Pareceres
Nova Pesquisa | Voltar
Enviar por e-mail | Imprimir apenas a ficha | Imprimir o parecer com a ficha
PARECER | Órgão: Conselho%20Regional%20de%20Medicina%20do%20Estado%20de%20S%E3o%20Paulo |
Número: 169207 | Data Emissão: 17-01-2012 |
Ementa: Nenhum estudo documentou benefícios da exposição precoce da criança à televisão. Desta forma, conclui-se que, pelos trabalhos citados na literatura científica, a televisão não deve ser prioritariamente uma forma de estimulação nesta faixa etária. | |
Imprimir o parecer com a ficha |
Consulta nº 169.207/10 Assunto: Informações sobre a existência de estudos e de eventual consenso científico sobre os prejuízos decorrentes do consumo de programas aparentemente destinados ao público infantil, de até 03 anos de idade. Relator: Conselheiro Clóvis Francisco Constantino. Ementa: Nenhum estudo documentou benefícios da exposição precoce da criança à televisão. Desta forma, conclui-se que, pelos trabalhos citados na literatura científica, a televisão não deve ser prioritariamente uma forma de estimulação nesta faixa etária.
"Venho por meio deste encaminhar a V. Sa. os documentos anexos (cópias) e informar que, a partir de representação ofertada pelo INSTITUTO A. - Criança e Consumo, foi instaurado nesta Promotoria de Justiça procedimento para apurar a possível ocorrência de danos às crianças de até 03 (três) anos de idade, consumidoras de determinado Canal de TV, e solicitar, no prazo de 30 (trinta) dias, informações sobre a existência de estudos e de eventual consenso científico sobre os prejuízos decorrentes do consumo de programas aparentemente destinados ao público referido." PARECER Em resposta à solicitação de análise desta Câmara Técnica referente à existência de estudos e eventual consenso científico sobre prejuízos decorrentes do consumo de programas aparentemente destinados ao público da faixa etária até 03 (três) anos, exaramos o seguinte parecer: Embora o número de estudos referentes à exposição de crianças pequenas a programas televisivos, particularmente abaixo de três anos de idade, tenha aumentado nos últimos anos, estes são poucos e ainda não existe consenso científico a respeito do tema. Entretanto, há evidências advindas de diferentes estudos científicos, bem como recomendação da Academia Americana de Pediatria, para que crianças menores de dois anos não assistam à televisão, independentemente de seu conteúdo. Tais estudos destacam que, neste período da vida, as crianças apresentam uma necessidade crítica de interação direta com seus pais ou cuidadores para o desenvolvimento cerebral saudável; aprendem mais com experiências reais e, principalmente, apresentam consequências negativas em seu desenvolvimento cognitivo em relação à linguagem com a diminuição da exposição à voz e interação com cuidadores. O bebê humano aprende e se desenvolve com repetitivos atos diários e por meio do vínculo que se estabelece com os adultos, a partir do que vai adquirindo a linguagem e significado das palavras e seus conteúdos. O contato natural com outras crianças também é sempre fundamental e muito positivo. Nenhum estudo documentou benefícios da exposição precoce à televisão. Desta forma, esta Câmara Técnica considera que, pelos trabalhos citados na literatura cientifica, a televisão não deve ser prioritariamente uma forma de estimulação nesta faixa etária. Este é o nosso parecer, s.m.j. Conselheiro Clóvis Francisco Constantino APROVADO NA REUNIÃO DA CÂMARA TÉCNICA DE PEDIATRIA, REALIZADA EM 12.05.2011. APROVADO NA REUNIÃO DA CÂMARA DE CONSULTAS, REALIZADA EM 13.01.2012. |
Imprimir o parecer com a ficha |