Últimas Notícias
Ato Médico
Cremesp leva à Polícia Civil e Anvisa farmacêutico que realizou e feriu paciente em procedimento estético
Atualização profissional
Cremesp lança segunda edição do Manual Melhores Práticas Clínicas na Covid-19
Programa Mais Médicos
Fiscalização do Cremesp encontra irregularidades em São Bernardo do Campo
Acreditação de escolas
Cremesp recebe SAEME-CFM para falar sobre qualidade do ensino médico
Notícias
04-06-2013 |
Sem revalidação, não |
Médicos e estudantes protestam contra importação de médicos estrangeiros sem teste de avaliação de conhecimentos |
Entidades médicas e de saúde durante manifestação em repúdio à importação de médicos sem revalidação de diploma O presidente do Cremesp, ao microfone, durante coletiva na APM, minutos antes do ato público a favor do Revalida Presente à manifestação, Renato Azevedo, presidente do Cremesp, ressaltou que os Conselhos de Medicina não são contra a vinda de médicos ao Brasil, mas consideram que o Revalida é um exame bem elaborado pelo Ministério da Educação e do qual apenas 10% dos profissionais conseguem aprovação. Por isso, os CRMs defendem que não pode haver "flexibilização" nesse processo, que proporcione a entrada de mais médicos no país sem capacidade técnica para atender à população. "Na cidade de São Paulo, há quatro médicos por 1 mil habitantes, média acima dos padrões europeus, o que comprova que o problema da Saúde não está na falta de médicos. O que precisamos é de políticas públicas de Saúde com financiamento adequado ao setor, além de condições de trabalho e Carreira de Estado para o médico", afirmou. Ele destacou que, sem elas, "o que há são medidas demagógicas, paliativas e eleitoreiras, que podem agravar ainda mais o problema da Saúde no país". Pelo Cremesp, também participaram do protesto o vice-presidente, Mauro Aranha; os diretores João Ladislau, Marco Tadeu Moreira de Moraes e Sílvia Mateus; e os conselheiros Akira Ishida, Renato Françoso e Silvana Morandini. Renato Azevedo: "os problemas encontrados na saúde nada tem a ver com a falta de médicos, mas sim com a falta de investimentos no setor" Subfinanciamento da Saúde Florisval Meinão, presidente da Associção Paulista de Medicina (APM), lembrou que embora o governo Dilma seja bem avaliado, a população tem a clara percepção de que a área da Saúde deixa a desejar. "E o que temos visto é que a culpa recai sobre os profissionais médicos, o que não é verdade", comentou. Em resposta a isso, o Conselho Federal de Medicina (CFM) encaminhou ao governo federal, no dia 24 de maio, um pacote de ações para estimular a presença e a fixação dos médicos nas áreas distantes e de dificil provimento, supostas regiões em que os profissionais estrangeiros viriam atuar. Caras-pintadas
Falando pelos estudantes de 23 escolas de Medicina do Estado de São Paulo, Marjorie Arruda, presidente do Centro Acadêmico da Faculdade de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, afirmou que os acadêmicos decidiram se mobilizar contra a vinda de médicos ao Brasil sem revalidação de diploma e divulgaram um manifesto contra a proposta do governo. "Queremos que o governo se posicione claramente sobre a Saúde e crie uma política de urbanização no interior. E que isso seja feito com a contribuição das entidades médicas que trabalham pela Saúde pública no país", disse. Ela enfatizou que, após o ato público, os acadêmicos sairiam em passeata da sede da APM até o Largo São Francisco e que manifestações semelhantes estavam sendo feitas por estudantes de escolas de Medicina de todo o país. A partir das 12h, os médicos acompanharam a passeata de 1,4 mil acadêmicos, que pintaram seus rostos de verde e amarelo (numa alusão aos "caras-pintadas", estudantes que lutaram pelo impeachment do então presidente da República Fernando Collor de Mello, em 1992) e trouxeram cartazes, faixas, apitos e baterias para dar visibilidade à manifestação nas ruas do centro da cidade. Cartas de repúdio e apoio de entidades estrageiras O movimento contra a entrada de médicos estrangeiros no Brasil sem revalidação de diplomas vem ganhando cada vez mais força. Veja a seguir as cartas de repúdio que foram divulgadas durante a manifestação e o apoio das entidades estrangeiras. Movimento nacional Estudantes de medicina e entidades de todo país organizaram, para 25/05, atos de protestos contra a intenção do governo federal de importar médicos estrangeiros para atuar em regiões remotas, sem a necessidade de revalidar os diplomas. Na sexta-feira, 24/05, 16 estados havia, confirmado a realização de manifestações. Veja a seguir a repercussão do movimento dos médicos na imprensa nacional. Folha de São Paulo Estado de Minas – Belo Horizonte Texto: Nara Damante |