

CAPA

EDITORIAL (SM pág. 1)
A mobilização nacional para a revisão do Código de Ética Médica, após 20 anos de existência do documento - por Henrique Carlos Gonçalves

ENTREVISTA (SM pág. 3)
Acompanhe a trajetória profissional e pessoal da pediatra marroquina Najat M’jid nesta entrevista exclusiva

SINTONIA 1 (SM pág. 8)
Web e atividade cerebral: nosso bem ou nosso mal? Tire aqui suas conclusões...

SINTONIA 2 (SM pág. 11)
Jornalismo na área da saúde: é preciso saber separar o joio do trigo antes de divulgar assuntos médicos

CRÔNICA (SM pág. 16)
Príncipe ou plebeu... qual opção lhe traria maior felicidade?!? Veja o que pensa Ruy Castro, em sua crônica, sempre inteligente e bem-humorada

AMBIENTE (SM pág. 18)
Alguns hospitais brasileiros são bons exemplos de atitudes positivas e eficazes na preservação da qualidade do meio ambiente

DEBATE (SM pág. 23)
Encontro sobre violência infanto-juvenil reúne duas especialistas no assunto, sob a mediação do conselheiro Mauro Aranha

EM FOCO (SM pág. 29)
Estação Ciência: passeio transforma visita em experiência única, possibilitando o contato direto - e descomplicado - com o universo científico

HISTÓRIA (SM pág. 32)
Acompanhe nossa visita virtual aos templos ecumênicos agregados a hospitais

CULTURA (SM pág. 36)
A arte e a ciência - que desafiam a lógica - do artista holandês Cornelius Escher

TURISMO (SM pág.40)
Casal de médicos dá dicas incríveis para uma viagem fantástica ao Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais

CABECEIRA (SM págs. 46 e 47)
Duas sugestões de leitura imperdíveis: O Presidente Negro e Venenos de Deus, Remédios do Diabo

CARTAS (SM pág. 47)
Acompanhe, nesta coluna, alguns comentários recebidos sobre a edição anterior

POESIA (SM pág. 48)
Trecho da obra Réquiem, II, do poeta Lêdo Ivo, foi escolhido para finalizar esta edição

GALERIA DE FOTOS

EDITORIAL (SM pág. 1)
A mobilização nacional para a revisão do Código de Ética Médica, após 20 anos de existência do documento - por Henrique Carlos Gonçalves
Ponto de partida
A revisão do Código de Ética Médica
O vigente Código de Ética Médica (CEM), aprovado em 1988, reflete o espírito humanístico que prevalecia após o fim do regime militar e a instauração do processo de democratização do país. A garantia dos direitos humanos, a defesa da cidadania, o respeito à autonomia das pessoas e a responsabilidade social, são alguns dos princípios regentes do novo Código, um extraordinário avanço em relação ao Código Brasileiro de Deontologia Médica, de 1984, já inadequado à realidade política nacional.
A classe médica, por meio de seus Conselhos Regionais e Federal de Medicina, após amplo debate com a sociedade, aprovou o Código de Ética Médica da cidadania. Nove meses depois, a Constituição Cidadã da República Federativa do Brasil foi promulgada pela Assembléia Nacional Constituinte. Dois anos mais tarde, o Congresso Nacional aprovou o Estatuto da Criança e do Adolescente e a Lei Orgânica da Saúde. O CEM de 1988 mantinha, portanto, plena harmonia com as conquistas constitucionais e legais.
Ao completar 20 anos de existência em 2009, após ter sido atualizado por inúmeras Resoluções do Conselho Federal de Medicina (CFM), impõe-se a revisão do CEM, à luz dos avanços tecnológicos e científicos, adequada aos princípios éticos, morais e culturais em constante desenvolvimento.
Oportunamente, o CFM iniciou, sob a coordenação do primeiro vice-presidente, Roberto Luiz D’Ávila, os trabalhos de revisão do Código, com a criação de Comissões Nacional e Estaduais. Da mesma forma, os Conselhos Regionais e o Federal abriram consultas públicas na internet para recebimento de propostas de revisão e atualização do CEM. Os trabalhos contam com intensa participação de centenas de colegas médicos e de vários segmentos da sociedade. É inimaginável a importância do futuro Código para a classe médica e para a sociedade brasileira. A revisão resultará no estabelecimento das normas que regerão o exercício da medicina nas próximas décadas. Deve, assim, contemplar a realidade da profissão e espelhar os anseios da sociedade brasileira.
A participação plena dos médicos do Estado de São Paulo neste democrático processo é indispensável para o êxito da revisão. Os médicos podem enviar suas propostas de modificação, inclusão ou exclusão on line, por meio dos sites do Cremesp e do CFM. Todas as propostas serão avaliadas pelas comissões estaduais e nacional, podendo ser incorporadas ao novo texto do Código. O prazo para envio de sugestões se encerra no dia 28 de fevereiro de 2009.
O médico de São Paulo não pode deixar de contribuir com este importante trabalho, cujo resultado irá intervir positivamente no futuro da medicina e da vida profissional.
Henrique Carlos Gonçalves
Presidente do Cremesp