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CAPA

EDITORIAL (pág. 2)
"A população e os médicos não suportam mais as deficiências do SUS"


ENTREVISTA (pág. 3)
Antonio Gonçalves Pinheiro, coordenador da CT de Cirurgia Plástica do CFM


ATIVIDADES 1 (pág. 4)
Araçatuba, Franca e Jaboticabal: novos módulos de atualização profissional da Casa


ATIVIDADES 2 (pág. 5)
A retomada da Educação Médica Continuada: novo formato e novos coordenadores


ATIVIDADES 3 (pág. 6)
Levantamento DataFolha: interferências dos planos de saúde prejudicam médicos e pacientes


EXAME DO CREMESP (pág. 7)
Aprovados na prova teórica serão convocados para a prática, agendada para 10 de outubro


DOAÇÃO DE ÓRGÃOS (pág. 8)
"Não faltam doadores, mas doação”, afirma presidente da ADOTE


ÉTICA MÉDICA (pág. 10)
Saúde suplementar: empresários ignoram bem-estar de pacientes e o exercício, ético, da Medicina


GERAL 1 (pág. 11)
Movimento obteve 22% de reajuste e negociação das demais reivindicações


CFM (pág. 12)
Representantes do Estado no CFM se dirigem aos médicos e à sociedade


ESPECIALIDADES (pág. 13)
Urologistas enfrentam desafios relacionados às oportunidades e condições de trabalho


ALERTA ÉTICO (pág. 14)
Análises do Cremesp ajudam a prevenir falhas éticas causadas pela desinformação


GERAL 2 (pág. 15)
HC prestou homenagem ao ex-superintendente em 24 de setembro


GALERIA DE FOTOS



Edição 275 - 10/2010

ATIVIDADES 3 (pág. 6)

Levantamento DataFolha: interferências dos planos de saúde prejudicam médicos e pacientes


Pesquisa revela abusos cometidos pelas operadoras

Mais de 90% dos médicos denunciam interferências dos planos de saúde na autonomia profissional


Renato Azevedo: "saúde é dever do Estado, que está se omitindo nas negociações"

Médicos e pacientes estão ameaçados devido aos abusos praticados pelos planos de saúde no Estado de São Paulo, revela pesquisa da Associação Paulista de Medicina (APM), realizada pelo Datafolha. Foram detectados problemas que ferem a autonomia do profissional, com interferência na relação com os pacientes e pressão para redução de internações, exames e outros procedimentos.

Foram entrevistados 403 médicos, sendo 200 da Capital e 203 do Interior e outras cidades da região metropolitana, que atendem a planos ou seguros de saúde particulares e tenham trabalhado com, no mínimo, três deles nos últimos cinco anos.

Renato Azevedo, vice-presidente do Cremesp ressalta que a saúde, além de direito de todos, é um dever do Estado, que está se omitindo nas negociações. “A ANS tem deixado essas operadoras agirem livremente. É necessário que o Estado brasileiro reconheça a necessidade de assumir a situação”, completa.

Jorge Carlos Machado Curi, presidente da APM, enfatiza que esse assunto tem sido discutido há anos com a Agência Nacional de Saúde (ANS) e com as operadoras, mas uma solução ainda não foi encontrada. “É lamentável que as pessoas acabem dispondo de um contingente financeiro importante para garantir um atendimento mais abrangente para sua família e, infelizmente, não atinjam esse objetivo”, afirma.

O levantamento mostra que 77% dos médicos entrevistados sofrem pressão dos planos de saúde para limitar o número de pedidos de exames e 90% denunciam interferência em sua autonomia profissional. Mas Jorge Curi aponta que o resultado não é novidade, apenas reforça e prova estatisticamente o que acontece, de fato. Além disso, “o baixo preço pago pelas consultas (de R$ 3 a R$ 4) também reforça um atendimento ruim”, completa.

Conselho adota nova padronização em sua logomarca

O Cremesp passou a exibir, desde o dia 22 de setembro, o novo logotipo proposto pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) a todos os Conselhos Regionais.
  
Para Luiz Alberto Baccheschi, presidente do Cremesp, esta iniciativa representa um passo importante para a integração entre o CFM e os Conselhos Regionais. “Além de proporcionar maior visibilidade institucional, é uma demonstração de que, embora os Conselhos tenham autonomia de gestão e peculiaridades locais, compõem o mesmo projeto coletivo de valorização do médico, de promoção da ética e de defesa da saúde da população”, diz.

Na opinião de Roberto Luiz d’Ávila, presidente do CFM, o novo signo “significa muito mais que a adoção de um desenho. O logotipo traz uma história rica, de compromisso com as boas práticas da classe médica, base para a melhoria constante da saúde e do bem-estar da nossa sociedade”.

Simbologia
A logomarca carrega em seus traços a proposta de inovação promovida pelo CFM, que visa a maior interação da entidade com os médicos, pacientes e a sociedade em geral.

O bastão de Asclépio utilizado para simbolizar o trabalho médico – representa o poder do conhecimento e o apoio necessário à jornada diária dos cuidados. Já a serpente, imagem recorrente da medicina, significa a tensão entre o bem e o mal, portanto, entre a saúde e a doença. Ambos os elementos estão envoltos em quatro esferas que representam, respectivamente, o papel que o CFM e os CRMs exercem como instituições voltadas para a prática da medicina; a garantia da boa conduta médica por meio do respeito às normas éticas; o compromisso no desenvolvimento do profissionalismo médico; e a materialização do elo entre os conselhos, pacientes e sociedade.


Campinas e região

Entidades médicas discutem honorários

Foram abertas as negociações para pleitear honorários por consulta em Campinas e região, durante reunião das entidades médicas com os profissionais que atendem as operadoras Amil/Medial e Intermédica/Medicamp, realizada no dia 23 de setembro, na sede da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC).

O próximo passo será o contato das entidades com as operadoras acima, para viabilizar um cronograma de reajustes até se chegar ao valor definido durante o Enem (Encontro Nacional de Entidades Médicas), que é de R$ 80 por consulta. Será convocada uma assembleia para os médicos de Campinas e região para o dia 7 de outubro,  na sede da SMCC, quando a comissão trará os resultados dos diálogos com as operadoras, e iniciará as conversas com os médicos que atendem as operadoras Master e Coopus.

Além das tratativas com as operadoras para se chegar à melhoria no pagamento dos honorários médicos, a comissão também tem como objetivo incluir cláusulas de reajuste anual nos contratos de credenciamento.

O Cremesp e as entidades médicas SMCC, Sindicato dos Médicos de Campinas e região (Sindimed) e Associação Paulista de Medicina (APM) estiveram presentes no encontro.

Julgamento simulado
Evento presencial agora também pode ser acompanhado pela internet

Por iniciativa da Delegacia de Campinas do Cremesp e da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas (SMCC), foi realizado pela primeira vez um Julgamento Simulado transmitido pela web (Auditório Virtual), com a participação de cerca de 160 pessoas online e o apoio do Instituto Edumed para Educação em Medicina e Saúde de Campinas. Presencialmente, o evento foi realizado no auditório principal da sede da SMCC, no dia 22 de setembro.


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