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Notícias
17-09-2012 |
Crack e dependência |
Em debate sobre drogadição, vice-presidente do Cremesp defende que a dignidade do indivíduo em tratamento "jamais deve ser ferida" |
"A natureza humana requer mais do que a ausência de riscos e de danos” A dignidade do individuo alvo de tratamento “jamais deve ser submetida ou ferida”, destacou o vice-presidente do Cremesp, Mauro Gomes Aranha, durante debate sobre Drogadição – saúde, segurança e assistência social, realizado, nesta segunda-feira, 17/09, na Câmara Municipal de São Paulo. Fiore defendeu um trabalho incisivo de prevenção ao abuso de drogas no âmbito das políticas municipais, como por exemplo na educação infantil. "A Prefeitura de São Paulo poderia estar na vanguarda, ainda que com limitações, na regulamentação das substâncias psicoativas", afirmou. Para ele, o que foi feito em relação à regulamentação do consumo de cigarro também poderia ser pensado para o álcool. "Até hoje São Paulo não desenvolveu, de fato, uma política de redução de danos", afirmou o antropólogo, em referência ao problema epidêmico de adição ao crack na cidade. Ao ser questionado por Mauro Aranha se “no melhor dos mundos, o uso de drogas desapareceria”, Fiore respondeu que não, uma vez que “o uso dessas substâncias está presente na história da humanidade desde seu início – inclusive na formação das religiões – e tem relação com a ideia abstrata de que devem ser tratadas como 'veneno-remédio'". “As abordagens atenuadoras de riscos para drogadição atuam de forma a restringir os fatores para o desenvolvimento ou perpetuação da mesma. São abordagens ditas ‘negativas’, pois sua função se dá ao remover tais fatores do entorno do indivíduo alvo de políticas públicas empreendidas", afirmou Mauro Aranha. "Tais abordagens não são o bastante para o cuidado dispensado aos drogaditos. A natureza humana requer mais do que a ausência de riscos e de danos”, destacou o vice-presidente do Cremesp. Para ele o ser humano deve ser entendido na sua complexidade biológica, psicológica e sociocultural. “A cidade (pólis) que nós queremos é o espaço em que habita este homem em movimento: criado, cria-se também, e se recria indefinidamente. O homem que, pela dignidade que lhe é implícita, tem igual valor dentre os homens”, concluiu Aranha. Por: Ivolethe Duarte/Fotos: Beatriz Machado |