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    12-08-2014

    Pesquisa

    Paulistas têm avaliação negativa do sistema público de saúde


    Ladislau Rosa, durante a coletiva: “não há investimento no médico que quer trabalhar no SUS, os salários são baixos e as condições de atendimento, precárias”

     

    A maioria da população do Estado de São Paulo avalia negativamente a saúde brasileira em geral e o Sistema Único de Saúde (SUS) em particular, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha, divulgada nesta terça-feira, (12/08). De uma escala de zero (péssimo) a dez (excelente), 63% dos 812 entrevistados do Interior e da Capital atribuíram no máximo quatro à saúde em geral.  Já em relação ao SUS, a insatisfação foi apontada por 51% dos entrevistados.  Ao analisar as áreas que consideram mais importantes para o Governo Federal, os paulistas indicaram a saúde (52%), com larga distância em relação à segunda e terceira colocadas – educação (19%) e combate à corrupção (11%). Em relação à área mais importante para o Governo Estadual, a saúde apareceu de novo em primeiro lugar (47%), seguida por educação (18%) e segurança (11%).

     


    O presidente do Cremesp, ao microfone, na apresentação dos resultados da pesquisa Datafolha


    O estudo, encomendado pela Associação Paulista de Medicina (APM), em parceria com o Conselho Federal de Medicina (CFM), abordou outros tópicos referentes aos serviços de saúde, como acesso, qualidade do atendimento, tempo de espera e avaliação de programas – entre eles o de distribuição de medicamentos e o de Saúde da Família.

    Os entrevistados foram questionados se buscaram, nos últimos dois anos, acesso a serviços do SUS como consultas médicas, internações hospitalares, exames de laboratório (sangue, ultrassons, raios-X etc), atendimento de emergência em pronto socorro, cirurgias, procedimentos (quimioterapia, radioterapia, hemodiálise etc), atendimento em postos de saúde, remédios distribuídos gratuitamente e atendimento em em casa. Do total, 94% procuraram o SUS nesse período e 92% utilizaram algum serviço no mesmo espaço de tempo. Para todos os serviços, o acesso foi considerado difícil ou muito difícil por uma parte expressiva dos entrevistados.  A cirurgia foi apontada como o serviço com acesso mais difícil. As avaliações de difícil e muito difícil somam 62% para este tópico. “Isso é gravíssimo, considerando que um paciente necessitado de cirurgia requer agilidade do sistema de saúde e a demora pode colocar sua vida em risco”, destacou o presidente da APM, Florisval Meinão, durante a apresentação dos dados.

    Os índices de difícil e muito difícil também ficaram em patamares preocupantes nos demais serviços: consultas com médicos (54%); atendimento de emergência em pronto socorro (52%); procedimentos específicos (43%); internações hospitalares (50%); exames de laboratório (47%); atendimento médico da rede pública em casa (47%); atendimento nos postos de saúde (47%); e remédios distribuídos gratuitamente pela rede (38%).

    “Os números corroboram a percepção dos médicos, dos profissionais da saúde e dos pacientes que sofrem todos os dias com as deficiências da oferta de serviços públicos no País”, afirmou Meinão. “Eles também evidenciam a precariedade das políticas públicas para a área e os problemas de gestão”, completou.


    Quanto aos recursos, a grande maioria dos entrevistados tem uma percepção crítica do SUS. Nas questões “o SUS consegue atender bem a todos, em igualdade de condições” e “Os recursos são bem administrados”, 80% respondeu que não. Também há a percepção de que a rede pública não possui todos os medicamentos necessários e que não é possível obter todos os remédios.

    O presidente do Cremesp, João Ladislau Rosa, que  participou da apresentação dos resultados da pesquisa, lembrou que o SUS surgiu há 27 anos e representou um avanço, já que antes o sistema de saúde do país dividia os brasileiros em duas categorias, garantindo assistência médica a quem tinha carteira de trabalho assinada, e atendendo aos demais como indigentes. “ Mas o SUS cresceu na dependência do interesse econômico e hoje paga bem um transplante ou tratamento oncológico, em detrimento do atendimento prestado pela estratégia de Saúde da Família”, afirmou Ladislau. “Não há investimento no médico que quer trabalhar no SUS, os salários são baixos e as condições de atendimento, precárias”, completou o presidente do Cremesp. “Falta planejamento à saúde do País, investimento e valorização de seus profissionais”, concluiu. 

    Metodologia
    O Datafolha realizou uma pesquisa quantitativa, com paulistas maiores de 16 anos e com abordagem em pontos de fluxo populacional. Foram ouvidas pessoas de todas as classes econômicas, sendo que a coleta ocorreu de 3 a 10 de junho de 2014, abrangendo o Estado de São Paulo. A amostra, de 812 entrevistas, foi dividida entre região metropolitana da Capital (47%) e municípios do Interior (53%). A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.  

     

    Veja a integra da pesquisa AQUI.
     

    Veja íntegra da pesquisa nacional:

    Opinião dos brasileiros sobre o atendimento na área da saúde

     

    Fotos: Osmar Bustos

    Tags: DatafolhapesquisaSUSatendimentosaúdecoletivaestudo.

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