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Notícias
30-03-2024 |
Ato Médico |
Cremesp alerta sobre complicações graves causadas por micobactéria em cirurgias com profissionais não capacitados |
As infecções por micobactérias não tuberculosas (MNT) são complicações incomuns após procedimentos cirúrgicos e ocorrem principalmente quando não são respeitadas as normas técnicas e sanitárias dos procedimentos propostos. O alerta vem após o surto de casos em Minas Gerais. São 16 casos confirmados da Micobactéria de Crescimento Rápido (MCR) em Belo Horizonte. A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) emitiu uma nota técnica explicando a situação e pedindo monitoramento para entidades ligadas à saúde como: hospitais, órgãos de vigilância sanitária, Associação Mineira de Epidemiologia e Controle de Infecções e para o Conselho Regional de Odontologia (CRO). Este último também recebeu a notificação já que oito do casos registrados são da clínica onde a dentista Camila Groppo realizava cirurgias estéticas no Centro de BH. Apesar da baixa incidência- menos de 1% dos casos de infecções pós-operatórias-, esses eventos podem ocorrer em “surtos” quando equipamentos utilizados por determinados hospitais, clínicas ou médicos estão contaminados com essas bactérias. Isso normalmente ocorre por processos irregulares de técnica cirúrgica, manuseio, esterilização ou reaproveitamento de materiais cirúrgicos. Em procedimentos de lipoaspiração, os surtos de MNT ocorrem principalmente por manejo indevido das cânulas cirurgias usadas no processo e pela ausência da correta assepsia da pele e dos profissionais. Essas infecções costumam ser severas, podendo causar deiscência cirúrgica, drenagem de secreção seropurulenta, dor local, deformidades, sequelas e má qualidade de vida para o indivíduo acometido. Com a expansão no Brasil da prática de procedimentos estéticos feitos por profissionais não médicos, a ocorrência desses surtos de MNT tem aumentado nos últimos anos. Para o infectologista e Delegado do Conselho Regional de Medicina do Estado de SP- Cremesp- Francisco Cardoso (CRM: 115103/ RQE: 35319), é possível evitar este tipo de contaminação. “São casos graves com complicações perigosas. Somente a correta técnica cirúrgica, assepsia do paciente e dos profissionais envolvidos, além da correta esterilização dos matérias e a obediência às regras de reaproveitamento e descarte dos mesmos podem evitar o surgimento desses casos, explicou Cardoso. Embora o surto por MNT tenha ocorrido em Minas Gerais, vale ressaltar que, infelizmente, outros Estados já protagonizaram — e ainda podem protagonizar — situações similares. Por isso, a necessidade de alerta do Conselho. O Cremesp ressalta a importância dos pacientes sempre procurarem profissionais capacitados e registrados nos conselhos de seus estados. |