânime de que é preciso uma posição firme dos médicos sobre o assunto, inclusive para orientação da categoria.
Ao final do primeiro dia do encontro, além das discussões sobre os modelos de gestão do Sistema Único de Saúde, também foi avaliada a paralisação dos médicos vinculados aos planos de saúde, agendada em todo o país para o dia 7 de abril.
Formação médica
O ensino médico foi tema central do segundo dia de debates, em 17 de março. A partir do tema Da Graduação ao Mercado de Trabalho, os participantes trataram do funcionamento dos cursos de medicina, da abertura de novas escolas, da residência médica e da importância da educação continuada para a atualização profissional. A maioria dos presentes manifestou preocupação com a abertura indiscriminada de cursos, destacando a necessidade de fiscalização do funcionamento das escolas existentes, para que a qualidade do ensino seja assegurada.
Segundo Milton de Arruda Martins, secretário de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde do Ministério da Saúde, atualmente tramitam cerca de 80 propostas de criação de cursos de Medicina no Brasil. “O país forma cerca de 13 mil médicos por ano, sendo que aproximadamente quatro mil deles não encontram vagas em residência médica e muitos irão trabalhar em unidades de saúde nas quais se deparam com situações que exigem maior preparo”, informou. Arruda Martins disse ainda que os ministérios da Saúde e da Educação estão fazendo um estudo para avaliar quantos médicos o país precisa formar a cada ano.
Financiamento na saúde
O deputado federal Paulo Rubem Santiago (PDT/PE) e a professora Ligia Bahia, do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da UFRJ, apresentaram dados revela¬dores sobre os gastos públicos e a lógica do planejamento econômico voltado para a assistência à saúde. Os palestrantes, especialmente convidados para o Encontro Nacional de Conselhos de Medicina de 2011, abriram um importante debate sobre o tema, realizado de 16 a18 de março, na sede do Conselho Regional de Medicina do Estado de Goiás (Cremego).
Ampliado apoio a médicos portadores de transtornos mentais
O Cremesp irá ampliar o apoio aos médicos portadores de transtornos mentais, responsáveis por disfunções profissionais. Essa proposta surgiu a partir do sucesso obtido com o programa pioneiro de auxílio a médicos portadores de dependência química – desenvolvido pelo Conselho com o suporte da Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Unifesp (Uniad) –, a partir do qual se observou a necessidade de oferecer uma rede de suporte para médicos com outras enfermidades psíquicas.
O Proesq (Programa de Esquizofrenia do Departamento de Psiquiatria da Unifesp), supervisionado pelos professores titulares, Jair Mari e Itiro Shirakawa, e coordenado diretamente pelo professor adjunto, Rodrigo Bressan, foi a instituição escolhida para dar suporte ao Conselho na atenção aos médicos portadores de transtornos mentais crônicos, tais como esquizofrenia, transtornos do humor e outros transtornos psicóticos.
A intenção é oferecer ao médico encaminhado pelo Cremesp a assistência multidisplinar do Proesq, que inclui psiquiatra, assistente social, psicólogo, neuropsicólogo e terapeuta ocupacional para, a partir de uma avaliação situacional, traçar um plano terapêutico individualizado. Assim, cada caso será submetido a um estudo interdisciplinar, visando atentar aos sintomas, prestar orientação terapêutica, avaliar o comprometimento social decorrente da doença, investigar o perfil de funcionamento cognitivo e traçar metas de reabilitação social.
Transtornos em médicos
No campo dos transtornos mentais crônicos, como esquizofrenia e transtornos de humor, pesquisas têm demonstrado cada vez mais a importância do evento estressante no desencadeamento da doença, em indivíduos com predisposição genética e neurodesenvolvimental. Isso torna qualquer pessoa, portadora da combinação destes fatores, suscetível ao adoecimento, independentemente de sua categoria profissional.
Médicos, portanto, também podem desenvolver essas condições clínicas, desde que estejam submetidos a estes fatores de risco: predisposição genética, transtorno do neurodesenvolvimento e evento estressante.
O estresse associado ao exercício profissional da medicina já é bem conhecido como fator de adoecimento, mas o estigma associado ao transtorno psíquico restringe a busca do médico pelo auxílio especializado. O retardo na busca de ajuda propicia o agravamento dos sintomas com repercussões tanto na qualidade de vida do médico quanto na sua atividade laborativa.
“O Cremesp quer ampliar o canal de apoio para esses profissionais, na medida em que a grande maioria dos médicos, em suspensão do exercício da medicina por motivo de saúde, apresentam transtornos decorrentes do uso nocivo ou dependência de drogas, ou ainda os transtornos psicóticos descritos”, afirma o vice-presidente e psiquiatra, Mauro Aranha, permitindo que eles sejam acolhidos sem vivenciar situações de constrangimento. O contato inicial deve ser rea-lizado com a assistente social do Conselho, Ana Célia dos Anjos Soares, responsável pelo encaminhamento do médico ao programa.
O Proesq disponibiliza também um site informativo (www.proesq.institucional.ws), que pode ser utilizado para esclarecimento de dúvidas sobre esquizofrenia, tendo a opção de envio de perguntas diretamente para um psiquiatra do serviço.