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Notícias
14-02-2017 |
São Paulo |
Relatórios do Exame do Cremesp 2016 são entregues a representantes de escolas médicas do Estado |
14/02/2017 Representantes das escolas médicas recebem a análise dos resultados do Exame do Cremesp 2016 Os Relatórios Circunstanciados do Exame do Cremesp de 2016 foram entregues aos representantes das escolas médicas do Estado de São Paulo, em reunião realizada na sexta-feira (10/2). A apresentação e a análise dos resultados tiveram a participação do presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), Mauro Aranha; do primeiro-secretário e coordenador do Exame, Bráulio Luna Filho; e do coordenador do Centro de Bioética, Reinaldo Ayer de Oliveira. Luna Filho apresentou um relatório estatístico dos resultados do Exame 2016, com o desempenho das escolas médicas do Estado nas nove áreas de conhecimento, Clínica Médica, Clínica Cirúrgica, Pediatria, Ginecologia, Obstetrícia, Saúde Pública e Epidemiologia, Saúde Mental, Bioética e Ciências Básicas. O coordenador do Exame mostrou que mais da metade dos recém-formados foi reprovada na Edição de 2016. Como em anos anteriores, as escolas privadas tiveram maior percentual de reprovação que as públicas, no entanto, houve aumento importante de reprovação, em comparação ao Exame de 2015, entre os egressos das instituições públicas, passando de 26,4% para 37,8%. Já entre os cursos de Medicina privados, 66,3% dos alunos foram reprovados em 2016, também superando os resultados de 2015, com 58,8%. Luna Filho esclareceu alguns pontos sobre a metodologia de análise e também apresentou a relação das 16 escolas médicas que obtiveram melhor desempenho no Exame de 2016 (veja gráfico abaixo): Melhoria como objetivo “Como em todos os anos, o Cremesp espera que o compartilhamento destes dados possa contribuir para a melhoria da formação médica. Sabemos que não está perfeito e o aprimoramento do ensino médico é bem-vindo para que a população receba uma Medicina de qualidade”, afirmou Mauro Aranha. Após a entrega dos relatórios aos representantes das escolas, Aranha também informou que o Cremesp, com apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), entre outras entidades, vem promovendo ações junto a parlamentares para o estabelecimento de um exame no final do curso de Medicina em todo o país. Também receberão relatório sobre os resultados do Exame do Cremesp os ministérios da Educação e da Saúde, o Conselho Federal de Medicina, a Câmara dos Deputados, o Senado Federal, o Ministério Público e os Conselhos Nacionais de Saúde e de Educação. Reinaldo Ayer destacou que, ao longo de 12 anos, a construção do Exame do Cremesp foi cautelosa e feita passo a passo, de forma que a evolução da prova pudesse solidificar a defesa do Cremesp pela sua obrigatoriedade. Ele lembrou, também, que a população apoia a realização de um exame de final de curso para que os profissionais de Medicina possam exercer a profissão. Cremesp Educação Para oferecer a oportunidade de resgatar o conhecimento em áreas críticas observadas na prova e acompanhar aqueles que não obtiveram desempenho satisfatório, o Conselho lançou o site Cremesp Educação (www.cremespeducacao.org.br), que disponibiliza cursos online gratuitos aos participantes do Exame 2016 que obtiveram nota inferior a 6. O Cremesp entrará em contato diretamente com o recém-formado para fornecer as orientações necessárias para o acesso gratuito aos cursos. Lançado em março do ano passado e realizado em parceria com o Hospital Israelita Albert Einstein, o Curso de Revisão em Medicina é desenvolvido a partir das dificuldades apontadas pelo Exame do Cremesp. Foi dotado, inicialmente, de quatro módulos: Clínica Médica (Cardiologia, Emergências Cirúrgicas, Exames Complementares e Pneumologia), Saúde Pública, Pediatria e Ginecologia e Obstetrícia, mas outros cursos serão formatados em breve e disponibilizados pelo site. Todos os médicos podem realizar o treinamento, porém apenas os que não passaram no Exame do Cremesp 2016 têm gratuidade nos cursos. Maior número de participantes O coordenador do Exame também discorreu sobre o alto índice de adesão de recém-formados ao Exame 2016 – que teve o maior número participante das 12 edições realizadas – mesmo não sendo obrigatório. “Outro número que surpreendeu foi o de participantes de outros Estados. Foram 840 egressos de 116 cursos de Medicina de fora de São Paulo”, afirmou Luna Filho. “Essa maior adesão certamente deve-se ao fato de que o Exame do Cremesp tem ganhado valor de mercado, sendo atualmente utilizado como critério de seleção tanto para contratações e credenciamentos de profissionais, como também para seleção nos melhores programas de Residência Médica do Estado”, destacou Luna Filho. Entre 2012 e 2014, o Exame foi obrigatório por resolução do Cremesp, que condicionou a concessão de registro profissional à participação nas provas. Em outubro de 2015, a Justiça Federal concedeu liminar em ação movida pelo Sindicato das Entidades Mantenedoras dos Estabelecimentos de Ensino Superior (Semesp), que é contrário às provas, retirando essa exigência para concessão de registro. Com isso, as edições do Exame do Cremesp de 2015 e 2016 tiveram participação voluntária, como ocorreu nos anos de 2005 a 2011. O Cremesp recorreu da decisão e aguarda manifestação da Justiça. Participaram da reunião, representantes das seguintes escolas médicas: Foto: Osmar Bustos |