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Notícias
08-02-2019 |
Reunião |
Ministério Público investiga causas da queda na cobertura vacinal em São Paulo |
Um grupo integrado por representantes das Secretarias de Saúde do Estado e do Município de São Paulo, do Conselho Regional de Medicina (Cremesp), Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren-SP), Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIM), reunido pela Promotoria de Justiça Cível de Interesses Difusos da Infância, está empenhado na apuração dos motivos para a queda da cobertura vacinal em São Paulo para a adoção de medidas que revertam a situação. O tema foi abordado durante reunião no Ministério Público de São Paulo (MPSP) neste dia 7 de fevereiro. A Promotoria coletou matérias com dados alarmantes publicados na imprensa, que davam conta de uma diminuição na vacinação de 60% a 70% de 2013 a 2018, e instaurou inquérito civil visando elucidar o motivo dessa redução. O MPSP pediu dados oficiais das Secretarias de Saúde do Estado e do Município de São Paulo, além de subsídios do Cremesp, Coren-SP, SBP e SBIM. A promotora de Justiça, Luciana Bergamo, afirmou que ficou constatada a queda, mas não nos patamares divulgados. A diferença dos resultados ocorreu em função da dificuldade do registro dos dados do município para o sistema federal, o que gerou distorções na divulgação. As causas para o declínio da vacinação podem ser a falta sensação de segurança com a erradicação de algumas doenças, a migração de refugiados, disseminação de fake News, desabastecimento de vacinas, opção ideológica e até modismo. O registro de vacinação, que era feito por doses aplicadas, passou a ser realizado nominalmente, mas ainda há falhas. “O sistema é excelente, mas precisa de melhorias”, afirmou Helena Sato, diretora de imunizações da Secretaria de Estado da Saúde de SP. Obrigatoriedade “A diminuição da cobertura vacinal é multifatorial e está inserida em um problema maior, que envolve deficiências na atenção básica e requer políticas sérias e abrangentes na área”, afirmou Edoardo Vattimo, coordenador de Comunicação do Cremesp. Ele mencionou carta enviada pelo Conselho ao novo ministro da Saúde, Luiz Mandetta, propondo soluções, como a carreira de Estado para os médicos, especialmente em regiões remotas. Também relatou o esforço do Cremesp em fornecer com agilidade 2 mil inscrições para recém-formados em Medicina interessados no Programa Mais Médicos. A iniciativa ajudou para que médicos com registro no Brasil preenchessem, em pouco mais de um mês, 83% das vagas deixadas em aberto com a saída unilateral do governo cubano do programa, contribuindo para que a atenção básica não fosse prejudicada. Análise de dados Fotos: Osmar Bustos |