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    21-07-2015

    Consulta

    Médico não especialista em psiquiatria pode se recusar a prescrever psicotrópicos?


    Médico que trabalha em uma UBS relata ter sido ofendido e coagido por uma paciente, que necessita de tratamento psiquiátrico, mas não segue a orientação de procurar um psiquiatra. Ela quer apenas receber as receitas de psicotrópicos.  O médico pode se recusar a fornecer?

     

    A relação médico-paciente é um dos pilares para o bom exercício da Medicina. Pelo que o médico descreve, a relação com a paciente está prejudicada porque ela o tem coagido para que seus desejos sejam atendidos, sem que isso corresponda à conduta médica prescrita, de encaminhá-la a um especialista. O médico não é obrigado a atender quem não deseje, exceto em situações de iminente perigo de vida, o que não é o caso em questão.

    Qualquer ato médico implica responsabilidade do médico que o praticou. Nesse caso, o médico deixa claro, por meio do encaminhamento ao especialista, que não se sente habilitado para continuar tratando dessa paciente. O encaminhamento ao psiquiatria configura atitude ética, que visa o tratamento integral da paciente e não apenas a prescrição de psicotrópicos.

    (Baseado no parecer da conselheira Kátia Burle dos Santos Guimarães, aprovado em reunião da Câmara de Consultas de 10 de abril de 2015, homologado na 4.660ª reunião plenária, em 14 de abril deste ano)

     

     

    Tags: psiquiatriaconsultapsicotrópicosespecialidadereceituárioprescrição.

    Veja os comentários desta matéria


    Como comentado anteriormente, nenhum médico deve sentir-se coagido a prestar um procedimento médico do qual não se sinta seguro ou com o qual não concorde. Sem menosprezar quem aceita a pressão dos pacientes, e no afã de resolver a situação para não piorar o quadro do doente, mas prescrever simplesmente acaba criando uma condição de negativa subsequente como má vontade. Penso que melhor seria envolver a direção do estabelecimento para encontrar outras alternativas e com outros profissionais e testemunhas, e não havendo outro meio aí sim o médico deve assumir a responsabilidade por medicamento do qual não pode fazer o controle, sendo assim prescrito.
    Luiz Ho
    Isso já aconteceu comigo diversas vezes, e sempre neguei, pois entendo que para o bem do paciente ele deve ser tratado e acompanhado por um especialista. A simples represcrição ao meu ver é criminosa por parte do médico, pois em muitos casos estamos lidando com viciados em remédios psiquiátricos que tentam coagir médicos a prescreverem de forma marionetizada os medicamentos que o paciente quer, e não o que a correta prática médica recomenda.
    Thomas Eduard Stockmeier
    É quase certo que seja uma paciente que faz uso regular de algum medicamento controlado e pede para repetir uma ou mais receitas especial ou de notificação (A, B, B2). Como em nosso meio é difícil e demorado conseguir consultas com psiquiatras na rede pública, o médico que está mais acessível sofre com esse tipo de pedido. Na verdade é um problema de política de saúde de terceiro mundo. Imaginem uma comunidade grande sem obstetras. Todos os médicos iam ter que lidar com partos, abortos e gestações de risco, como antigamente. Quando acontece comigo, dou a receita para dar tempo ao paciente e não deixá-lo sem tratamento; mas já aviso que o psiquiatra deve ser procurado, pois será a primeira e última vez. Se a pessoa ainda retornar com o mesmo pedido, então temos um argumento a favor para não mais prescrever. Fica a sugestão.
    Alessandro Blassioli

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