CAPA
PONTO DE PARTIDA (pág. 1)
Encontro nacional em Brasília fortaleceu as reivindicações da categoria
ENTREVISTA (pág. 4)
Paulo Hoff, diretor clínico do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo Octávio Frias de Oliveira
MEIO AMBIENTE (pág. 9)
Encontro discutiu consumo de alimentos geneticamente modificados
CRÔNICA (pág. 13)
Tufik Bauab - Presidente da Sociedade Paulista de Radiologia e Diagnóstico por Imagem
SAÚDE NO MUNDO (pág. 14)
Tebni Saavedra descreve o sistema público de saúde do Chile
DEBATE (pág. 14)
A autonomia dos médicos e a prescrição racional de medicamentos
HISTÓRIA (pág.23)
A evolução dos estudos voltados para a saúde pós-período renascentista
GIRAMUNDO (pág. 26)
Curiosidades da ciência, da história e da atualidade
PONTO COM (pág. 28)
Canal de atualização com as novidades do mundo digital
SINTONIA (pág. 30)
Antonio Francisco Lisboa: maior escultor barroco mineiro do final do século XVIII
MÉDICOS EM FOCO (pág. 36)
Uma análise da temática médica, quando foco principal das séries televisivas
HOBBY (pág. 40)
Guerrini, o colecionador de conchas, já contabiliza mais de 10 mil peças
TURISMO (pág. 42)
Agende suas próximas férias para o interior paulista e aproveite o contato com a natureza
CABECEIRA (pág. 47)
Sugestão de leitura da conselheira Ieda Therezinha Verreschi*
FOTOPOESIA (pág. 48)
Cantares - Antônio Machado
GALERIA DE FOTOS
CABECEIRA (pág. 47)
Sugestão de leitura da conselheira Ieda Therezinha Verreschi*
Henrietta Lacks
Henrietta Lacks (1920-1951). A quantos de nós este nome traz significado? E a quantos estaria ligado aos principais avanços da Biologia Celular? A leitura de The Eternal Life of Henrietta Lacks responde a essas e a muitas outras questões sobre a saga da pesquisa envolvendo seres humanos. O livro descortina os bastidores dos laboratórios de pesquisas, suas insuficiências, improvisações, ausência de critérios técnicos de funcionamento e de qualquer preocupação ética na obtenção do material biológico humano necessário para a progressão dos estudos. Os fatos científicos relatados iniciam-se em 1951, portanto, pós-Código de Nüremberg (1946) – que estabeleceu princípios para se conduzir experimentos com seres humanos – e continuam durante o amadurecimento da Declaração de Helsinque (1964).
A história é contada a partir da memória da família Lacks. Quando sentiu-se doente, Henrietta procurou o serviço de ginecologia do Hospital Johns Hopkins, suspeitando que algo errado (“a lump”) crescia na extremidade do seu útero. Ela não imaginava o que seria feito daquela lesão confirmada e descrita pelo médico.
Antes de ser morta por esse tumor, durante uma biópsia cervical, as células – depois chamadas (pelas iniciais do seu nome) HeLa – foram removidas e cultivadas em laboratório, sem o conhecimento nem a permissão de sua portadora. Essas células fizeram história na Biologia Celular, auxiliaram desde o esclarecimento do número correto de cromossomos humanos até a produção de vacinas. Sem que ninguém percebesse, pertenceram a uma jovem senhora afroamericana de 31 anos, originariamente trabalhadora em uma fazenda de fumo, casada com um primo aos 20 e que, com ele, teve cinco filhos.
O livro, porém, vai muito além: mostra, também, o sofrimento de Henrietta provocado em nome da decisão médica obstinada de tratá-la. Por fim, a história de Henrietta permite observar a pobreza e o preconceito na vida dos excluídos. No epicentro dessa família, o caso da pequena Déborah, separada da mãe pela doença, deixada órfã à mercê de familiares cúmplices de abuso sexual. A história de Deborah culmina quando é apresentada às células maternas congeladas em um tubo de ensaio. “Você é famosa, mas ninguém mais sabe!”, sussura ela para o tubo.
Título: The Eternal Life of Henrietta Lacks
Autora: Rebecca Skloot
Editora: Crown Publishers, New York, 2010 - Ilustrado, 369 págs.
*Endocrinologista, conselheira do Cremesp, professora Associada em Endocrinologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
CARTAS & NOTAS
Ser Médico 51
“Gostaria de parabenizar a redação pela edição da matéria da exposição Brava Gente, de Tide Hellmeister. Sei que durante muito tempo ele colaborou com o Cremesp e tinha um profundo carinho por vocês. Agradecemos a homenagem...” André Hellmeister
“Gostaria de parabenizar (e também agradecer) a bela revista nº 51 que acabo de ler. Aguardo ansiosa a próxima edição.” Patricia Cassiolato F. Gomes - CRM-SP 101.529
Agradecemos à Secretaria de Turismo de Brotas, às agências EcoAção, Alaya, Águas Radicais, Br Tour – Viagens e Turismo, e aos fotógrafos Ju de Francisco, Feodor Nenov, Márcio Tambasco e Tadeu Fessel, pela cessão de fotos que ilustram a matéria “Brotas, paraíso radical”, págs. 42 a 46 desta edição.