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MANUAL DOS MEDICAMENTOS GENÉRICOS

Genéricos no mundo

A indústria de medicamentos genéricos teve origem na década de 60, sendo os Estados Unidos o primeiro país a adotar essa política – onde os medicamentos genéricos representam atualmente 72% do receituário médico e entram no mercado, em média, três meses após expiração da patente.

Em 1962 o National Research Council of the National Academy of Sciences foi instruído para avaliar cerca de 3 mil medicamentos. Mas somente em 1984 houve condições específicas para o crescimento da indústria de genéricos. Elas foram estabelecidas pelo Drug Price Competition and Patent Restoration Act, que determinou mecanismos simplificados para o registro de versões genéricas de todos os medicamentos aprovados após 1962, desde que apresentassem informações sobre sua bioequivalência com o produto original, entre outras exigências.

Muitos países têm adotado políticas agressivas de promoção dos genéricos como forma de propiciar à população medicamentos com preços mais acessíveis e reduzir gastos com a assistência farmacêutica.

Conforme preconiza a OMS, para implementar uma política de Genéricos é preciso envolver os responsáveis pela produção, garantia de qualidade, prescrição, dispensação e uso adequado para o sucesso desta alternativa de tratamento. A experiência internacional mostra que os maiores êxitos obtidos na promoção dos genéricos têm ocorrido nos países onde as ações são direcionadas para influenciar o comportamento de médicos e profissionais de saúde, por meio de informações eficientes que comprovam a qualidade e a confiabilidade desses medicamentos.

São fatores que impulsionam a produção de genéricos: eficácia e baixo custo dos genéricos (mais baratos que os medicamentos de marca); previsão de que 35 bilhões de dólares em patentes de medicamentos expiram nos próximos anos; crescimento dos custos de saúde; envelhecimento da população, com aumento das doenças crônicas, o que ocasiona elevados gastos públicos com o setor saúde; disseminação das novas e custosas tecnologias médicas; decréscimo da mortalidade e aumento da perspectiva de vida da população.

De acordo com a Internacional Federation of Pharmaceutical Manufacturers Association (IFPMA), associação internacional composta por produtores de medicamentos do mundo inteiro, a implementação de uma política de medicamentos genéricos depende também dos níveis médios dos preços dos medicamentos vigentes em cada país. Nos locais onde o custo médio dos medicamentos é mais acessível, como França, Espanha e Itália, os genéricos não tiveram muito sucesso, já que grande parte da população nesses locais tem acesso garantido aos remédios necessários para os tratamentos. Já nos países onde a indústria farmacêutica pratica preços muito altos, como Estados Unidos, Inglaterra, Holanda e Alemanha, dentre outros, o mercado de genéricos tem evoluído cada vez mais. É esse também o caso do Brasil.

Os principias mercados
Estados Unidos

Os medicamentos genéricos já somam 72% das prescrições nos EUA, quadro que tende a crescer a cada ano.

Reino Unido

Em 1973, apenas 17% das receitas continham a indicação de medicamentos genéricos. Hoje, esse mercado de 650 milhões de dólares representa 15% do mercado de medicamentos em valores e 45% em unidades.

Alemanha

Os médicos alemães têm uma lista de medicamentos de referência e seus respectivos medicamentos genéricos para receitar e há limites de gastos com cada tipo de doença. Isso faz com que o mercado de medicamentos genéricos atinja a cifra de 2,2 bilhões de dólares, representando 30% do total de valores movimentados e 40% em unidades.

Canadá

O mercado de genéricos no Canadá movimentou, em 2000, 720 milhões de dólares, representando um total de aproximadamente 13% de participação em dólares e 37% em unidades vendidas.

Japão

Os genéricos têm uma participação de 6% do mercado global de medicamentos.

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