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Assassinato de ortopedistas

Ofício do Cremesp é atendido pelo Ministro da Justiça

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), em nome de seu presidente, Angelo Vattimo, foi atendido em sua solicitação ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), para que providências fossem adotadas em relação ao covarde assassinato cometido no Rio de Janeiro contra três médicos ortopedistas que participariam de um congresso daquela especialidade. A resposta ao Cremesp – e adoção das medidas cabíveis – partiram de determinação do próprio ministro daquela pasta.

No dia 5 de outubro, ofício nº 554/2023, da Presidência do Cremesp, elaborado por sua Procuradoria Jurídica (GPR/PJA), requereu a intervenção do MJSP nas investigações do episódio sem precedentes que tirou a vida dos médicos ortopedistas Marcos Andrade Corsato, Diego Ralf Bomfim e Perseu Ribeiro Almeida, e feriu gravemente o também ortopedista Daniel Sonnewend Proença. No documento, o Cremesp conclamou ao MJSP que a investigação do crime fosse “conduzida com os rigores legais e rápida apuração dos fatos, especialmente na identificação da autoria delitiva dos crimes contra a vida praticados”.

A resposta foi encaminhada ao Cremesp em 16 de outubro, por meio do ofício nº 121/2023, emitido pela Superintendência Regional de Polícia Federal no Rio de Janeiro (SR/PF/RJ), informando que, “por determinação do Senhor Ministro de Estado de Justiça e Segurança Pública, esta Polícia Federal está acompanhando e prestando colaboração à investigação sobre o referido caso, que, no entanto, está sob responsabilidade da Polícia Civil do Rio de Janeiro”. Isso significa, em suma, que o empenho do Cremesp levou o MJSP a determinar à Polícia Federal rigor em relação a esta situação.

Lembrando o crime  

Os ataques aconteceram na madrugada do dia 5 de outubro, na avenida da praia da Barra da Tijuca, na zona Oeste do Rio de Janeiro. Os quatro ortopedistas haviam chegado à capital fluminense para participar, no dia seguinte, do 6º Congresso Internacional de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé e Tornozelo, evento internacional que contava com apoio da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, entidade da qual os médicos faziam parte. Eles estavam em um quiosque da região, quando foram vítimas de dezenas de disparos de armas de fogo.

Marcos Andrade Corsato era médico do Instituto de Ortopedia e Traumatologia (IOT) do Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Diego Ralf Bomfim e Perseu Ribeiro Almeida também eram especialistas pelo IOT-FMUSP, respectivamente, em reconstrução óssea e em cirurgia do pé e tornozelo. O único sobrevivente, médico Daniel Sonnewend Proença é especialista em cirurgia ortopédica, traumas, reconstrução e alongamento ósseo, graduado pela Faculdade de Medicina de Marília, instituição na qual também realizou residência médica.

O Cremesp segue acompanhando o caso e tem adotado outras providências, inclusive em 19/10/2023, o presidente Angelo Vattimo e o coordenador do Departamento de Fiscalização, Roberto Rodrigues Junior, reuniram-se com o Secretário de Segurança Pública, Deputado (licenciado) Capitão Guilherme Derrite, para discutir temas relacionados à preocupação com a violência e segurança dos médicos do Estado de São Paulo, mantendo o propósito de atuar firmemente neste tema.