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A Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS) – Campus São Paulo, sediou, em 5 de outubro, mais uma edição do programa Conversa com o Cremesp, que apresenta e discute temas importantes para o exercício ético da profissão com estudantes de Medicina. A presidente do Cremesp, Irene Abramovich, e a diretora 2ª secretária, Maria Camila Lunardi, apresentaram o evento – que abordou temos como prontuário, plantão, sigilo médico, atestado e publicidade – a mais de 40 alunos do sexto ano presentes, que também puderam esclarecer dúvidas por meio de perguntas às palestrantes.
Coordenado por Camila Lunardi, o projeto vem sendo apresentado em instituições de ensino, com o objetivo de orientar os estudantes sobre as responsabilidades da profissão, visando prevenir infrações éticas. De acordo com ela, o Cremesp observa um aumento de denúncias em relação a recém-formados, destacando que muitas poderiam ser evitadas se os novos médicos tivessem melhor conhecimento do Código de Ética Médica e dos principais temas relacionados às queixas.
O neurocirurgião, professor e coordenador do internato em Medicina da USCS, Marcelo Viterbo, realizou a abertura do encontro, afirmando que as orientações éticas são extremamente importantes para exercício da profissão. Ele exaltou a presença da presidente do Cremesp no auditório da USCS - Campos São Paulo. “A doutora Irene é uma bíblia, uma experiência viva e também foi responsável pela Residência Médica no Estado de São Paulo”, lembrou Viterbo.
A presidente do Cremesp agradeceu a menção, lembrando também de sua atuação como docente na Faculdade de Americana (FAM) e na USCS. Irene reforçou o papel do Conversa com o Cremesp como um evento informal, uma espécie de bate-papo com estudantes, para esclarecer dúvidas e levar conhecimentos básicos sobre as normas que regem a profissão àqueles que, em breve, começarão a atuar como médicos.
Camila Lunardi explicou que o Cremesp está empenhado no estreitamento das relações com escolas e estudante em fase final de formação, visando a boa Medicina. “Algumas vezes, aquilo que a princípio pode parecer normal e comum na prática médica, acaba gerando uma denúncia. Estamos aqui para que vocês possam entender porque algumas dessas práticas podem ser consideradas infrações éticas quando chegam ao Conselho”, explicou ela.
Irene Abramovich falou inicialmente sobre a importância de chamar o paciente pelo nome, bem como o médico apresentar-se ao paciente no primeiro atendimento. De acordo com ela, esses pequenos detalhes são fundamentais para iniciar uma boa relação médico-paciente. Ela também explanou sobre correto preenchimento do prontuário médico destacando que, em caso de uma eventual denúncia, o documento é um instrumento de defesa do médico, que demonstra as condutas tomadas. “O prontuário é a história de vida paciente dentro do hospital; e tanto faz se é escrito à mão ou no computador, desde que seja legível”, afirmou. “É muito importante descrever, de forma clara e completa, o que encontraram e as condutas tomadas, além de evitar siglas que não são consagradas”, completou Irene ressaltando também que, em caso de alta, o médico deve anotar no prontuário a situação do paciente na saída do hospital – se tinha condições de sair andando, por exemplo.
Durante as explanações, os alunos dirigiram perguntas à Irene e Camila, que esclareceram as dúvidas manifestadas. Também foram apresentados dois vídeos institucionais, explicando as funções e os serviços prestados pelo Cremesp, as ferramentas, inovações digitais, benefícios e publicações disponibilizadas aos médicos pela atual gestão do Conselho, assim como os projetos de atualização profissional.
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