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Conversa com o Cremesp

Cremesp realiza encontro com alunos da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo

A presidente do Cremesp, Irene Abramovich, realizou nesta terça-feira (28) mais uma edição do "Conversa com o Cremesp” com os sextanistas da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. O projeto visa orientar a próxima turma de formandos sobre as responsabilidades que assumirão assim que se formarem.

O reitor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, José Eduardo Lutaif Dolci, abriu a cerimônia reforçando a importância de iniciativas como essa. "Nós sabemos que aprender sobre ética na Medicina nunca é demais. É muito importante que vocês possam conversar diretamente com os representantes do Cremesp e esclarecer dúvidas", declarou o reitor.

Durante o evento, a representante da Autarquia conversou com os alunos sobre diversas questões éticas profissionais, com o objetivo de orientá-los para que, futuramente, não cometam infrações. Um dos tópicos abordados por Abramovich foi a importância do prontuário médico. "O prontuário é a história de vida do paciente dentro do hospital. Pontos fundamentais que precisamos deixar claro, por exemplo, é em qual parte do corpo o paciente sentia dor e como ele estava quando recebeu alta. Também temos que ficar atentos com abreviaturas, pois um prontuário precisa ser legível". 

A presidente também incentivou os alunos a adotarem uma abordagem mais humanizada no atendimento aos pacientes. Ela destacou a importância de se informarem sobre os valores dos medicamentos vendidos nas farmácias e orientou que pesquisem alternativas de remédios que possam ser eventualmente substituídos, para que o paciente não fique sem tratamento. 

“Se informem sobre valores de medicamentos importantes, pesquisem sobre quais remédios podem ser substituídos e adquiridos de forma acessível. Não adianta fazer uma receita e o paciente não conseguir comprar. Dessa maneira, seu trabalho não terá valido de nada", afirmou Irene.

A presidente do Conselho explicou, ainda, que para evitar quaisquer tipos de violação do Código de Ética Médica, é necessário que aqueles que decidam fazer residência médica conheçam bem o ambiente no qual estão se envolvendo. De acordo com Abramovich, nenhum médico deve aceitar fazer residência em um local sem ter certeza de que naquele ambiente todos os profissionais necessários, como cirurgiões, anestesistas, entre outros, estejam disponíveis.

Irene finalizou a conversa reforçando que apenas a residência médica pode conceder o título de especialista. "Cursos rápidos que acontecem em finais de semana não formam especialistas em nenhuma área médica. Esses tipos de cursos servem para quem já é especialista e deseja se atualizar ou aprimorar algum tipo de procedimento", concluiu. 

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Fotos: Osmar Bustos