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CAPA

EDITORIAL (JC pág. 2)
Dilema bioético da atualidade: a autonomia de pacientes terminais


ENTREVISTA (JC pág. 3)
Ben-Hur Ferraz Neto, presidente da ABTO


ATIVIDADES 1 (JC pág. 4)
PEMC inclui cidades do interior em seu roteiro de atualização


ATIVIDADES 2 (JC pág. 5)
I Fórum de Comunicação Integrada dos Conselhos de Medicina


ATIVIDADES 3 (JC pág. 6)
O exercício da Pediatria no país, segundo análise da SPSP


EXAME DO CREMESP (JC pág. 7)
As avaliações estão programadas para setembro e outubro


XII ENEM (JC págs. 8 e 9)
Carta de Brasília divulga propostas aprovadas pelas entidades médicas


ARTIGO (JC pág. 10)
Sistemas público e suplementar de saúde na visão de Bosi Ferraz


GERAL 1 (JC pág. 11)
Educar para Paliar: evento internacional está recebendo inscrições


GERAL 2 (JC pág. 12)
O reajuste dos honorários médicos está determinado pela RN/ANS 71/2004


CFM (JC pág. 13)
Representantes do Estado no CFM se dirigem aos médicos e à sociedade


ALERTA ÉTICO (JC pág. 14)
Análises do Cremesp ajudam a prevenir falhas éticas causadas pela desinformação


GERAL 3 (JC pág. 15)
Acompanhe a participação do Cremesp em eventos relevantes para a classe


ESPECIALIDADES (JC pág. 16)
Sociedade Brasileira de Cardiologia: 12 mil sócios e 25 entidades estaduais


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Edição 273 - 08/2010

EXAME DO CREMESP (JC pág. 7)

As avaliações estão programadas para setembro e outubro



Estudantes sextanistas e recém-formados em Medicina em edição passada do Exame do Cremesp

Primeira fase da prova será em 19 de setembro

A sexta edição do Exame do Cremesp – avaliação dos alunos egressos dos cursos de Medicina –, será realizada em duas etapas: a primeira, no dia 19 de setembro, na capital e em municípios do interior paulista; e a segunda, em 10 outubro, na cidade de São Paulo.

Realizado desde 2005, em parceria com a Fundação Carlos Chagas, o Exame do Cremesp é elaborado por professores especialistas das principais faculdades de Medicina no Estado e visa avaliar o desempenho dos estudantes do sexto ano e recém-formados, para assegurar a qualidade do atendimento médico prestado à população.

A primeira fase consiste numa prova objetiva, com 120 questões de múltipla escolha. Quem obtiver aproveitamento de 60%, estará habilitado a participar da avaliação prática. Nessa etapa, é necessário o mesmo índice de acerto para ser aprovado.

A edição deste ano acontecerá após as primeiras medidas concretas do MEC para melhorar o ensino das escolas médicas do país. Bráulio Luna Filho, coordenador do Exame e conselheiro do Cremesp, diz que “este novo cenário demonstra a importância histórica do Exame e a responsabilidade dos professores, alunos e dirigentes em continuar evoluindo na avaliação”.

Para Luna Filho, as ações do Ministério da Educação indicam que a avaliação externa, realizada por uma instituição independente, veio para ficar. “Consequentemente, o Exame começará a ser levado em conta nos currículos dos alunos e médicos para efeito de concursos”, acredita.

Além do Exame do Cremesp, o conselheiro também defende o aperfeiçoamento da avaliação interna das escolas, com desenvolvimento de estratégias que permitam a professores e alunos identificar problemas de aprendizado; e a implantação, em nível nacional, de um exame de habilitação para atuar em medicina.

Conferência discute política de saúde mental


Os participantes da IV Conferência Nacional de Sáude Mental – Intersetorial analisaram e votaram algumas propostas que servirão de subsídio para a Política Nacional de Saúde Mental. O encontro foi realizado em Brasília, entre 27 de junho e 1º de julho, e contou com a presença de psiquiatras e outros profissionais da saúde.

Dentre as sugestões aceitas está a criação de grupos de ajuda mútua de doentes mentais. A ideia consiste na realização de encontros entre, no máximo, 20 usuários do serviço de saúde mental para discutir sobre os problemas encontrados e como enfrentá-los.

“Os grupos de ajuda mútua são fundamentais. É a melhor forma de enpowerment do usuário e uma ajuda inestimável ao tratamento, de tal forma que a ligação com o exercício da autonomia e da cidadania se dá de forma coesa”, afirma o coordenador da Câmara Técnica de Saúde Mental e 1º secretário do Cremesp, o conselheiro Mauro Aranha.

Os integrantes da conferência também decidiram que os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) devem ser ampliados. O país conta, atualmente, com 1.541 unidades, que correspondem a 0,63 para cada 100 mil habitantes. A meta estabelecida pela conferência é expandir os Caps III, que funcionam 24 horas por dia.

Os Caps garantem atendimento comunitário a pessoas que sofrem desde transtornos de ansiedade ou adaptação até casos de esquizofrenia mais graves, prática bastante problemática, segundo Aranha. “Querer fazer dos Caps a única instituição capaz de dar conta de todas as fases e diversidades do transtorno mental é fruto de um voluntarismo ingênuo ou totalitário”. Para ele, a diversidade e a boa integração de equipamentos da rede de saúde mental é que podem garantir isso.

Nesse tipo de atendimento, o tratamento é realizado por meio do convívio familiar e da socialização do paciente. Esse modelo substitui a forma manicomial, de acordo com determinação da Lei 10.216, de 2001. A proposta que impede a revisão dessa lei foi aprovada por unanimidade pelos delegados da conferência. Também para o conselheiro Aranha, a lei deve ser obedecida e não necessita ser revista. “Ela tem de ser até mais respeitada pelos gestores públicos na medida em que o atendimento extra-hospitalar deve ser muito mais eficiente do que tem sido, evitando internações desnecessárias”.

O 1º secretário do Cremesp lembra também que nos casos em que a internação é inevitável – para proteção à vida da pessoa com transtorno mental –, a própria lei recomenda e impõe equipamentos e condutas para tal demanda: “O que vemos, infelizmente, são pouquíssimas unidades de internação em hospital geral”.

Outra sugestão apresentada no encontro prevê que todos recém-graduados devam prestar serviços ao SUS por um período pré-estabelecido, para atuar em regiões do país com defasagem de profissionais. “Cabe ao governo criar estímulos para isso, para que tal medida não tenha um caráter impositivo e autoritário”, alerta Aranha. 

A IV Conferência ocorreu em três fases: municipal, estadual e nacional. A última etapa reuniu os delegados estaduais para analisar os relatórios oriundos das conferências previamente realizadas. O conselheiro Aranha estranhou o fato de a Secretaria de Estado de Saúde do Governo de São Paulo não integrar a Conferência Estadual de Saúde Mental. De acordo com a Secretaria, “não houve teve tempo hábil para mobilizar os 645 municípios porque o decreto presidencial que fez a convocação foi publicado no Diário Oficial somente no dia 30 de abril de 2010”.



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