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Notícias
23-06-2016 |
Crise no HU |
Presidente do Cremesp defende recuperação total do hospital durante audiência no MP |
Em audiência na Promotoria de Justiça do Ministério Público de São Paulo, o presidente do Cremesp, Mauro Aranha, apresentou alguns dados sobre as fiscalizações realizadas pelo Conselho no Hospital Universitário da USP (HU-USP) e defendeu que a instituição “seja recuperada em sua totalidade”. Para ele, é fundamental que a reitoria da USP e as três esferas de governo - federal, estadual e municipal - assumam suas parcelas de responsabilidade pela crise na instituição e criem alternativas para que os habitantes da região não sejam penalizados e o ensino médico não seja comprometido. A reunião foi convocada pelo promotor Arthur Pinto Filho, do Ministério Público Estadual, para discutir responsabilidades e buscar soluções aos graves problemas no HU, que vem funcionando de forma caótica e com riscos para o atendimento prestado. Além do presidente do Cremesp, participaram da audiência representantes da reitoria da USP, do Ministério da Saúde, secretarias estadual e municipal da Saúde, dos conselhos Universitário e Deliberativo da USP, da superintendência do HU, dos sindicato dos Médicos de São Paulo (Simesp) e dos Trabalhadores da USP (Sintusp)e de colegiados de estudantes da USP, entre outros. Desde outubro 2014 o hospital vem tendo dificuldades para manter os postos de trabalho da equipe médica. Em greve desde o dia 30 de maio, médicos reivindicam contratações para repor demissões e desfalques de profissionais e protestam contra o projeto da reitoria de desmantelamento da unidade, o que inclui a desvinculação do HU da USP. De acordo com Aranha, o hospital encolheu cerca de 20% em leitos e postos médicos. O esvaziamento das equipes iniciou-se em 2014, quando a reitoria da USP aprovou um plano de demissão voluntária de servidores, como forma de adequar os gastos da universidade com folha de pagamento. Na época também foi proposto um plano de desvinculação do HU da USP. A unidade passaria para o Governo de São Paulo. “Não nos causa boa impressão algumas manifestações do reitor (da USP, Marco Antonio Zago) sobre a desvinculação do HU”, afirmou Aranha na audiência. Para ele a solução para a crise no hospital depende de sensibilidade e vontade política, destacando que o “HU é um hospital universitário comunitário”, importante para assistência aos moradores da região e para a graduação e residência em Medicina, assim como para a graduação e especialização de outras profissões da saúde. “O HU é um hospital-escola e todo empenho de gestão deve ser para mantê-lo”, declarou o presidente do Cremesp. “Se o País deseja manter o SUS vivo e sustentável deve-se investir no modelo territorial de uma atenção primária coesa e de excelência, com foco na promoção de saúde e na prevenção primária e secundária, integrada a um hospital de nível secundário prontamente resolutivo, como sonhavam os idealizadores do curso experimental de Medicina da USP à época, dentre eles o professor Eduardo Marcondes”, ressaltou. “Espera-se que haja confluência para uma gestão responsável da situação presente, com a colaboração de todos, de forma que se mantenha a dignidade dos profissionais e a sustentabilidade da instituição”, concluiu Aranha. Ao final da audiência, o promotor Arthur Pinto Filho informou que fará reuniões setorizadas, a partir da próxima semana, com representantes da reitoria, e das secretarias estadual e municipal da Saúde para buscar soluções à crise. Fotos: Osmar Bustos/Gabriella Miranda Veja também: |