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19-04-2017 |
Saúde mental |
Conselho e Proesq discutem ações voltadas à assistência em saúde mental dos médicos |
Kátia Burle, Ary Gadelha, Claudiane Daltio e Ana Celi Soares A qualidade da saúde mental do médico é a meta da parceria existente há cinco anos entre o Programa de Esquizofrenia da Universidade Federal de São Paulo (Proesq/Unifesp) e o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). Kátia Burle, conselheira, e Ana Célia Soares, assistente social do Cremesp, reuniram-se com Ary Gadelha e Claudiane Daltio, respectivamente, coordenador geral e médica psiquiatra do Proesq, no dia 18/4, para discutir a ampliação do programa, focando na prevenção, além do acompanhamento clínico já realizado. Gadelha avalia que os pacientes procuram por tratamento com quadro clínico avançado e que a prevenção ou antecipação do tratamento pode garantir maior eficácia na recuperação funcional. “A ideia é divulgar mais esse trabalho afim de que os casos mais graves cheguem até nós mais precocemente”. Na visão de Katia, a principal estratégia para a prevenção é prestar atendimento psiquiátrico ao estudante de Medicina, para que este receba tratamento, a fim de inibir um quadro mais grave no futuro. “Há médicos que desenvolvem transtornos mentais mais graves, ainda na graduação, mas não tratam, e quando os casos chegam ao Conselho, estão crônicos”, avalia Kátia. “O estudante chega à faculdade pensando que precisa estudar as matérias, participar da Atlética e das ligas, escrever um artigo de Iniciação Científica e não adianta dizer a ele que são muitas tarefas ao mesmo tempo, que ele não deve fazer”, diz Gadelha, que também é professor da Unifesp. “É necessário auxiliar o estudante para que ele possa exercer as atividades que deseja de forma saudável”, completou. Kátia relembra que, nas diretrizes do Ministério da Educação (MEC), há a recomendação de atendimento psicológico nas escolas médicas e que, na prática, isso não é obedecido. “Cuidar da saúde mental irá melhorar a formação do estudante como um todo”, finaliza Gadelha. Efetividade Quando o Cremesp é informado de que um médico é portador de um transtorno mental, é aberto um processo administrativo. Caso o médico não tenha condição de custear seu tratamento, o Cremesp oferecerá a possibilidade dele ser atendido no Proesq, nos casos de esquizofrenia e de transtorno bipolar do humor. Todos os pacientes atendidos nesses anos de parceria tiveram o quadro clínico estabilizado. A Câmara Temática Interdisciplinar sobre Violências nas Escolas Médicas do Cremesp, em sua reunião ordinária do mês de julho, receberá Gadelha para apresentar o trabalho desenvolvido pelo Proesq e suas propostas de ações para prevenção de transtornos mentais. Legenda (sentido horário): Proesq, VIla Mariana; Kátia Burle, conselheira do Cremesp, Ary Gadelha, coordenador geral do Proesq, Claudiane Daltio, psiquiatra do Proesq e Ana Celi Soares, assistente social do Cremesp; Gadelha e Daltio; Burle e Soares durante reunião. Fotos: Laura Jorge |