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Novos médicos

Cremesp realiza última entrega de carteiras do ano, no âmbito da Capital

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) realizou sessão solene para a última entrega de Carteiras Profissionais de Médico do ano de 2024, na cidade de São Paulo. A cerimônia aconteceu no Memorial da América Latina, e incluiu dezenas de recém-formados que, a partir de agora, estão aptos a exercer a carreira de maneira plena, com direitos e responsabilidades. Conforme resumiu no ato o conselheiro Chien Yin Lan, “agora vocês são médicos, responderão pelos seus atos. Atuem com bastante sabedoria e cautela”. 

Lan destacou ainda a “herança fabulosa recebida pelos novos “doutores e doutoras da Medicina”, correspondente a um “acúmulo conhecimento depurado por milhares de anos”. Além dele compuseram a mesa de abertura Angelo Vattimo, presidente do Cremesp; Irene Abramovich, 1ª. secretária; Eliane Aboud, conselheira, e Ana Paula Nedavaska secretária executiva da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD), representando Marcos da Costa, titular da pasta. 

Além do discurso das autoridades presentes, fez parte do evento a distribuição de “carteirinhas” em duas etapas, às 18 e às 20 horas, em alguns casos, recebidas das mãos de outros médicos que serviram de exemplo, como pai, mãe, esposa (o) e/ou namorada (o); a renovação do Juramento de Hipócrates (o primeiro ocorre nas colações de grau); e a apresentação de vídeo institucional, sobre o que o Cremesp têm a oferecer em serviços e publicações. Os documentos foram entregues a egressos de todo o Estado, formados em instituições como Centro Universitário Nove de Julho (Uninove); Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein; Faculdade Santa Marcelina; e Universidade Anhembi-Morumbi (UAM). 

“Questão histórica”

Para Angelo Vattimo, poucas carreiras permitem, por uma questão histórica, que se ostente o título de doutor, como a Medicina. Porém, para ele, ser médico na acepção da palavra, vai muito além de seguir os ditames do Código de Ética. “Tratar de forma adequada envolve empatia, além do aspecto técnico”. Irene Abramovich vai mais longe, indicando o caráter vitalício da profissão. “Ninguém deixa de ser médico, é uma escolha para vida. Eu mesma já tenho 57 anos de formada, e não me arrependi um dia sequer”. 

Na sua fala; a 1ª Secretária conclamou aos novos médicos a ladearem a entidade, em iniciativas como as de defesa do Ato Médico e das Prerrogativas Médicas, alvo de trabalho de comissões no Cremesp. A primeira busca evitar a invasão de profissionais não treinados para procedimentos médicos – por exemplo, há cabeleireiras realizando aplicação de botox e tatuadores interessados em aplicar anestésicos–; e a segunda, a apoiar o médico diante de situações difíceis, como agressões por pacientes e, até mesmo, falta do pagamento devido de seu trabalho (calote). Irene ainda destacou pontos como a importância da residência médica para a profissão; e os cuidados a serem adotados antes de assumir plantões. 

Em relação às atribuições do Conselho, Eliane Aboud, conselheira, explicou que o fulcro continua sendo judicante (averiguar e julgar possíveis infrações ao Código de Ética Médica); Cartorial (prover documentações específicas) e fiscalizadora (verificar locais com incompatibilidades ao atendimento médico). Porém, cerca de seis anos atrás, desde que o grupo atual assumiu a gestão do Cremesp, houve um aperfeiçoamento. “Quisemos um órgão mais voltado à orientação, educação, superação de problemas, enfim, mais acolhedor aos médicos”. A advogada Ana Paula Nedavaska, do SEDPcD, se dispôs à ser a voz do paciente na mesa principal, e aconselhou “não deixe de ser humano com seus pacientes”. 

As fotos da entrega de carteiras médicas no Memorial da América Latina estão disponíveis em:

Turma das 18 horas

Turma das 20 horas 

Fotos: Osmar Bustos, Marina Bustos e Alessandra Cristina Sena da Silva