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    24-10-2016

    Denis Mukwege

    Entrevista com médico da República Democrática do Congo: combate incessante à violência contra as congolesas


    Considerado o maior especialista do mundo no tratamento
    da fístula vaginal, o médico Denis Mukwege coloca a vida
    em risco ao combater a violência às mulheres de seu país
    e apontar os motivos da guerra civil

     

    Quem o vê, algumas vezes sorridente, em fotos, não imagina a violência contra a qual ele luta cotidianamente, uma das mais terríveis que o ser humano é capaz de provocar, ainda, no século 21. Ele é Denis Mukwege, 61 anos, médico da República Democrática do Congo (RDC), que tem dedicado sua vida, nos últimos 30 anos, a operar e refazer o aparelho genital de mulheres – de 5 a 80 anos e, ultimamente, também de bebês – vítimas de estupros coletivos como arma de guerra. E também denuncia ao mundo, incansavelmente, esses crimes hediondos perpetrados pelas milícias armadas envolvidas na guerra civil que atinge o país há cerca de 15 anos, e até mesmo pelas próprias forças de segurança locais.

    De novembro de 1999 a dezembro do ano passado, 48.842 mulheres vítimas de violência sexual e 37.382 mulheres com patologias ginecológicas foram tratadas pelo médico e sua equipe, no Hospital de Panzi, instituição de referência localizada na cidade de Bukavu, na RDC, que ele fundou com o apoio de organizações não-governamentais suecas. Mas os números são apenas a ponta do iceberg, segundo Mukwege, filho de um pastor pentecostal, que se formou médico no Burundi e fez especialização na França. “Panzi é o único hospital na RDC nessa especialidade, e trata as mulheres que não se esconderam; mas quantas morrem no anonimato total com medo de serem estigmatizadas?” – questionou ele em maio último, em entrevista concedida durante sua participação no Fórum da Liberdade de Oslo, Suécia que reúne, anualmente, militantes a favor da paz.

    Segundo afirmou o médico na mesma ocasião, a violência, que já era aterrorizante, atinge o paroxismo com o aumento do número de bebês e crianças vítimas dos estupros. “Tenho 30 anos de experiência como obstetra-ginecologista e cirurgião, mas ver bebês de 12 meses, e, às vezes, de seis meses, com o períneo completamente destruído é um fenômeno novo e inquietante”, indignou-se, alertando que o crime “está se espalhando na sociedade e não acontece apenas nas zonas de conflito; a brutalidade dos estupros, feitos muitas vezes com os canos de armas de fogo e paus, acompanhados de ácido e tiros, não tem limites”.
     

    Veja íntegra desta matéria: Revista Ser Médico nº 76

     

    Tags: violênciamulherCongocongolesaestuprofístula.

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