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Notícias
19-12-2016 |
Marcos Boulos |
Quando a desinformação se torna questão de saúde |
Nas décadas de 70, 80 e 90, presenciei todo tipo de boataria e informação equivocada sendo propagadas como se fossem genuínas. Até mesmo os veículos profissionais de comunicação não estão isentos de embarcar em lendas urbanas. No entanto, quando essa prática alcança a área da saúde, os danos podem ser irreversíveis, colocando em risco a saúde pública. A revolta da vacina, no início do século passado, gerou uma onda de pânico, medo e desinformação, demonstrando como a ausência de diálogo somada ao autoritarismo e à violência dos agentes de saúde dificultaram a erradicação da varíola, uma das prioridades de Oswaldo Cruz. Será que hoje essa história se repetiria? Qualquer pessoa pode acionar os motores de busca (como Google ou Yahoo) para pesquisar diagnóstico e tratamentos. O problema é que tais serviços não fazem seleção entre as fontes. É por isso que muitos dos resultados de pesquisa médica podem não ser relevantes. Nos Estados Unidos, já é possível encontrar mecanismos de busca, que usam fontes revisadas e sites selecionados por especialistas, fornecendo a informação médica mais relevante e confiável. É o caso do healthline.com. No Brasil, os profissionais de saúde ainda buscam formas para responder publicamente e em tempo hábil à disseminação da desinformação e rumores durante eventos de saúde pública – vejam o caso grave da crise do Ebola, de 2014. É fundamental prever antecipadamente métodos mais eficazes, que sejam capazes de responder e contrariar informações erradas ou apoiar informações precisas. Antes de finalizar, destaco uma importante mudança no Jornal do Cremesp. Após vários anos sendo impresso em papel reciclado, ele volta a ser impresso em papel couchê branco certificado. Além da valorização estética das páginas, trata-se de um produto que obteve o selo Forest Stewardship Council (FSC), que certifica os papéis provenientes de florestas manejadas de forma ecologicamente correta, socialmente justa e economicamente viável. Desta forma, o Cremesp alia o compromisso ambiental, que beneficia trabalhadores e comunidades locais, com o conteúdo editorial do jornal, que valoriza os aspectos humanitários do exercício ético da Medicina. Diretor de Comunicação do Cremesp Artigo originalmente publicado no Jornal do Cremesp, edição 343, dezembro de 2016. |