
Mauro Aranha, durante sua fala em homenagem a todos os colegas
com trajetória profissional ética na Medicina
Os médicos da Capital paulista, com mais de 50 anos de atividade profissional, foram homenageados pelo Cremesp no dia 17 de novembro, em cerimônia realizada no Centro de Convenções Rebouças. Ao destacar que a sua gestão dedica-se ao resgate do humanismo na Medicina, Mauro Aranha, presidente do Cremesp, lembrou a todos sobre a importância da humildade na profissão, reforçando que o aprendizado constante e a reformulação do que já foi aprendido devem ser imprescindíveis. “Sinto-me à vontade para comemorar com esses médicos, muitos dos quais conheci e me acompanharam ao longo da minha vida, como acadêmico, residente de Psiquiatria e, algumas vezes, até mesmo como paciente”, disse Mauro Aranha, presidente do Cremesp, que participou da solenidade. O evento também contou com as presenças do conselheiro Clóvis Constantino (representando a Associação Paulista de Medicina - APM), Gerson Salvador de Oliveira (Sindicato dos Médicos de São Paulo), Antonio Carlos Gomes da Silva (Academia de Medicina de São Paulo); e o ex-conselheiro da Casa, Luiz Alberto Bacheschi, que na ocasião, como orador convidado de todos os colegas presentes, também recebeu homenagem.

Clóvis Constantino: "o exercício da Medicina jamais deixará
de ser humanitário"
Constantino realçou a importância daqueles que acompanham os jovens médicos em seus cursos de graduação e Residência médica, desempenhando as funções de educadores, muito mais do que simplesmente mestres das técnicas. "A visão do jovem que ingressa nos cursos de Medicina é diferente da que tínhamos quando escolhemos ser médicos, opção estritamente vocacional. Não podemos negar o avanço de nossa profissão em todos os sentidos, pois nossa arte é sobretudo uma ciência. Nossas bases são potencialmente científicas, mas a ação e o exercício profissional jamais deixará de ser humanitário”, afirmou.
Oliveira elogiou especialmente as mulheres médicas presentes, pelos desafios que enfrentaram na época em que escolheram a Medicina como profissão. Ele lembrou o quanto os colegas homenageados vivenciaram as transformações da Medicina não apenas do ponto de vista científico, mas cultural, refletindo de maneira impactante na prática médica. "Acompanhar a precarização da área da Saúde torna extremamente desafiador o exercício da profissão, e acredito que a experiência desses médicos homenageados pode ajudar aqueles que estão se graduando a enfrentar todos esses desafios para oferecer uma Medicina melhor para a sociedade", comentou.
Em seu discurso, Silva se mostrou indignado com a abertura de novos 71 cursos de Medicina, todos autorizados pelo Ministério da Educação e Cultura. Ele se mostrou receoso de que este tipo de comemoração, de reconhecimento aos colegas que realizaram sua trajetória profissional sem qualquer deslize na Medicina, não se repita com o passar do tempo. "Aqueles que escolheram ser médicos precisam contar com uma graduação de qualidade, com foco exclusivo no acolhimento ético e humanizado do paciente", acentuou.

Para Bacheschi, orador dos colegas homenageados,
"o acompanhamento da formação dos novos médicos
é extremamente gratificante para todos nós"
Orador e representante dos homenageados, Bacheschi lembrou com todos os desafios, mas também de alegria pela convivência com colegas e professores, pelas atividades acadêmicas e extra-acadêmicas. "É muito gratificante para nós, que acompanhamos a formação dos jovens na Residência Médica, participar dessa transição entre o tempo de estudante e o momento de assumir plenamente as responsabilidades profissionais."
Veja a lista dos(as) médicos(as) homenageados(as):
Para ter acesso ao álbum de fotos desta solenidade, clique AQUI.

Fotos: Osmar Bustos
Tags: homenagem, profissão, Medicina, 50 anos, ética, humanização, acadêmicos, formação, cursos, diploma.
|