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    12-05-2015

    A Saúde do Brasil

    Desafios dos sistemas público e privado foram destaques de Fórum promovido pela Folha de SP em parceria com o Cremesp


    Evento reúne personalidades do setor da Saúde no Museu
    da Imagem e do Som,  para debates sobre o tema

     

    Os problemas enfrentados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), a sustentabilidade da Saúde no Brasil e a falta de planejamento e médicos no País foram os assuntos discutidos na abertura do 2º Fórum - A Saúde do Brasil, realizado pelo jornal Folha de São Paulo em parceria com o Cremesp, neste 11 de maio de 2015. O evento contará com palestras também amanhã (12), com a participação do presidente da Casa, Bráulio Luna Filho, e do secretário de Estado da Saúde, David Uip, entre outros.

    Na abertura, o ministro da Saúde, Arthur Chioro abordou as questões relativas à Atenção Básica. “Em um País de proporções continentais e tamanha diversidade, precisamos encarar como decisiva a participação do atendimento primário, que pode resolver 80% dos problemas”.  Ele também apresentou dados do programa federal Mais Médicos, que, com as 4.146 novas vagas disponibilizadas no inicio do ano, chegou à marca de 18.247 médicos e beneficia 63 milhões de brasileiros. De acordo com o ministro, o programa Mais Especialidades – projeto também do governo federal, que pretende garantir consultas, exames e tratamentos aos pacientes – está em fase de planejamento e detalhamento de custos.

    Chioro falou ainda da epidemia de dengue, destacando que não haverá uma vacina eficaz no curto prazo, e que nada substitui a prevenção. Segundo o ministro, o Instituto Butantan de São Paulo deve finalizar a fase 2 de testes da vacina no mês de junho. Só depois deve ser iniciada a fase 3, quando a vacina será testada em 13 mil voluntários para depois entrar em produção.

    Também presente ao evento, Florisval Meinão, presidente da Associação Paulista de Medicina (APM), afirmou que o problema do setor da saúde não é a falta de médicos, mas a má distribuição deles no País e da infraestrutura local. De acordo com ele, o Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que em 49% dos municípios, que aderiram ao Mais Médicos, houve redução no número de consultas, uma vez que, para economizar verbas, as prefeituras demitiram os médicos para adotar o programa federal.

    Gestão
    O ministro garantiu que o Ministério da Saúde (MS) planeja enfrentar o subfinanciamento presente na gestão do Sistema Único de Saúde (SUS). Uma das medidas apresentadas é a reestruturação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e da própria Saúde Suplementar, que devem seguir uma agenda de inovação. “Temos de pensar o SUS como um sistema nacional de Saúde, valorizando a relação público-privada, que deve ser cada vez mais produtiva e qualificada”, disse.

    No Brasil, 20% do que é gasto em Saúde é desperdício, de acordo com o diretor da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge), Pedro Ramos, citando como exemplo a aquisição de novas tecnologias, sem levar em consideração se elas são essenciais.

    Ele destaca que o setor privado também enfrenta problemas. “O setor privado tem mais de 50 milhões de pessoas conveniadas, porém, vamos começar a perdê-las, devido à recessão que o País enfrenta”, diz Ramos, analisando que a migração desses pacientes para o SUS, que  possui menos recursos do que o setor privado, deverá gerar outro grave problema.

     

    Inovação

    Na segunda parte do 2° Fórum a Saúde no Brasil o painel Brasil: Pátria Inovadora? teve  a participação do secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa;  do diretor do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp),  Paulo Hoff ; do presidente  da Associação Brasileira  da Indústria de Alta Tecnologia (Abimed),  Carlos Goulart; e do diretor científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Carlos Henrique de Britto Cruz.

    Os participantes chamaram atenção para o grande número de produções científicas do País, embora com críticas à falta qualidade de parte dos trabalhos. Jarbas Barbosa destacou, como fato importante, a aproximação entre universidades e empresas privadas para a criação de novas patentes na área de medicamentos no Brasil. Na opinião do secretário, “a Anvisa tem tomado medidas regulatórias para aperfeiçoar o ambiente de testes para novos medicamentos”.

    Para Britto Cruz, “o Brasil criou, nos últimos anos uma série de incentivos à inovação, mas não diminuiu os enormes obstáculos para as empresas fazerem pesquisa”.

    Já Paulo Hoff afirmou que o Brasil reproduz, mas não cria nada em relação a produções científicas. “O que desenvolvemos é baseado em estudos de países europeus ou dos Estados Unidos. Faltam patentes”,  declarou ele. Para Carlos Goulart o Brasil  continua “patinando quando o assunto é inovação”.

    Aumento dos custos e o futuro da saúde privada

    O Aumento dos custos e o futuro da saúde privada foram debatidos por Eudes de Aquino, Francisco Balestrin e Marta Regina de Oliveira, respectivamente, presidentes da Unimed Brasil, da Associação Nacional de Hospitais Privados ( Anahp) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).  

    A relação entre a alta dos custos na saúde privada e o aumento de expectativa de vida do brasileiro, foi um temas abordados no debate. Para Eudes de Aquino, as instituições de saúde, especialmente as públicas, não têm acompanhando esse crescimento.  “A saúde privada deve ter uma mudança no modelo assistencial, com gestão planejada”, opinou. Ele citou o SUS como um bom modelo, mas criticou a falta de orçamento e de gestão qualificada. “Não adianta melhorar em alguns setores e manter o descaso com outros. O sistema de saúde só funciona se for cuidado como um todo”, concluiu.  

    Francisco Balestrin também considerou necessário mudar o modelo de gestão, pois uma parte da verba é perdida devido a um modelo equivocado de controle de gastos.

    Fotos: Osmar Bustos
     

    Tags: saúdeBrasilFolha de S. PauloMais Médicos.

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