Ayer e representantes de universidades paulistas durante encontro para a criação do Instituto de Avaliação das Escolas Médicas
Um primeiro passo foi dado na noite desta quarta-feira, 4 de fevereiro, para a criação de uma comissão institucionalizada que acompanhe, periodicamente, a qualidade do ensino - num primeiro momento – nas escolas médicas do Estado de São Paulo.
O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), que já mantém ativa a Câmara Temática de Avaliação dos Estudantes e Egressos do Curso de Medicina, propôs, com a criação do Instituto de Avaliação das Escolas Médicas, oficializar um órgão com qualificação e certificação para avaliar as escolas médicas atuantes no Estado.
Este primeiro encontro, coordenado pelo conselheiro Reinaldo Ayer, um dos responsáveis pelo Exame do Cremesp e integrante da Câmara Temática acima, contou com as presenças de Joaquim Edson Vieira (Faculdade de Medicina da USP), Douglas Bernal Tiago (PUC – Campinas), José Eduardo Dolci (Santa Casa de São Paulo) e de Emílio Carlos Elias Baracat (UNICAMP). Também participaram o conselheiro Akira Ishida e Osvaldo Pires Simonelli, advogado da Casa.
Para Ayer, é fundamental que o Cremesp e as escolas médicas atuem juntas na elaboração desse instituto: “nossa ideia é obter resultados que efetivamente possam colaborar na melhora da formação acadêmica”, afirmou.
Para os presentes, a avaliação do produto (aluno) da escola irá analisar, indiretamente, a instituição e esta deve ser a meta de um órgão, certificado, que deseja contribuir para a formação médica de qualidade.
Foi acordada a necessidade de convidar representantes de institutos responsáveis pela aplicação e avaliação de provas aos acadêmicos (como Fuvest, Vunesp, Inep, Fundação Carlos Chagas), para troca de experiências e informações.
Durante a reunião surgiram algumas questões para a formação do Instituto, entre elas, quais entidades convidar para participar; como definir o marco zero para aplicação das avaliações; se deverá ter ligação com alguma entidade oficial (como ABEM, AMB); e como será a escolha e composição de seus membros.
Ao final, os participantes enfatizaram a importância do novo Instituto ser validado por escolas médicas tradicionais para ter credibilidade, além de ser composto por membros realmente compromissados com a formação médica de qualidade. Somente dessa forma será possível validar as provas eventualmente aplicadas, justificar a aplicação dessas provas e – com os resultados – questionar o MEC sobre a qualidade do ensino médico no país.
No próximo encontro, agendado para 4 de março, serão discutidos e formalizados os objetivos e a constituição do Instituto de Avaliação das Escolas Médicas. Também na pauta, uma relação das entidades que podem ter interesse em participar.
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Tags: escolas, médicas, avaliação, universidade, Medicina, instituto.
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