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11-01-2017 |
Falecimento |
São Paulo perde dois expoentes da Medicina: William Chahade e Paulo Vaz Arruda |
A Medicina perdeu dois grandes mestres que contribuíram notavelmente para a formação de várias gerações de médicos que atuam no País: o reumatologista Wiliam Habib Chahade e o psiquiatra Paulo Correa Vaz de Arruda. No dia 4/1/2017, faleceu, aos 75 anos, o professor doutor William Habib Chahade, que foi diretor do serviço de Reumatologia do Hospital do Servidor Público Estadual Francisco Morato de Oliveira – (HSPE-FMO), onde atuou por 40 anos. Nascido na cidade de Estância, no Estado de Sergipe, e formado em Medicina pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Sorocaba, Chahade também presidiu as sociedades Paulista e Brasileira de Reumatologia. No Hospital do Servidor, contribuiu para a criação da Residência Médica na especialidade que tornou a instituição destacável na produção científica em Reumatologia. Os conselheiros do Cremesp Marco Tadeu Moreira de Moraes e Antonio Pereira Filho, além do coordenador da Câmara Técnica de Bioética, José Marques Filho, que especializaram-se na área no HSPE, ressaltam a dedicação e vocação do professor em estimular a produção de conhecimento na área. “Chahade, além de um profissional dedicado, era muito interessado em que os outros aprendessem”, afirmou Marco Tadeu. “Ele foi um notável professor, responsável pela realização do primeiro congresso mundial de Reumatologia no Brasil, além de ter criado o encontro bienal de ex-residentes do HSPE, ao qual não faltou um único ano”, complementou Pereira Filho. Paulo Vaz Correa Arruda (1928-2016) O professor doutor Paulo Vaz Correa de Arruda, falecido no dia 29/12/2016, aos 88 anos, nasceu em Araraquara. Formou-se em Medicina, em 1953, pela Faculdade de Medicina da USP e estagiou na Universidade de Illinois, em Chicago nos Estados Unidos, onde obteve o título de expert em eletroencefalografia e eletrofisiologia. Como especialista, participou da equipe do professor Euryclides Zerbini, professor e diretor do Departamento de Cardiologia do HC-FMUSP, que realizou o primeiro transplante de coração na América Latina. Na equipe de Zerbini, Vaz era o responsável pelo diagnóstico de morte cerebral, que permitia a retirada de órgão para transplante. Vaz foi coordenador das disciplinas de Psiquiatria, Psicologia Médica e Psicossomática da FMUSP, onde idealizou e fundou o Grupo de Assistência Psicológica ao Aluno (Grapal), curso pioneiro na área, que tinha por objetivo introduzir um novo método de ensino, visando à formação de médicos generalistas. Com classes de 45 alunos, divididos em subgrupos, o curso permitia uma maior convivência entre professor e aluno. A participação de profissionais da saúde mental, durante os atendimentos clínicos, possibilitava a observação dos aspectos psicológicos da relação médico-paciente. A conselheira do Cremesp, Katia Burle Guimarães, que até julho de 2016 atuou como psiquiatra do Núcleo de Apoio ao Discente Faculdade de Medicina de Marília ( Nuadi-Famema), destacou a importância do Grapal como modelo pioneiro de atendimento ao aluno de Medicina. Katia Burle conheceu o professor Vaz na década de 1990, ocasião em que a equipe da Famema buscava referências para estruturar o Nuadi. Ex-aluno e amigo de Paulo Vaz, o psiquiatra Luiz Roberto Millan, da Câmara Técnica de Psiquiatria do Cremesp, definiu o professor como "uma figura única, médico humanista de destacada generosidade, que dedicou a vida ao ensino e aos alunos da FMUSP”. |