

CAPA

EDITORIAL (JC pág. 2)
Desafios e conquistas marcaram os 15 meses desta diretoria

POESIA(JC pág. 3)
Mensagem dos diretores e conselheiros da Casa para o novo ano que se inicia

ATIVIDADES (JC pág. 4)
Médicos de instituições hospitalares esclarecem dúvidas sobre o novo texto com o Cremesp

ENSINO MÉDICO (JC pág. 5)
Resultados da 5ª edição da iniciativa mostram deficiências na grade curricular

ÉTICA & JUSTIÇA (JC pág. 6)
Veja as recomendações do Cremesp na ocorrência de um processo ético-profissional

GERAL (JC pág. 7)
Decisões comprovam idoneidade desta Casa perante os médicos e a sociedade

BALANÇO (JC pág. 8-13)
Síntese das principais atividades da primeira diretoria da gestão 2008-2013

ALERTA ÉTICO (JC pág. 14)
Análises do Cremesp ajudam a prevenir falhas éticas causadas pela desinformação

COLUNA DO CFM (JC pág. 15)
Representantes do Estado no Conselho Federal se dirigem aos médicos e à sociedade

ESPECIAL (JC pág, 16)
Marco da Paz: obra replicada em vários locais pelo mundo transmite o desejo de paz sem fronteiras

GALERIA DE FOTOS

ATIVIDADES (JC pág. 4)
Médicos de instituições hospitalares esclarecem dúvidas sobre o novo texto com o Cremesp
Encontros dão sequência à divulgação do Novo Código de Ética
O vice-presidente do Cremesp, Renato Azevedo, e o conselheiro Clóvis Constantino com os médicos de Guaianazes
Diante das mudanças no Código de Ética Médica, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) deu sequência aos encontros com instituições hospitalares da cidade, iniciado em novembro no Hospital Geral Jesus Teixeira da Costa, em Guaianazes. O vice-presidente da Casa, Renato Azevedo, e o conselheiro Reinaldo Ayer de Oliveira se encontraram com os médicos do Hospital do Tatuapé, no dia 2 de dezembro, para promover o debate.
Em 9 de dezembro foi a vez do Hospital Santa Marcelina receber a visita do Conselho, representado por Azevedo. Para finalizar, no dia 16 de dezembro, os conselheiros Clóvis Francisco Constantino e Mauro Gomes Aranha de Lima foram ao Conjunto Hospitalar do Mandaqui. Durante todos os encontros, os médicos das instituições tiveram a oportunidade de familiarizar-se com as principais mudanças do Novo Código, além de esclarecer dúvidas sobre diversos pontos.
Medicina Preventiva é tema do PEMC em Presidente Prudente
Conselheiros, médicos da região e autoridades locais na abertura do evento Saúde do Adulto
A importância da realização de um bom trabalho de prevenção para diminuir a demanda dos hospitais ocupou o centro das atenções no oitavo e último Programa de Educação Médica Continuada (PEMC), promovido pelo Cremesp no dia 26 de novembro de 2009, em Presidente Prudente.
O programa teve como tema Saúde do Adulto, numa parceria do Cremesp com a Sociedade de Medicina da cidade, além das Secretarias do Estado e Municipal de Saúde de Presidente Prudente. O PEMC teve como público os médicos, enfermeiros e agentes da saúde dos 56 municípios da região de Presidente Prudente, contando com total de 458 participantes.
Henrique Liberato Salvador foi homenageado pelo secretário municipal da saúde, Sérgio Cordeiro – em nome da Prefeitura e da Câmara Municipal de Presidente Prudente –, pela realização do PEMC na cidade pelo quarto ano consecutivo. “Fiquei muito agradecido, mas saber que houve queda de quase 20% no número de casos complicados de diabetes e que pessoas irão ter sobrevida melhor por causa disso é que é muito gratificante. Esse é o grande prêmio”, declara Salvador.
Como palestrantes do evento, além de Salvador, estiveram presentes o vice-presidente do Cremesp, Renato Azevedo Filho, e os conselheiros Rodrigo Durante Soares, Luiz Alberto Bacheschi e Silvia Helena Rondina Mateus.
Clube do Fígado
O Cremesp sediou a 9ª e última reunião deste ano do Clube do Fígado, em 1º de dezembro, sob a coordenação da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de SP, tendo como moderadora Maria de Fátima Santos. Foram discutidos três casos clínicos de pacientes portadores de hepatocarcinoma fibrolamelar recidivado, metástase hepática de câncer de ovário e hepatocarcinoma concomitante a câncer de reto.
Os encontros acontecem sempre na primeira terça-feira do mês, às 10h, e integram o Programa de Educação Médica Continuada do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp).
Vida de Médico
Prática vivenciada no Xingu
O clínico geral e pneumologista Sérgio Pripas fala sobre sua trajetória profissional, marcada pela convivência com a cultura indígena
Sérgio Pripas: doença do pai e vontade de reabilitá-lo determinaram a escolha pela Medicina
Encarar o sofrimento como uma oportunidade de curar dores foi uma lição que Sérgio Pripas, 56 anos, aprendeu desde a infância. Mais ainda, encontrou na Medicina uma lição de vida para superar problemas, aproximar-se da natureza e refletir sobre os valores humanos ao mudar-se da capital para São Carlos, interior de São Paulo.
A doença de seu pai e a vontade de querer reabilitá-lo, durante sua infância, foram determinantes para a escolha da Medicina. Formou-se pela Escola Paulista de Medicina (EPM), atual Unifesp, em 1977, especializando-se em clínica médica e medicina preventiva.
Adepto da liberdade e de um convívio mais próximo com seus pacientes, Pripas decidiu trocar São Paulo pela tranquilidade de São Carlos. Para isso, não se preocupou em abandonar o emprego no Hospital São Luís em plena ascensão profissional. “Meus amigos até tentaram me demover da ideia, mas eu estava descontente com a qualidade de vida na capital”, relata. O nascimento de sua filha foi determinante para decidir trocar de cidade.
Foi acompanhado deste espírito aventureiro que Pripas, mesmo após a mudança de município, não abandonou um projeto que lhe permitiu vivenciar de perto a cultura indígena, iniciado ainda nos tempos de faculdade. “Era um convênio da EPM com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e os irmãos Vilas-Boas para atender os índios do Parque Nacional do Xingu. Mais do que como médico, aprendi como pessoa. Poder conviver com aquela filosofia de vida tão antiga é um choque muito grande. E também uma oportunidade de confrontar os seus valores”, explica. Foram várias viagens para as aldeias indígenas, a última realizada em 2002.
Quando não estava cuidando dos índios, Pripas trabalhava na Prefeitura Municipal de São Carlos, gerenciando os postos de saúde da cidade. Para se aperfeiçoar como clínico, decidiu sair do Brasil e ir para Londres, onde se especializou em pneumologia. De volta ao país, Pripas colocou o aprendizado em prática no consultório em que atua.
Acostumado em reabilitar pessoas, a vida ensinou Pripas a conviver com um drama. “Em 2002, foi diagnosticado um linfoma, o que me colocou de imediato na condição de paciente. Não digo que mudou minha vida, mas precisei aprender a viver com incertezas e muitas delas ameaçadoras”, afirma. Neste período, o carinho retribuído pelas pessoas que atendeu durante anos em sua clínica comoveu o pneumologista.
Sempre otimista, o médico encontrou na natureza a força para sua reabilitação. Há mais de dez anos, mora em uma chácara afastada do centro de São Carlos, onde convive com uma bela flora e cria galinhas, gansos, gata, um cachorro e até uma égua. Em meio à calmaria da roça, o médico decidiu escrever um livro.
Inconformado com a falta de tempo cada vez mais presente na vida das pessoas, Pripas organizou a coletânea de ensaios Cronos Ensandecido, em que vários autores abordam, sob diferentes óticas, a correria e agitação do mundo moderno.